Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

CONTÍNUA

adultos e crianças ≥12 anos

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corticosteroides tópicos ou intralesionais

Corticosteroides tópicos potentes (classe I ou II) são prescritos por um máximo de 2 semanas de uso contínuo para qualquer lesão, evitando a face e as áreas intertriginosas.

Qualquer medicamento de classe I ou II pode ser usado, sendo os de classe I mais eficazes para lesões mais espessas de líquen simples crônico (LSC).

Cremes e pomadas são apropriados para o corpo, soluções e géis para áreas com pelos (por exemplo, couro cabeludo) e pomadas para a pele com erosões, a fim de evitar queimação e ardência.

Para minimizar o risco de efeitos adversos associados aos corticosteroides tópicos, a frequência de aplicação ou a potência devem ser reduzidas à medida que a afecção melhora.

Quando o uso prolongado de corticosteroides tópicos for indicado, como no caso da presença de dermatose crônica subjacente, pode-se usar um agente poupador de corticosteroide (por exemplo, um inibidor de calcineurina tópico), tanto em adultos quanto em crianças.[29][30][31]

A oclusão sobreposta a um corticosteroide tópico é apropriada em lesões espessas de LSC e quando o corticosteroide tópico isolado não apresenta eficácia ideal, já que a oclusão aumenta a eficácia desses agentes.[35] Ela também aumenta os efeitos adversos do corticosteroide tópico, de modo que deve ser restrita a algumas horas por dia por um máximo de 1 a 2 semanas de cada vez.[37]

Corticosteroides intralesionais a intervalos semanais por 6 a 8 semanas para cada aplicação são uma alternativa, se os corticosteroides tópicos de alta potência não forem efetivos, particularmente para as placas muito espessas.[7][17][32]

Opções primárias

fluocinonida tópica: (0.05%) aplicar com moderação na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

ou

clobetasol tópico: (0.05%) aplicar com moderação na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia por um máximo de 2 semanas, máximo de 50 g/semana

Opções secundárias

triancinolona acetonida: 1-3 mg por via intralesional uma vez por semana, máximo de 5 mg por local de injeção ou 30 mg no total

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emolientes, modificação do estilo de vida e agentes sedativos

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A aplicação com frequência de duas vezes por dia de cremes ou pomadas emolientes a fim de hidratar a pele enquanto ainda está úmida (por exemplo, após o banho) restaura e mantém a função da barreira epidérmica.[2]

É necessário eliminar fatores desencadeantes ambientais/fatores de exacerbação, como pele ressecada ou excessivamente úmida, fricção crônica de roupas apertadas e ásperas, e produtos agressivos de cuidados da pele. Em pacientes com líquen simples crônico genital, principalmente doença vulvar, o uso de roupa interior de seda é menos irritante que o de roupa de algodão, e pode melhorar a condição.[17][38]

A oclusão é uma barreira física eficaz contra o ato de coçar.

O prurido noturno é tratado com agentes sedativos tomados 2 horas antes de o paciente ir para a cama para reduzir o risco de sedação, xerostomia e visão turva pela manhã.

A doxepina tem uma meia-vida mais longa e, portanto, é útil para pacientes que são despertados durante a noite pelo prurido, uma vez que os ajuda a permanecer dormindo durante toda a noite.[45]

Opções primárias

doxepina: 10-25 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar inicialmente, aumentar em incrementos de 10-25 mg a cada 7 dias de acordo com a resposta, máximo de 75 mg/dia

ou

hidroxizina: 10-25 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 100 mg/dia

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tratamento de doença dermatológica, sistêmica ou psiquiátrica subjacente

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Qualquer dermatose ou doença sistêmica subjacente que cause prurido deve ser identificada e tratada em LSC secundário para prevenir o restabelecimento do ciclo de coceira após a resolução do episódio agudo.[1][2]

Depressão subjacente, transtornos de ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo e um ciclo de coceira proeminente com prurido diurno intratável devem ser tratados com terapia psicofarmacológica e psicológica.

O antidepressivo tricíclico clomipramina ou um inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS; fluoxetina, paroxetina, sertralina) apropriado deve ser prescrito após uma consulta com psiquiatra especializado.[2][39][40][41]

Terapia cognitivo-comportamental também é eficaz no tratamento de LSC.[42][43][44]

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inibidores da calcineurina tópicos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Quando o uso prolongado de corticosteroides tópicos for indicado (por exemplo, dermatose crônica subjacente), um inibidor de calcineurina tópico pode ser prescrito em conjunto com pulsos de corticosteroides tópicos em um regime que envolve o uso tópico de inibidores de calcineurina em dias de semana e corticosteroides tópicos em fins de semana.[29][30][31]

Também são usados em lesões faciais, intertriginosas e genitais, pois a aplicação de corticosteroides tópicos deve ser evitada nessas áreas quando possível.[31]

Pomada com tacrolimo a 0.1% deve ser administrada somente a crianças com idade >16 anos.

Os efeitos adversos incluem queimação transitória da pele, que pode limitar seu uso em alguns pacientes, e aumento do risco de infecções locais no local da aplicação.

Opções primárias

pimecrolimo tópico: (1%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

ou

tacrolimo tópico: (0.03% ou 0.1%) aplicar na(s) área(s) afetada(s)duas vezes ao dia

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antipruriginosos tópicos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Capsaicina ou doxepina tópicas podem ser adicionadas ao esquema de tratamento do LSC para alívio de ataques de prurido apesar do tratamento com corticosteroides tópicos.[47][48]

Os efeitos adversos de queimação e ardência após a aplicação da capsaicina podem limitar seu uso em alguns pacientes. A doxepina pode causar dermatite alérgica de contato, especialmente quando usada sobre a pele inflamada.[49]

Opções primárias

capsaicina tópica: (0.025%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas a três vezes ao dia

ou

doxepina tópica: (5%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas a quatro vezes ao dia

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criocirurgia

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Adjuvante eficaz a corticosteroides tópicos de alta potência para pequenas lesões localizadas de LSC.[50]

Tipicamente realizada com nitrogênio líquido usando um aplicador com ponta de algodão ou um dispositivo manual de aplicação em spray.

Complicações incluem a formação de vesículas, hemorragia, infecção, formação excessiva de tecido de granulação, anormalidades na pigmentação e sensibilidade alterada.

Evitar ciclos de congelamento com duração >30 segundos e congelamento profundo sobre feixes nervosos pode reduzir muitas das complicações.

Como anormalidades na pigmentação são muito comuns na criocirurgia em pessoas com pele escura, é necessário considerar uma forma alternativa de tratamento nesses pacientes.

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fototerapia

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Fototerapia com luz ultravioleta A (UV-A) e psoraleno (PUVA) ou com UV-B (de banda estreita ou larga) pode ser usada em lesões de LSC resistentes a tratamento com corticosteroides tópicos de alta potência e injeções de corticosteroides intralesionais, ou como adjuvante aos corticosteroides tópicos de alta potência na doença difusa.[1][39]

A fototerapia com UV-B de banda estreita é a forma preferida de fototerapia, pois tem eficácia igual à PUVA, é mais segura, tem menor incidência de efeitos adversos e não exige que o paciente use proteção ocular bloqueadora de UV-A após o procedimento, pois não envolve a ingestão de agente fotossensibilizante como o psoraleno.

As fototerapias com PUVA e com UV-B são realizadas 2 e 3 vezes por semana, respectivamente.

Os efeitos adversos da fototerapia com UV incluem risco de queimadura solar, catarata (com PUVA) e aumento do risco de câncer de pele, especialmente na puvaterapia prolongada. O risco de catarata pode ser evitado usando proteção ocular bloqueadora de UV-A durante 24 horas após a ingestão do agente sensibilizante psoraleno se houver qualquer chance de exposição à luz solar.[51]

crianças com idade <12 anos

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corticosteroides tópicos de potência baixa a moderada

Devido à incidência elevada de efeitos adversos relacionados ao uso de corticosteroides tópicos de alta potência, em crianças com idade <12 anos, deve-se usar um corticosteroide tópico de potência baixa a moderada.[2] Os corticosteroides tópicos preferidos de potência baixa a moderada são o valerato de hidrocortisona e a triancinolona (0.1%), respectivamente.

Quando o uso prolongado de corticosteroides tópicos for indicado, como no caso da presença de dermatose crônica subjacente, pode ser usado um agente poupador de corticosteroide (por exemplo, um inibidor de calcineurina tópico).[29][30][31]

A oclusão sobreposta a um corticosteroide tópico é apropriada em lesões espessas de LSC e quando somente o corticosteroide tópico não apresenta eficácia ideal, pois a oclusão aumenta sua eficácia.[35] Ela também aumenta os efeitos adversos do corticosteroide tópico, de modo que deve ser restrita a algumas horas por dia por um máximo de 1 a 2 semanas de cada vez.[37]

Opções primárias

hidrocortisona tópica: (0.25%) aplicar com moderação na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

ou

triancinolona tópica: (0.1%) aplicar com moderação na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

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emolientes, modificação do estilo de vida e anti-histamínicos sedativos

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A aplicação com frequência de duas vezes por dia de cremes ou pomadas emolientes a fim de hidratar a pele enquanto ainda está úmida (por exemplo, após o banho) restaura e mantém a função da barreira epidérmica.[2]

É necessário eliminar fatores desencadeantes ambientais/fatores de exacerbação, como pele ressecada ou excessivamente úmida, fricção crônica de roupas apertadas e ásperas, e produtos agressivos de cuidados da pele.

A oclusão é uma barreira física eficaz contra o ato de coçar.

O prurido noturno é tratado com um anti-histamínico sedativo de geração mais antiga.[2]

Opções primárias

hidroxizina: crianças ≤40 kg: 0.5 a 1 mg/kg por via oral uma vez ao dia inicialmente ao deitar, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 2 mg/kg/dia; crianças >40 kg: 10-25 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente ao deitar, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 100 mg/dia

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tratamento de condição dermatológica subjacente

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Qualquer dermatose subjacente deve ser identificada e tratada no LSC secundário, para prevenir o restabelecimento do ciclo de coceira após a resolução do episódio agudo.[1][2]

Uma exacerbação da dermatite atópica é uma causa comum de LSC secundário em crianças.

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inibidores da calcineurina tópicos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Quando o uso prolongado de corticosteroides tópicos for indicado (por exemplo, dermatose crônica subjacente), um inibidor de calcineurina tópico pode ser prescrito em conjunto com pulsos de corticosteroides tópicos em um regime que envolve o uso tópico de inibidores de calcineurina em dias de semana e corticosteroides tópicos em fins de semana.[29][30][31]

Também são usados em lesões faciais e intertriginosas, pois a aplicação de corticosteroides tópicos deve ser evitada nessas áreas quando possível.

O tacrolimo e o pimecrolimo não devem ser administrados a crianças com idade <1 e <2 anos, respectivamente.

Os efeitos adversos incluem queimação transitória da pele, que pode limitar seu uso em alguns pacientes, e aumento do risco de infecções locais no local da aplicação.

Opções primárias

tacrolimo tópico: (0.03%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

ou

pimecrolimo tópico: (1%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

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antipruriginoso tópico

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Capsaicina tópica pode ser adicionada ao esquema de tratamento do LSC para alívio de ataques de prurido apesar do tratamento com corticosteroides tópicos.[47][48] Ela não deve ser administrada a crianças com idade <2 anos.

Os efeitos adversos de queimação e ardência após a aplicação da capsaicina podem limitar seu uso em alguns pacientes.[49]

Opções primárias

capsaicina tópica: (creme a 0.025%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

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