Caso clínico

Caso clínico #1

Uma mulher de 45 anos apresenta uma placa intensamente pruriginosa no tornozelo. Ela descreve paroxismos recorrentes de prurido, seguidos por ato intenso de coçar e esfregar que resultam em uma sensação de satisfação. O prurido é mais intenso à noite, e o esposo da paciente nota que ela geralmente parece esfregar o tornozelo com o pé oposto enquanto dorme. Ela tem uma história subjacente de depressão e sofreu estresse psicológico elevado relacionado a uma doença recente na família. Ela não tem história prévia de dermatite atópica ou asma, mas tem uma história de rinite alérgica sazonal. Ela tentou tratar a lesão com creme de venda livre com hidrocortisona a 1%, mas não houve melhora. No exame físico, constatou-se uma placa violácea de 4x5 cm na região medial do tornozelo esquerdo. A placa demonstra liquenificação proeminente e erosões superficiais sobrejacentes consistentes com escoriação.

Caso clínico #2

Um garoto de 6 anos com história médica pregressa de dermatite atópica apresenta placas espessas pruriginosas persistentes nas fossas antecubitais. Ele desenvolveu recentemente uma exacerbação da dermatite atópica associada ao inverno seco e frio. Seus pais relatam prurido descontrolado, particularmente mais intenso à noite. Durante as exacerbações, ele tipicamente apresenta resposta rápida a um corticosteroide tópico de baixa potência e à aplicação aumentada de emolientes. Entretanto, as placas atuais não responderam a essas terapias. No exame físico observaram-se placas liquenificadas espessas eritematosas de 2x4 cm nas fossas antecubitais, acompanhadas por manchas eritematosas nas fossas poplíteas e nas palmas hiperlineares.

Outras apresentações

Outros quadros clínicos comuns incluem o comprometimento do escroto (prurido no escroto) ou dos grandes lábios (prurido na vulva), caracterizados por pele liquenificada espessa com escoriações e, frequentemente, fissuras lineares nos locais das dobras cutâneas.[2] A pigmentação alterada pode ser proeminente, especialmente em pacientes com pele mais escura, que podem apresentar hiperpigmentação ou máculas hipopigmentadas.[2] Comprometimento do couro cabeludo occipital e do ânus (prurido no ânus) também é comum.[1]​​[3] Manifestações menos comuns incluem manchas hiperpigmentadas na região interescapular e pápulas hiperpigmentadas nas canelas, resultando em amiloidose macular e em líquen amiloide, respectivamente.[4][5]

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