História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os fatores de risco incluem envelhecimento, gênero masculino, obesidade (índice de massa corporal [IMC] >30), circunferência do pescoço acima de 40 cm, síndrome de Down, anormalidades craniofaciais, palato mole e úvula longos, redundância da úvula, hipertrofia adenotonsilar, língua grande, endocrinopatias, como hipotireoidismo ou acromegalia, uso de medicamentos sedativos, tabagismo ativo ou passivo, rinite/obstrução nasal e consumo de bebidas alcoólicas.[1]

respiração ruidosa durante o sono

O paciente e/ou companheiro de leito relatam respiração ruidosa durante o sono, que é condizente com ronco.

A intensidade do ronco pode ser avaliada perguntando se o ruído pode ser ouvido pelo vizinho, em qualquer lugar da casa, em um cômodo adjacente ou apenas no mesmo cômodo.

O nível de perturbação causado pelo ronco pode ser indicado pelo fato de o companheiro dormir separadamente e, se isso ocorrer, com que frequência.

Incomuns

apneias

Testemunhas observando que o paciente interrompe a respiração por 10 segundos ou mais sugerem apneia obstrutiva do sono (AOS), mas isso não é confiável.

sufocamento ou arquejo

Esses sintomas sugerem apneia, mas não são confiáveis.

Outros fatores diagnósticos

Incomuns

acordar cansado

Sugestivo de AOS.

sonolência diurna

Sugestivo de AOS.

hiperatividade

Associada à AOS em crianças.

problemas comportamentais

Associada à AOS em crianças.

terrores noturnos

Raramente associada à AOS em crianças.

enurese

Raramente associada à AOS em crianças.

Fatores de risco

Fortes

idade mais avançada

Na faixa etária de 30 a 35 anos de idade, 20% dos homens e 5% das mulheres roncam. Aos 60 anos de idade, 60% dos homens e 40% das mulheres roncam habitualmente.[6][7]

sexo masculino

Vários estudos mostram que a incidência de ronco é maior em homens que em mulheres.[1][5][6][8][13][14]​​​

Na faixa etária de 30 a 35 anos de idade, 20% dos homens e 5% das mulheres roncam. Aos 60 anos de idade, 60% dos homens e 40% das mulheres roncam habitualmente.[6][7]

obesidade (índice de massa corporal [IMC] >30)

Quanto maior o IMC de um indivíduo, maior a probabilidade de ele vir a roncar.[1][5][6][14]​​​ No entanto, deve-se observar também que muitos indivíduos magros e atléticos roncam.

anormalidades craniofaciais

A anatomia esquelética subjacente pode resultar no estreitamento das vias aéreas, predispondo ao ronco.

Retrognatia ou micrognatia impedem a língua de estar posicionada suficientemente para frente durante o sono, portanto, também predispondo ao ronco.

endocrinopatias

O hipotireoidismo pode resultar em ganho de peso e redução do tônus muscular das vias aéreas superiores.

A acromegalia também pode causar ganho de peso e aumento da língua.

circunferência do pescoço acima de 40 cm

Medida no nível do espaço cricotireóideo, fornecendo uma indicação de depósitos de gordura no pescoço. Pacientes com uma circunferência do pescoço acima de 40 cm apresentam risco elevado de ronco.[6] Alguns pacientes que roncam podem ter um IMC razoável, mas ainda apresentarem um pescoço relativamente gordo.

medicamentos sedativos

Medicamentos sedativos, como comprimidos para dormir, tranquilizantes e anti-histamínicos, diminuem o tônus muscular das vias aéreas superiores e predispõem ao ronco.[1][11]​​​

hipertrofia adenotonsilar

A causa mais comum de ronco na infância.[4]

Hipertrofia das adenoides é rara em adultos, mas, quando ocorre, geralmente afeta adultos jovens.

A hipertrofia tonsilar é relativamente comum em adultos e a remoção pode curar o ronco.

palato mole e úvula longos

Essa situação predispõe ao ronco pelo estreitamento da abertura do nariz para a garganta e agindo como uma válvula de flutuação ruidosa durante a respiração relaxada. A redundância da úvula agrava o problema.

consumo de bebidas alcoólicas

Causa um sono mais profundo e diminuição do tônus muscular das vias aéreas superiores.[1][15][16][17]

A dependência alcoólica foi associada ao ronco autorrelatado em mulheres magras.[18]

Síndrome de Down

A tendência ao ronco é elevada em pacientes com síndrome de Down, em virtude da sua anatomia craniofacial estreita e da língua comparativamente grande.

tabagismo ativo ou passivo

Causa inflamação e congestão das vias aéreas superiores.[5][20][21]

Tabagismo ativo e passivo são fatores de risco para o ronco.[1]​ A frequência dos roncos habituais aumenta com a quantidade de tabaco consumido.[20]

rinite/obstrução nasal

Aqueles com rinite alérgica/obstrução nasal são significativamente mais propensos a relatarem roncos habituais.[1][22]

A cirurgia nasal pode auxiliar a solucionar o problema do ronco, mas os resultados frequentemente são imprevisíveis.[23]

Fracos

refluxo gastroesofágico

Pode agravar o ronco ao causar inflamação e congestão das vias aéreas superiores.[19]

epiglote anormal

Causa rara de obstrução de vias aéreas superiores que predispõe ao ronco.

cistos ou tumores hipofaríngeos

Causas raras de estreitamento de vias aéreas superiores que predispõem ao ronco.

asma

O desenvolvimento de asma pode exercer um papel no desenvolvimento de roncos habituais.[5]

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal