Prevenção primária
O consumo de uma dieta balanceada rica em niacina e/ou em triptofano incluindo carne, frango e peixes, amendoins, leite, ovos e cereais fortificados é fundamental para a prevenção da deficiência de vitamina B3.[21] Suplementos de vitaminas do complexo B são recomendados para pacientes que tomam certos medicamentos, como a isoniazida, para aqueles com condições associadas a má absorção, como a doença de Crohn e para aqueles com transtornos decorrentes do uso crônico de bebidas alcoólicas. A fortificação de alimentos básicos como cereais em países onde muitos na população subsistem de milho seria uma importante forma de prevenção primária e secundária. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um limite superior para a ingestão de niacina de 255.5 micromoles/dia (35 mg/dia).[3] As necessidades alimentares diárias de niacina para diferentes populações são relatadas em equivalentes de niacina (EN).[35][76]
Crianças de 0 a 12 meses: ingestão adequada de 14.6 a 29.2 micromoles/dia (2-4 mg/dia)
Crianças de 1 a 8 anos: ingestão diária recomendada (IDR) de 43.8 a 58.4 micromoles/dia (6-8 mg/dia)
Crianças de 9 a 13 anos: IDR de 87.6 micromoles/dia (12 mg/dia)
Homens >14 anos: IDR de 116.8 micromoles/dia (16 mg/dia)
Mulheres >14 anos: IDR de 102.2 micromoles/dia (14 mg/dia)
Gestantes: IDR de 131.4 micromoles/dia (18 mg/dia).
A nutrição de múltiplos micronutrientes e diversas fortificações de alimentos básicos em países de renda baixa a média devem ser iniciadas, incentivadas e monitoradas.[77][78] Essas medidas podem prevenir a "desnutrição de múltiplos micronutrientes", inclusive deficiência de vitamina B3. Como a niacina já está naturalmente presente na farinha de trigo e é removida durante o processo de moedura, a OMS recomenda que a restauração da niacina na farinha de trigo seja considerada uma prática regular.[79]
Prevenção secundária
A adesão terapêutica contínua com suplementos de niacina e/ou uma dieta equilibrada são essenciais para a prevenção da recorrência. Aos que apresentam transtornos decorrentes do uso crônico de bebidas alcoólicas, são recomendados 10 mg por dia de niacina como medida preventiva.[90]
A continuação da suplementação de niacina pode ser aconselhável em cenários clínicos como transtornos decorrentes do uso crônico de bebidas alcoólicas, distúrbios intestinais inflamatórios crônicos (por exemplo, doença de Crohn) e após ressecção clinicamente significativa do intestino delgado ou cirurgia bariátrica.
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