Os principais objetivos são eliminar ou diminuir a carga de tração repetitiva da inserção do tendão patelar na apófise da tuberosidade tibial a fim de prevenir lesões adicionais e aliviar as lesões existentes com anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e modalidades terapêuticas.
Além disso, um objetivo de longo prazo é melhorar a força e a flexibilidade do membro inferior, a fim de permitir a participação em atividades esportivas e recreativas.
Estágio inicial
Geralmente, >90% dos pacientes com doença de Osgood-Schlatter tratada com repouso, gelo, AINEs e fisioterapia respondem com excelente desfecho e total retorno às atividades.[13]Beovich R, Fricker PA. Osgood-Schlatter's disease: a review of literature and an Australian series. Aust J Sci Med Sport. 1988;20:11-13.[14]Hussain A, Hagroo GA. Osgood-Schlatter disease. Sports Exer Injury. 1996;2:202-206.
Para pacientes com dor intensa ou prolongada, poderão ser necessários a imobilização do joelho e suporte. Não há evidências suficientes de ensaios clínicos randomizados e controlados.[15]Neuhaus C, Appenzeller-Herzog C, Faude O. A systematic review on conservative treatment options for OSGOOD-Schlatter disease. Phys Ther Sport. 2021 May;49:178-87.
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1466853X2100047X?via%3Dihub
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33744766?tool=bestpractice.com
Progressivo ou estágio avançado
A revisão da literatura indica que até 10% a 12% dos pacientes com doença de Osgood-Schlatter podem ter sintomas prolongados, a despeito do manejo conservador, e alguns podem exigir tratamento cirúrgico. A cirurgia só deverá ser realizada depois que o paciente atingir a maturidade esquelética.[1]Gholve PA, Scher DM, Khakharia S, et al. Osgood Schlatter syndrome. Curr Opin Pediatr. 2007;19:44-50.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17224661?tool=bestpractice.com
As modalidades não cirúrgicas para a redução dos sintomas em casos recalcitrantes de doença de Osgood-Schlatter incluem injeções locais com lidocaína ou dextrose hiperosmolar. Essas injeções são medidas temporárias que não são administradas de forma rotineira.[16]Topol GA, Podesta LA, Reeves KD, et al. Hyperosmolar dextrose injection for recalcitrant Osgood-Schlatter disease. Pediatrics. 2011;128:1121-1128.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21969284?tool=bestpractice.com
Opções cirúrgicas de primeira linha equivalentes incluem:
Ressecção parcial da tuberosidade tibial[17]Ferciot CF. Surgical management of anterior tibial epiphysis. Clin Orthop. 1955;5:204-206.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14379488?tool=bestpractice.com
[18]Thomson JE. Operative treatment of osteochondritis of the tibial tubercle. J Bone Joint Surg Am. 1956;38:142-148.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/13286274?tool=bestpractice.com
[19]Flowers MJ, Bhadreshwar DR. Tibial tubercle excision for symptomatic Osgood-Schlatter disease. J Pediatr Orthop. 1995;15:292-297.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7790481?tool=bestpractice.com
Excisão do ossículo separado[20]Orava S, Malinen L, Karpakka J, et al. Results of surgical treatment of unresolved Osgood-Schlatter lesion. Ann Chir Gynaecol. 2000;89:298-302.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11204962?tool=bestpractice.com
[21]Mital MA, Matza RA, Cohen J. The so-called unresolved Osgood-Schlatter lesion: a concept based on fifteen surgically treated lesions. J Bone Joint Surg Am. 1980;62:732-739.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7391096?tool=bestpractice.com
Perfuração da tuberosidade tibial.[22]Glynn MK, Regan BF. Surgical treatment of Osgood-Schlatter's disease. J Pediatr Orthop. 1983;3:216-219.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6863528?tool=bestpractice.com
Complicações em longo prazo
Supercrescimento ósseo da tuberosidade tibial ou persistência de um ossículo na fase adulta pode ser um problema puramente estético ou causar dor e limitações funcionais. A proeminência óssea na tuberosidade tibial é causada pelo pequeno ossículo que se forma com a fragmentação da apófise. Esse ossículo pode afetar o tendão patelar, causando dor e limitando a atividade.[4]Blankstein A, Cohen I, Heim M. Ultrasonography as a diagnostic modality in Osgood-Schlatter disease. A clinical study and review of the literature. Arch Orthop Trauma Surg. 2001;121:536-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11599758?tool=bestpractice.com
O problema pode ser resolvido cirurgicamente com a excisão do ossículo e/ou a osteoplastia da tuberosidade tibial, com excelentes desfechos de longo prazo.[23]Pihlajamäki HK, Mattila VM, Parviainen M, et al. Long-term outcome of surgical treatment of unresolved Osgood-Schlatter disease in young men. J Bone Joint Surg Am. 2009;91:2350-2358.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19797569?tool=bestpractice.com