Prognóstico

Múltiplos estudos descobriram que o reparo cirúrgico oferece um bom resultado funcional e um alto nível de satisfação do paciente.

Para pacientes com baixa demanda funcional, a reabilitação não cirúrgica pode ser preferível e, em muitos casos, pode proporcionar um desfecho bom e duradouro.

Reparo cirúrgico

O objetivo primário da cirurgia é oferecer uma articulação indolor e com boa função. Tanto artroscopia, como mini-incisão e cirurgia por via aberta apresentam boa satisfação dos pacientes em relação a esse objetivo.[36][83][84][85]​​ Os pacientes podem esperar um retorno à função normal em 26-52 semanas, dependendo da extensão da ruptura, da patologia associada e do nível de atividade.

A falha na cicatrização do tendão pode não necessariamente se correlacionar com desfechos desfavoráveis ou com redução na satisfação do paciente.[86][87]​​​ No entanto, uma revisão sugere que provavelmente existem diferenças importantes no desfecho clínico entre pacientes com reparos do manguito rotador cicatrizados e não cicatrizados, especialmente com relação à força.[88]

Idade fisiológica avançada, cronicidade e retração da ruptura, atrofia e degeneração gordurosa dos músculos do manguito têm sido associados a piores desfechos, independentemente da abordagem cirúrgica. Além disso, os pacientes mais jovens com altas demandas podem deparar-se com uma capacidade limitada de retornar aos esportes e menor satisfação pós-operatória.

Reabilitação não cirúrgica

Para pacientes com baixa demanda funcional, um programa de reabilitação não cirúrgica bem desenhado, que consiste em alongamento e fortalecimento do manguito rotador e dos músculos periescapulares, pode proporcionar alívio da dor com um arco de movimento funcional. Pesquisadores relataram um resultado bom/excelente de 68% usando um programa de reabilitação em domicílio.[50] Um estudo descobriu que os resultados de um programa de terapia domiciliar se comparam favoravelmente àqueles de um programa de terapia ocupacional formal, com dois terços de pacientes em cada grupo apresentando melhora significativa após um programa de 2 meses.[89]

Em pacientes com tendinopatia do manguito rotador, os exercícios domiciliares versus supervisionados foram igualmente efetivos, sem diferenças significativas na dor e na incapacidade. A supervisão de mais do que a primeira sessão de um esquema de 6 semanas de exercícios não resultou em diferenças significativas em relação à dor e à incapacidade.[90][91]

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