Diagnósticos diferenciais

Olhos secos

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Quadro clínico típico de adultos; ocorre mais em mulheres que em homens; geralmente é bilateral com secreção mínima ou emaranhamento dos cílios; injeção mínima; sem secreção ou linfadenopatia.

Investigações

Coloração pontuada da córnea com corante de fluoresceína; testes de Schirmer com <10 mm; tempo de intervalo de lacrimejamento <10 segundos.

Blefarite

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Quadro clínico crônico típico de adultos; ocorre mais comumente em mulheres que em homens; geralmente é bilateral com secreção mínima ou emaranhamento dos cílios; injeção mínima; sem secreção ou linfadenopatia; presença de disfunção nas glândulas meibomianas, vasos telangiectásicos nas bordas da pálpebra; crostas ao redor dos cílios.

Investigações

Intervalo de lacrimejamento <10 segundos.

Episclerite

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Unilateral é mais comum que bilateral; injeção tipicamente segmental; sem secreção ou emaranhamento dos cílios; desconforto mínimo.

Investigações

Sem testes definitivos; casos recorrentes, bilaterais ou persistentes requerem exames de sangue para excluir uma doença inflamatória sistêmica.

Uso excessivo de lentes de contato

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

História de dormir com lentes de contato; recorrências múltiplas; sensibilidade à luz.

Investigações

Sem testes definitivos.

Uveíte anterior (irite)

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Dor e sensibilidade à luz mais pronunciadas que a irritação; unilateral mais comum que bilateral.

Investigações

Sem testes definitivos; casos recorrentes, bilaterais ou persistentes requerem exames de sangue para excluir uma doença inflamatória sistêmica.

Leucócitos e eritrócitos, além de turvação (efeito causado pelo aumento do conteúdo proteico do humor aquoso) geralmente observados com exame de lâmpada de fenda.

Glaucoma agudo de ângulo fechado

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Adulto, geralmente acima dos 40 anos de idade; também pode haver a presença de náuseas e vômitos, bem como cefaleia periocular profunda e incômoda; unilateral; dor associada à diminuição da visão; pupila meio dilatada e não reativa; presença de defeito pupilar aferente.

Investigações

Elevação acentuada na pressão intraocular (normal <22 mmHg); córneas finas (paquimetria <520); defeito pupilar aferente.

Ceratite

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

O paciente pode relatar dor intensa, secreção, fotofobia, lacrimejamento aumentado; as pálpebras também podem inchar.

O exame pode revelar úlcera da córnea que pode ser bacteriana, viral ou fúngica; acuidade visual reduzida; pálpebra edemaciada e secreção podem ser visíveis.

Raramente, a conjuntivite bacteriana pode evoluir para ceratite em pacientes com história de uso de lente de contato ou que sejam imunocomprometidos.

Investigações

Um defeito epitelial pode ser facilmente observado após realizar a coloração da córnea com fluoresceína.

Raspagem da córnea para cultura e sensibilidade por microscopia: realizada em clínica especializada.

Úlcera da córnea

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

O paciente pode relatar inicialmente sensação de corpo estranho, que evolui para fotofobia, visão turva, dor e secreção; as pálpebras também podem inchar.

O exame pode revelar acuidade visual reduzida, muitas vezes hiperemia conjuntival intensa; pálpebra edemaciada ou secreção pode ser visível; coloração corneal com fluoresceína observada; a úlcera pode ser bacteriana, viral ou fúngica.

Investigações

Raspagem da córnea para cultura e sensibilidade por microscopia: realizada em clínica especializada.

A úlcera pode ser de etiologia bacteriana, viral, ou fúngica.

Abrasão da córnea

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Início agudo do desconforto ocular; pode ser precedido por uma história de trauma leve.

Acuidade visual reduzida; reações pupilares normais; hiperemia conjuntival com coloração corneal com fluoresceína observada em um único olho; a pálpebra pode estar edemaciada; não há secreção.

Investigações

Abrasão da córnea pode ser observada com coloração por fluoresceína.

Corpo estranho na córnea

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Uma sensação de corpo estranho progredindo para uma fotofobia e dor pode ser relatada; a sensação é frequentemente precedida por uma rajada de vento ou segue-se a uso de equipamentos de martelagem ou de polir/triturar.

Pode-se observar o corpo estranho na córnea, sob a pálpebra inferior ou no fórnice inferior; acuidade visual e reações pupilares normais.

Investigações

Em casos de lesões de alta velocidade, o exame de imagem da órbita é necessário para descartar corpo estranho intraocular.

Corpo estranho conjuntival e subtarsal

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Frequentemente visão reduzida; pequena partícula de corpo estranho no olho, geralmente causada por rajada de vento de baixa velocidade; sensação persistente e intensa de coceira causada pelo corpo estranho piorando ao piscar; lacrimejamento frequentemente profuso; não há secreção.

No exame físico, acuidade visual possivelmente reduzida; hiperemia da conjuntiva, frequentemente localizada; corpo estranho visível na conjuntiva na eversão das pálpebras (superior e inferior), frequentemente melhor visualizado com corante fluorescente; correspondendo a abrasões da córnea lineares e finas; respostas pupilares normais.

Investigações

O corpo estranho pode ser visualizado com coloração por fluoresceína.

Hemorragia subconjuntival (não traumática)

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Geralmente aparece de maneira espontânea; histórico ocasional de manobra de Valsalva, tosse ou espirro, ou levantamento de peso; geralmente assintomática; ocasionalmente leve desconforto ou sensação de estalos no início; possível associação com hipertensão sistêmica ou medicamento anticoagulante.

O exame físico revela uma área bem circunscrita de sangramento confluente sob a conjuntiva (se a borda posterior não puder ser vista, pode se originar da hemorragia intracraniana, o que justifica encaminhamento imediato ao setor de emergências), geralmente setorial; córnea clara, não há coloração por fluoresceína; acuidade visual e resposta pupilar normais; possível hipertensão sistêmica; pressão arterial deve ser medida em todos os pacientes e tratada de acordo com as diretrizes.

Investigações

Sem testes definitivos. Diagnóstico clínico.

Esclerite

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

O paciente pode relatar dor ocular intensa e vermelhidão (características proeminentes); não há secreção; redução da acuidade visual pode estar presente, história médica pregressa deve ser revisada em busca de associações sistêmicas conhecidas, como doenças do tecido conjuntivo incluindo artrite reumatoide, granulomatose com poliangiíte (antes conhecida como granulomatose de Wegener), lúpus eritematoso sistêmico e policondrite recidivante.

O exame físico pode revelar ingurgitamento profundo dos vasos esclerais e dor na palpação ocular; não há coloração por fluoresceína; a acuidade visual e as reações pupilares podem ser anormais dependendo da posição da esclerite no globo (anterior ou posterior).

Investigações

A avaliação das causas de esclerite deve ser realizada em uma clínica especializada para avaliação de doenças autoimunes subjacentes.

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