Caso clínico
Caso clínico #1
Uma mulher de 30 anos de idade apresenta-se ao pronto-socorro com queixa de diminuição da visão no olho direito. A diminuição da visão começou subitamente com visão turva (vista como se houvesse névoa) e piorou ao longo de 2 dias ao ponto de ela não conseguir ver nada. Ela descreve dor retro-ocular e dor ao fazer qualquer movimento com o olho direito. No exame físico, observa-se um defeito pupilar aferente relativo no lado direito, enquanto o disco óptico direito parece normal. Sua acuidade visual é de 20/200 conforme registrado na tabela de Snellen no olho direito, com um defeito central no campo visual grande, e de 20/20 no olho esquerdo. Ela não relata nenhuma história prévia de problemas oftalmológicos ou neurológicos. O restante do exame oftalmológico e neurológico é normal.
Caso clínico #2
Uma mulher de 47 anos de idade, com uma história neurológica de mielite transversa há 1 ano e com paraparesia espástica residual, apresenta-se com história de 1 semana de perda aguda da visão em ambos os olhos. A diminuição da visão começou subitamente com visão turva e piorou ao longo de 2 dias ao ponto de ela praticamente não conseguir ver nada com o olho direito, e mal poder distinguir faces com o olho esquerdo. Há presença de dor retro-ocular associada em ambos os olhos e ao fazer movimentos oculares. No exame físico, observa-se um defeito pupilar aferente relativo no lado direito, e ambos os discos ópticos parecem levemente edematosos. Sua acuidade visual é de movimentos das mãos no olho direito, e de 20/200 no olho esquerdo, com escotoma central bilateral grande. O restante do exame oftalmológico está normal. O exame neurológico revela fraqueza bilateral nas pernas e perda sensorial com resistência de 3/5 em ambas as pernas na escala do Medical Research Council (MRC), além de marcha atáxica espástica.
Outras apresentações
Apresentações atípicas podem incluir apresentação bilateral ou tempo mais prolongado para atingir a intensidade máxima da perda da acuidade visual (por exemplo, ao longo de 3 semanas ou mais).
Uma característica altamente específica das neuropatias ópticas inflamatórias (neurite óptica) é a presença de dor no olho ou dor retro-ocular, e dor ao fazer movimentos oculares. Formas mais leves podem se apresentar somente com algum desconforto no olho ou ao fazer movimentos oculares sem diminuição da acuidade visual, ou dessaturação de cor leve (a dessaturação é o grau até o qual uma cor é misturada com branco).
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