Epidemiologia

Antes da introdução da vacina, a caxumba era uma doença comum da infância, com o maior número de casos em crianças entre 5-9 anos de idade.[2]​ Uma revisão das pesquisas sorológicas mundiais para avaliar a imunidade à caxumba mostrou que 50% das crianças entre 4-6 anos e 90% das crianças entre 14-15 anos eram soropositivas, indicando que praticamente todas as pessoas de uma população não vacinada serão infectadas. Nos países sem vacinação contra o vírus da caxumba, a incidência continua alta, com picos epidêmicos a cada 2-5 anos.[3]

Na Europa, a introdução da vacina tríplice viral causou a diminuição da incidência de caxumba; por exemplo, na Finlândia a caxumba foi eliminada.[7] No Reino Unido, os casos que ocorrem geralmente são na população não vacinada e com idade mais avançada. Em 2019, 5718 casos de infecção por caxumba, confirmados em laboratório, foram relatados na Inglaterra e no País de Gales, sendo este o número mais alto desde 2009, com apenas 5% dos pacientes com menos de 15 anos de idade e 75% com idade entre 15-29 anos.[8] Houve menos casos relatados em 2020 (3738 casos. quase todos no primeiro trimestre) e em 2021 (dados provisórios relatam 18 casos confirmados), provavelmente por conta das restrições pela COVID.[8]

Após a introdução da vacina contra caxumba em 1967, a incidência da doença diminuiu inicialmente em 99% nos EUA. Posteriormente, surtos de caxumba foram relatados entre 1986 e 1987 em pessoas que nasceram muito cedo para receber a vacina contra caxumba obrigatória para entrar na escola, o que causou a revisão das diretrizes de vacinas para crianças pequenas e adolescentes em idade universitária.[9]​ Isso foi seguido por taxas historicamente baixas de caxumba e pelo objetivo de eliminá-la até 2010.[10] No entanto, em 2006, relatou-se a ocorrência de 6584 pessoas com caxumba nos EUA (comparado com 314 casos em 2005).[11] A maioria desses casos foi observada na região do meio-oeste e ocorreu em pessoas entre 18-24 anos frequentando a universidade. Além disso, a maioria dos casos ocorreu em indivíduos vacinados.[12] Desde 2006, os números relatados têm flutuado, caindo para 229 em 2012 e alcançando o pico novamente em 2016 e 2017, com mais de 6000 casos.[11] Em 2020 o número de casos relatados caiu drasticamente em comparação com 2019 (redução de 3780 para 616), possivelmente devido às restrições pela COVID-19, e os casos permaneceram baixos em 2021, 2022 e 2023 (154, 322 e 436, respectivamente).[11]

Não existe diferença na prevalência de caxumba entre homens e mulheres. No entanto, os homens têm maior probabilidade de terem complicações, principalmente complicações neurológicas.[2]

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