Novos tratamentos

Cidofovir tópico

Pode ser usado para lesões especialmente recalcitrantes.[32]​ Ainda não foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA para verrugas. As formulações tópicas do cidofovir podem precisar ser feitas por uma farmácia de manipulação.

Cantaridina tópica

Produz uma bolha depois de ser aplicada na superfície da verruga. Ela é usada com mais frequência em crianças, porém há uma grande probabilidade de produzir uma verruga com aparência de "donut".[33]​ A cantaridina não está mais disponível nos EUA, mas pode estar disponível em outros países (onde pode precisar ser manipulada). Um ensaio clínico aberto de fase 2 foi realizado para examinar uma solução de cantaridina a 0.7% em um aplicador descartável exclusivo. O estudo mostrou a eliminação completa de todas as verrugas tratáveis, no dia 84, em 51% dos pacientes. Nos demais pacientes, observou-se uma redução de 51% no número de verrugas tratáveis desde o início. O tratamento foi bem tolerado, e nenhum evento adverso grave foi relatado.[34]

Vacina contra o papilomavírus humano (HPV)

Relatou-se que a vacinação com a vacina contra o HPV diminui as verrugas em relatos de casos; no entanto, pesquisas adicionais são necessárias.[35][36][37]

Terapia fotodinâmica

A terapia fotodinâmica (TFD) está emergindo como uma terapia segura e efetiva para verrugas. Uma revisão sistemática e metanálise de 19 ensaios clínicos randomizados e controlados revelou que a TFD resultou em baixas taxas de recorrência, reações adversas mínimas e desfechos clínicos positivos.[38]​ Usada em conjunto com ácido aminolevulínico tópico a 20% e uma fonte de luz de banda larga. Potencialmente complicada por dor significativa, embora normalmente seja relatada como mais leve e mais aceitável em comparação com a crioterapia.[38][39]​​[40]​​

Solução tópica de peróxido de hidrogênio

Um ensaio clínico de fase 2 randomizado, duplo-cego e controlado por veículo com solução tópica de peróxido de hidrogênio a 45% deu suporte à eficácia e segurança no tratamento de verrugas comuns em pessoas com 8 anos ou mais.[41]​ Um ensaio clínico de fase 3 randomizado, duplo-cego e controlado por veículo com solução tópica de peróxido de hidrogênio a 45% registrou taxas consideravelmente mais altas de eliminação no dia 60 do braço de tratamento. Além disso, os desfechos secundários de remoção completa de todas as verrugas no dia 137 e o tempo até a remoção completa foram significativamente a favor da solução tópica de peróxido de hidrogênio a 45%. Os efeitos colaterais mais comuns (observados em mais de 5% dos participantes) foram dor no local da aplicação, palidez, eritema, prurido, formação de crostas e erosão.[42]

Vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) intralesional

Uma opção imunoterapêutica com potenciais benefícios adicionais de estimular a regressão de lesões distantes não tratadas. Embora o mecanismo não seja bem compreendido, acredita-se que ele estimule uma reação de hipersensibilidade de tipo tardio contra o antígeno e o HPV, que então tem como alvo as lesões tratadas localmente e as distantes não tratadas.[43][44]

Derivado proteico purificado (PPD) intralesional

O PPD intralesional foi relatado como efetivo para verrugas recalcitrantes em um ensaio clínico randomizado, controlado por placebo e duplo-cego com 69 participantes, o qual randomizou os pacientes entre PPD intralesional e soro fisiológico intralesional.[45]​ Outro estudo com 30 pacientes encontrou eficácia e segurança comparáveis no tratamento de múltiplas verrugas com PPD intralesional e vacina tríplice viral.[46]

Suplementação de zinco

​O sulfato de zinco oral foi relatado como sendo uma terapia eficaz para verrugas comuns recalcitrantes; no entanto, ele não é uma terapia padrão.[47]​ Evidências sugeriram que ele pode ser efetivo em determinados grupos de pacientes com deficiência de zinco.[48]

Dinitroclorobenzeno

Em dois ensaios clínicos ficou demonstrado que o dinitroclorobenzeno (DNCB) é mais que duas vezes mais efetivo que o placebo; no entanto, esse medicamento não está amplamente disponível e pode precisar ser formulado por um farmacêutico.[9]​ Estudos recentes encontraram maior eficácia com cândida intralesional do que com o DNCB.[49]

Outros tratamentos

A cimetidina, o levamisol e a homeopatia também foram estudados com evidências inconsistentes sobre sua eficácia.[48]​ Esses tratamentos não são recomendados. Vários outros tratamentos foram publicados com um número limitado de pacientes descritos, incluindo a vacina contra bacilo de Calmette e Guérin (BCG), laser de ítrio-alumínio-garnet dopado com érbio, laser pulsado em contraste e fluoruracila tópica.[50]

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