Doença de Osgood-Schlatter
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
estágio inicial
modificação das atividades e medidas não farmacológicas
Durante o estágio inicial da doença, geralmente há uma excelente resposta a uma simples modificação da atividade: por exemplo, abstenção dos esportes e aplicação de bolsas de água fria ou compressas na parte anterior do joelho.
A doença de Osgood-Schlatter costuma apresentar evolução autolimitada e, portanto, a melhora da dor e a abstenção de atividades que a provoquem são habitualmente tudo o que é necessário para a maioria dos pacientes com essa condição.
É necessário evitar atividades que envolvam a extensão forçada do joelho e provoquem dor.
Esses pacientes que sentem dor leve e não apresentam fraqueza podem continuar com as atividades esportivas.
Os pacientes que apresentam fraqueza do quadríceps e/ou dos isquiossurais ou sentem dor moderada a intensa devem abster-se das atividades esportivas até a melhora dos sintomas.
Se necessário, uma bolsa de água fria ou com gelo poderá ser aplicada diretamente na região anterior do joelho.
Uma atadura compressiva (como uma faixa) pode ser aplicada no joelho afetado para alívio sintomático, especialmente se houver edema.
anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Durante o estágio inicial da doença, geralmente há uma excelente resposta aos AINEs.
A doença de Osgood-Schlatter costuma apresentar evolução autolimitada e, portanto, a melhora da dor e a abstenção de atividades que a provoquem são habitualmente tudo o que é necessário para a maioria dos pacientes com essa condição.
Uma variedade de AINEs pode ser usada para aliviar os sintomas.
Opções primárias
ibuprofeno: crianças: 5-10 mg/kg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 40 mg/kg/dia; adultos: 300-400 mg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
ou
naproxeno: crianças >2 anos de idade: 5 mg/kg por via oral a cada 12 horas quando necessário; adultos: 500 mg por via oral duas vezes ao dia quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
fisioterapia
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Durante o estágio inicial da doença, geralmente há uma excelente resposta à fisioterapia.
A doença de Osgood-Schlatter costuma apresentar evolução autolimitada e, portanto, a melhora da dor e a abstenção de atividades que a provoquem são habitualmente tudo o que é necessário para a maioria dos pacientes com essa condição.
É necessário iniciar a fisioterapia após a melhora dos sintomas agudos.
O objetivo da terapia é o fortalecimento do quadríceps e dos isquiossurais, bem como a melhora da flexibilidade do joelho.
Deve-se evitar exercícios que causem forças de cisalhamento elevadas na tuberosidade tibial.
suporte e imobilização
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Para pacientes com dor intensa ou prolongada, poderão ser necessários a imobilização do joelho e suporte. Não há evidências suficientes de ensaios clínicos randomizados e controlados.[15]Neuhaus C, Appenzeller-Herzog C, Faude O. A systematic review on conservative treatment options for OSGOOD-Schlatter disease. Phys Ther Sport. 2021 May;49:178-87. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1466853X2100047X?via%3Dihub http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33744766?tool=bestpractice.com Alguns pacientes com dor intensa ou prolongada provocada pela doença de Osgood-Schlatter podem se beneficiar de um breve período (alguns dias a 1 semana) de imobilização do joelho.
Deve-se permitir e estimular a carga total enquanto o paciente estiver usando um suporte.
A imobilização prolongada (por exemplo, com um gesso cilíndrico) não é mais recomendada porque causa atrofia do quadríceps.[1]Gholve PA, Scher DM, Khakharia S, et al. Osgood Schlatter syndrome. Curr Opin Pediatr. 2007;19:44-50. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17224661?tool=bestpractice.com
Uma joelheira ou suporte protetor com dispositivos como uma faixa infrapatelar pode ajudar a aliviar os sintomas em pacientes que, apesar da condição, desejem ou precisem continuar a participar de atividades atléticas.[24]Levine J, Kashyap S. A new conservative treatment of Osgood-Schlatter disease. Clin Orthop Relat Res. 1981;158:126-128. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7273510?tool=bestpractice.com
progressivo ou estágio avançado
cirurgia
A revisão da literatura indica que até 10% a 12% dos pacientes com doença de Osgood-Schlatter podem ter sintomas prolongados, a despeito do manejo conservador, e alguns podem exigir tratamento cirúrgico. A cirurgia só deverá ser realizada depois que o paciente atingir a maturidade esquelética.[1]Gholve PA, Scher DM, Khakharia S, et al. Osgood Schlatter syndrome. Curr Opin Pediatr. 2007;19:44-50. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17224661?tool=bestpractice.com
Opções cirúrgicas de primeira linha equivalentes incluem perfuração da tuberosidade tibial, ressecção parcial da tuberosidade tibial, excisão do ossículo separado e combinação desses procedimentos. A grande maioria dos pacientes submetidos a tratamento cirúrgico para sintomas persistentes da doença de Osgood-Schlatter relata excelente alívio da dor e pode retornar integralmente às atividades, inclusive participar de atividades atléticas.[17]Ferciot CF. Surgical management of anterior tibial epiphysis. Clin Orthop. 1955;5:204-206. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14379488?tool=bestpractice.com [18]Thomson JE. Operative treatment of osteochondritis of the tibial tubercle. J Bone Joint Surg Am. 1956;38:142-148. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/13286274?tool=bestpractice.com [19]Flowers MJ, Bhadreshwar DR. Tibial tubercle excision for symptomatic Osgood-Schlatter disease. J Pediatr Orthop. 1995;15:292-297. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7790481?tool=bestpractice.com [20]Orava S, Malinen L, Karpakka J, et al. Results of surgical treatment of unresolved Osgood-Schlatter lesion. Ann Chir Gynaecol. 2000;89:298-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11204962?tool=bestpractice.com [21]Mital MA, Matza RA, Cohen J. The so-called unresolved Osgood-Schlatter lesion: a concept based on fifteen surgically treated lesions. J Bone Joint Surg Am. 1980;62:732-739. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7391096?tool=bestpractice.com [22]Glynn MK, Regan BF. Surgical treatment of Osgood-Schlatter's disease. J Pediatr Orthop. 1983;3:216-219. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6863528?tool=bestpractice.com [23]Pihlajamäki HK, Mattila VM, Parviainen M, et al. Long-term outcome of surgical treatment of unresolved Osgood-Schlatter disease in young men. J Bone Joint Surg Am. 2009;91:2350-2358. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19797569?tool=bestpractice.com
persistência da dor no final da adolescência ou na fase adulta
cirurgia
Supercrescimento ósseo da tuberosidade tibial ou persistência de um ossículo na fase adulta pode ser um problema puramente estético ou causar dor e limitações funcionais. A proeminência óssea na tuberosidade tibial é causada pelo pequeno ossículo que se forma com a fragmentação da apófise. Esse ossículo pode afetar o tendão patelar, causando dor e limitando a atividade.[4]Blankstein A, Cohen I, Heim M. Ultrasonography as a diagnostic modality in Osgood-Schlatter disease. A clinical study and review of the literature. Arch Orthop Trauma Surg. 2001;121:536-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11599758?tool=bestpractice.com O problema pode ser resolvido cirurgicamente com a excisão do ossículo e/ou a osteoplastia da tuberosidade tibial, com excelentes desfechos de longo prazo.[23]Pihlajamäki HK, Mattila VM, Parviainen M, et al. Long-term outcome of surgical treatment of unresolved Osgood-Schlatter disease in young men. J Bone Joint Surg Am. 2009;91:2350-2358. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19797569?tool=bestpractice.com
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