História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
hemorragia digestiva
Geralmente, os pacientes exibem sangramento de baixo grau, crônico, indolor e intermitente, com sangramento retal de sangue vivo na doença do trato gastrointestinal inferior ou melena na doença do trato gastrointestinal superior.
Pode haver longos períodos entre os episódios de sangramento, que geralmente são autolimitados.
Raramente, os pacientes podem apresentar hemorragia maciça (hematoquezia ou hematêmese).
Geralmente, as fezes são vermelhas brilhantes, mas podem ter cor castanho-avermelhada.
Outros fatores diagnósticos
comuns
idade >60 anos
dispneia
Como o sangramento pode ser de baixo grau e crônico, os pacientes podem apresentar sinais e sintomas de anemia.
fadiga
Como o sangramento pode ser de baixo grau e crônico, os pacientes podem apresentar sinais e sintomas de anemia.
palidez
Como o sangramento pode ser de baixo grau e crônico, os pacientes podem apresentar sinais e sintomas de anemia.
Incomuns
taquicardia
Pode ocorrer se a velocidade e o volume do sangramento forem maiores.
hipotensão
Pode ocorrer se a velocidade e o volume do sangramento forem maiores.
Fatores de risco
Fracos
insuficiência renal crônica/doença renal em estágio terminal
Em pacientes com insuficiência renal crônica, a angiodisplasia é responsável por 19% a 32% dos episódios de hemorragia digestiva baixa, em comparação com 5% a 6% dos episódios na população em geral.[4] O aumento do risco de sangramento pode ser atribuído à disfunção plaquetária urêmica, uso de anticoagulantes ou produção reduzida de eritropoetina.[4] É observada uma maior prevalência de angiodisplasia em pacientes submetidos a diálise, e é uma causa comum de hemorragia digestiva nesse grupo de pacientes.[13][14][15]
Doença de von Willebrand
A incidência de angiodisplasia é maior em pacientes com doença de von Willebrand.[4][16][31][32]
O sangramento decorrente de angiodisplasia gastrointestinal é observado somente em pacientes com doença de von Willebrand hereditária ou adquirida; esses pacientes carecem de multímeros de alto peso molecular do fator de von Willebrand.[4][33] Essas anormalidades de multímeros mostraram estar associadas ao aumento do risco de sangramento por angiodisplasia.[4]
estenose aórtica
A síndrome de Heyde caracteriza-se pela hemorragia digestiva decorrente de angiodisplasia na presença de estenose aórtica.[19] Tem sido atribuída, predominantemente, à doença de von Willebrand adquirida, mas a ausência de doença de von Willebrand não descarta o diagnóstico de síndrome de Heyde.[19]
Um grande estudo epidemiológico constatou uma associação significativa entre a estenose aórtica e a hemorragia digestiva em decorrência de angiodisplasia intestinal.[20] A prevalência de pacientes com estenose aórtica e hemorragia digestiva foi baixa, o que pode ter impedido que estudos menores encontrassem uma associação significativa.[20] Classicamente, a angiodisplasia está localizada no cólon ascendente, enquanto a associada com síndrome de Heyde está predominantemente localizada no intestino delgado.[19] Uma metanálise relatou a cessação do sangramento após a substituição da valva.[21]
esclerodermia
Anormalidades da mucosa gastrointestinal, inclusive angiodisplasia gástrica e/ou do intestino delgado e telangiectasia gástrica e/ou do intestino delgado, foram relatadas em 52% dos pacientes com esclerose sistêmica em um estudo.[22]
doença cardiovascular
idade mais avançada
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