Critérios
Critérios para neurite óptica (NO)
O diagnóstico da NO idiopática é clínico, e não há critérios de diagnóstico estabelecidos, exceto pelos critérios desenvolvidos como parte da Classificação Internacional das Cefaleias, que não são considerados adequados ou suficientemente inclusivos para a NO. Contudo, os critérios de inclusão do estudo Optic Neuritis Treatment Trial (ONTT) abrangeram perda da visão aguda ou subaguda unilateral em pacientes entre 18 e 46 anos de idade. A presença de um defeito pupilar aferente relativo (DPAR) foi necessária para inclusão.[20] Doenças sistêmicas, como lúpus eritematoso sistêmico (LES) ou sarcoidose, tiveram de ser excluídas.
Esclerose múltipla (EM): critérios de Poser 1983 e McDonald (Painel Internacional) de 2001, 2005, 2010 e 2017
A NO pode ser parte da EM. Os critérios de diagnóstico da EM foram estabelecidos por um painel de especialistas liderado por Poser em 1983 e por outro painel internacional em 2001; revisados em 2005, 2010 e 2017.[27][38][39][40][41] O princípio básico de todos esses conjuntos de critérios é a necessidade de disseminação da desmielinização no tempo e espaço. Os critérios MacDonald levam em consideração desenvolvimentos na ressonância nuclear magnética (RNM) que permitem evidências da disseminação serem derivada da RNM. O último conjunto de critérios inclui análise do líquido cefalorraquidiano no algoritmo de diagnóstico, com bandas oligoclonais positivas que representam prova de disseminação no tempo.[27]
Critérios de Wingerchuk para neuromielite óptica (NMO), 1999; revisados em 2006; reestabelecidos como novo grupo de critérios em 2015
A NO é uma parte definidora da neuromielite óptica (NMO). Os critérios revisados para NMO são: 1) NO; 2) mielite transversa; 3) pelo menos 2 dos seguintes: evidência na RNM de lesão na medula abrangendo 3 segmentos vertebrais ou mais; RNM cranioencefálica não diagnóstica de EM; e/ou positividade para o anticorpo anti-aquaporina 4 (AQP4).[42] Critérios de RNM que distinguem a NMO da EM foram publicados.[43] Em 2015, o International Panel for Neuromyelitis Optica Diagnosis (IPND) reuniu um novo conjunto de critérios de consenso.[44] A condição agora é chamada de distúrbio do espectro de NMO, e dois cenários clínicos são identificados: distúrbio do espectro de NMO com AQP4-IgG, que demanda pelo menos uma característica clínica essencial, AQP4-IgG positivo e exclusão de outros diagnósticos; e distúrbio do espectro de NMO sem AQP4-IgG ou estado de AQP4-IgG desconhecido, que demanda pelo menos duas características essenciais resultantes de ≥1 ataque clínico, e que atenda a determinados requisitos de RNM de suporte associada a pelo menos um entre NO, mielite transversa extensiva longitudinalmente ou síndrome da área postrema; AQP4-IgG negativo ou desconhecido; e exclusão de outros diagnósticos. As características essenciais são: NO, mielite aguda e síndrome da área postrema.
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal