Diagnósticos diferenciais

comuns

Hepatopatia alcoólica

História

consumo intenso de álcool por 10-12 anos (>40-80 g/dia para homens e 20-40 g/dia para mulheres), dor abdominal, prurido, mal-estar generalizado, perda de peso, fadiga, anorexia, caquexia, fezes claras, urina escura, melena ou hematêmese

Exame físico

perda de massa muscular generalizada, ginecomastia, estado mental alterado, asterixis (flapping) ou reflexos tendinosos profundos alterados, equimoses ou petéquias, aranhas vasculares, perda da eminência tenar, eritema palmar, cabeça de medusa, ascite, hepatoesplenomegalia ou fígado pequeno, derrame pleural, insuficiência cardíaca direita, exame retal positivo (sangue)

Primeira investigação
  • testes séricos da função hepática:

    aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT) raramente >200 U/L; bilirrubina sérica elevada; albumina baixa

  • proporção de AST:ALT:

    mais de 2:1 em hepatopatia alcoólica, refletindo atividade reduzida de ALT nesses pacientes[100]

    Mais
  • tempo de protrombina (TP)/razão normalizada internacional (INR):

    elevado

    Mais
  • Hemograma completo:

    plaquetopenia; leucocitose

    Mais
  • ureia:

    elevado

    Mais
  • escore CAGE (Cut Down, Annoyed, Guilty and Eye Opener):

    >2

    Mais
  • Escore do teste de identificação de transtornos devido ao uso de álcool (AUDIT)-C:

    >5

    Mais
  • ultrassonografia abdominal:

    geralmente hiperecoica devido a infiltração adiposa, pode descrever ecogenicidade mista; possível fígado nodular nos pacientes cirróticos com evidências de hipertensão portal, esplenomegalia e ascite

    Mais
Outras investigações
  • endoscopia digestiva alta:

    varizes

  • radiografia torácica:

    pode mostrar condensação

    Mais
  • urocultura:

    pode ser positiva

    Mais
  • hemocultura:

    pode ser positiva

    Mais
  • cultura de líquido ascítico:

    pode ser positiva

    Mais

Coledocolitíase

História

dor no quadrante superior direito, agravada pelas refeições, febre

Exame físico

desconforto abdominal no quadrante superior direito, febre (na colecistite)

Primeira investigação
  • testes séricos da função hepática:

    elevação da bilirrubina direta, gama glutamiltransferase e fosfatase alcalina

  • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

    geralmente normal ou um pouco elevada devido à absorção reduzida de vitamina K

  • Hemograma completo:

    contagem de leucócitos elevada

  • ultrassonografia abdominal:

    dilatação da árvore biliar intra e extra-hepática com/sem cálculo(s) no ducto colédoco

    Mais
Outras investigações
  • colesterol sérico:

    pode estar elevada

  • colangiopancreatografia por ressonância magnética (CPRM):

    cálculo(s) no ducto biliar

    Mais
  • ultrassonografia endoscópica:

    cálculo(s) no ducto biliar

    Mais
  • tomografia computadorizada (TC):

    cálculo biliar parcialmente calcificado; complicações como colangite, colecistite, pancreatite

    Mais
  • colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE):

    cálculo(s) no ducto biliar

    Mais

Hepatite A

História

pode haver uma história de fatores de risco (por exemplo, viajar para uma parte endêmica do mundo, contato próximo com uma pessoa infectada, surto de origem alimentar conhecido), anorexia, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, perda de peso

Exame físico

desconforto abdominal, hepatoesplenomegalia branda, linfadenopatia, icterícia; infecção fulminante: agravamento da icterícia, ascite, sinais de encefalopatia (por exemplo, déficits de memória, atenção, concentração; confusão, asterixis [flapping], nistagmo, clônus, rigidez, coma)

Primeira investigação
  • testes séricos da função hepática:

    níveis elevados de bilirrubina direta, aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase, fosfatase alcalina e gama-glutamiltransferase

  • imunoglobulina M (IgM) contra vírus da hepatite A:

    positiva

  • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

    pode estar elevada

  • Hemograma completo:

    contagem plaquetária baixa (plaquetopenia) ou normal

Outras investigações

    Hepatite B

    História

    pode haver uma história de fatores de risco (por exemplo, viajar para uma parte endêmica do mundo, história de alto risco sexual, uso de drogas intravenosas), pode apresentar poucos ou nenhum sintoma, pode apresentar letargia, náuseas, vômitos, dor abdominal; apresentação aguda (incomum): agravamento da icterícia e letargia, confusão; infecção crônica com complicações tardias: prurido, inchaço abdominal, hematêmese, melena, confusão, letargia, perda de peso, fraqueza, contusões

    Exame físico

    infecção aguda: geralmente normal, mas pode haver icterícia, hepatomegalia com sensibilidade à palpação, e se grave: sinais de encefalopatia (por exemplo, déficits de memória, atenção, concentração; confusão, asterixis [flapping], nistagmo, clônus, rigidez, coma); infecção crônica: pode apresentar icterícia, perda de massa muscular, ginecomastia, eritema palmar, aranhas vasculares, petéquias, ascite, veias abdominais distendidas, hepatoesplenomegalia, sinais de encefalopatia

    Primeira investigação
    • testes séricos da função hepática:

      níveis elevados de bilirrubina direta, aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase, fosfatase alcalina e gama-glutamiltransferase

    • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

      pode estar elevada

    • Hemograma completo:

      contagem plaquetária baixa (plaquetopenia) ou normal

    • teste para o antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg) sérico:

      positivo - aparece de 2-10 semanas após a exposição ao vírus da hepatite B (HBV); na infecção aguda por HBV autolimitada, o HBsAg geralmente fica indetectável após 4-6 meses de infecção; a persistência do HBsAg por >6 meses indica infecção crônica por HBV[101]

    • antígeno do núcleo da hepatite B (anti-HBc [IgM]) sérico:

      positivo - aparece semanas após a infecção aguda e continua detectável por 4-8 meses; durante o período da janela imunológica (de várias semanas a meses), após o desaparecimento do HBsAg e antes do aparecimento de anti-HBs, a detecção de IgM anti-HBc pode ser a única forma de se fazer o diagnóstico de infecção aguda por HBV

      Mais
    • antígeno sérico e da hepatite B (HBeAg):

      positiva

      Mais
    • ácido desoxirribonucleico (DNA) do vírus da hepatite B:

      elevado

    Outras investigações
    • ultrassonografia abdominal:

      cirrose; carcinoma hepatocelular

    Hepatite C

    História

    pode haver uma história de fatores de risco, (por exemplo, uso de drogas intravenosas, transfusão de sangue antes de 1992 nos EUA, histórico sexual de alto risco); infecção aguda: geralmente assintomática, pode haver fadiga, icterícia; infecção crônica: pode ser assintomática, mas é possível haver sintomas relacionados à cirrose e suas complicações, como prurido, edema abdominal, hematêmese, melena, confusão, letargia, perda de peso, fraqueza, contusões

    Exame físico

    doença em estágio inicial: exame físico normal; doença tardia com infecção crônica: pode haver icterícia, perda de massa muscular, ginecomastia, eritema palmar, aranhas vasculares, petéquias, ascite, veias abdominais distendidas, hepatoesplenomegalia, sinais de encefalopatia (por exemplo, deficits de memória, atenção e concentração, confusão, asterixis [flapping], nistagmo, clônus, rigidez, coma)

    Primeira investigação
    • testes séricos da função hepática:

      níveis elevados de bilirrubina direta, aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase, fosfatase alcalina e gama-glutamiltransferase

    • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

      pode estar elevada

    • Hemograma completo:

      contagem plaquetária baixa (plaquetopenia) ou normal

    • anticorpo contra hepatite C:

      positivo; anticorpos negativos não descartam a infecção por vírus da hepatite C na infecção aguda ou nos pacientes gravemente imunocomprometidos

    • teste de amplificação de ácido nucleico:

      positivo; detecta viremia no início da infecção

    Outras investigações
    • ultrassonografia abdominal:

      pode mostrar cirrose e evidências de hipertensão portal

    Lesão hepática induzida por medicamentos

    História

    mais de 100 medicamentos envolvidos, dor no quadrante superior direito, prurido, mal-estar generalizado, perda de peso, fadiga, anorexia, fezes claras, urina escura; os fatores de risco para lesão hepática induzida por medicamentos incluem idade, sexo feminino, raça afro-americana, consumo de bebidas alcoólicas, gravidez e doença hepática crônica[27]

    Exame físico

    hepatoesplenomegalia branda, linfadenopatia

    Primeira investigação
    • testes séricos da função hepática:

      níveis elevados de bilirrubina total, alanina aminotransferase e aspartato transaminase

    • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

      aumentada

    • Hemograma completo:

      contagem plaquetária normal ou baixa, leucocitose

    • ultrassonografia abdominal:

      achados inespecíficos

    • paracetamol sérico:

      elevado se houver superdosagem, pode ser normal em superdosagem escalonada

    Outras investigações

      Colangite ascendente

      História

      calafrios, dor, fezes claras, urina escura, prurido, mal-estar generalizado, perda de peso, fadiga, anorexia

      Exame físico

      tríade de Charcot: febre, sensibilidade no quadrante superior direito , icterícia

      Primeira investigação
      • testes séricos da função hepática:

        elevação da bilirrubina direta, gama glutamiltransferase e fosfatase alcalina

      • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

        pode estar elevada

      • Hemograma completo:

        contagem de leucócitos elevada

      • proteína C-reativa:

        elevado

      • ultrassonografia abdominal:

        dilatação biliar e cálculo(s) nos ductos biliares

      Outras investigações
      • colangiopancreatografia por ressonância magnética:

        cálculo(s) no ducto biliar

      • ultrassonografia endoscópica:

        cálculo(s) no ducto biliar

      • colangiopancreatografia retrógrada endoscópica:

        obstrução do ducto biliar; drenagem de pus da árvore biliar

        Mais

      Carcinoma pancreático

      História

      geralmente assintomático até doença terminal, depressão, perda de peso, saciedade precoce, diabetes inicial, dor abdominal, prurido, mal-estar generalizado, fadiga, anorexia, fezes claras, urina escura

      Exame físico

      lei/sinal de Courvoisier positivo, vesícula biliar palpável, aparência caquética e doente

      Primeira investigação
      • testes séricos da função hepática:

        níveis elevados de bilirrubina direta, fosfatase alcalina e gama-glutamiltransferase

      • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

        pode estar elevada

      • Hemograma completo:

        contagens plaquetária, de hemoglobina (Hb) e hematócrito (Hct) baixas ou normais

      • ultrassonografia abdominal:

        massa pancreática e ducto colédoco dilatado ± dilatação do ducto pancreático

      Outras investigações
      • tomografia computadorizada (TC):

        massa pancreática e ducto biliar dilatado ± dilatação do ducto pancreático

        Mais
      • tomografia por emissão de pósitrons com fluordesoxiglucose/TC (FDG-PET/TC):

        aumento da atividade de FDG da lesão pancreática

        Mais
      • ultrassonografia endoscópica linear:

        massa pancreática

        Mais
      • colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE):

        estenoses do ducto biliar e do ducto pancreático

        Mais

      Metástases hepáticas

      História

      história de neoplasia maligna: (colorretal, mama, pulmão, linfoma); perda de peso, fadiga, inchaço abdominal

      Exame físico

      icterícia, hepatomegalia, ascite, caquexia, sinais de outras malignidades

      Primeira investigação
      • testes séricos da função hepática:

        transaminases elevadas sugerem destruição de hepatócitos; fosfatase alcalina e gama-glutamiltransferase elevadas sugerem coléstase causada por compressão externa da árvore biliar.

      • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

        pode estar elevada

      • ultrassonografia abdominal:

        identifica metástases e dilatação do ducto biliar

      Outras investigações
      • TC do tórax, abdome, pelve:

        identifica a extensão do tumor intra-abdominal e pode identificar malignidade primária, caso ainda não tenha sido identificada

      Anemia hemolítica

      História

      febre ou calafrios, história familiar de distúrbios hemolíticos, dor abdominal, prurido, mal-estar generalizado, perda de peso, fadiga, anorexia, urina escura

      Exame físico

      novo episódio de palidez, esplenomegalia

      Primeira investigação
      • testes séricos da função hepática:

        níveis elevados de bilirrubina direta com aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase e fosfatase alcalina normais ou minimamente elevados

      • Hemograma completo:

        hemoglobina (Hb) baixa

      • bilirrubina direta/indireta:

        bilirrubina indireta elevada

      • ultrassonografia abdominal:

        inespecífico

      Outras investigações
      • lactato desidrogenase (LDH):

        elevado

        Mais
      • haptoglobina:

        reduzidos

        Mais
      • esfregaço de sangue periférico:

        células falciformes, esquistócitos ou células em alvo

        Mais
      • contagem de reticulócitos:

        elevado

      • teste direto de antiglobulina sérica (teste de Coombs):

        positiva

        Mais
      • teste indireto de antiglobulina sérica (teste de Coombs):

        pode detectar autoanticorpos induzidos por medicamento

      Cirrose descompensada

      História

      doença hepática crônica conhecida; uma infecção recente pode desencadear descompensação; pode-se relatar hematêmese ou melena

      Exame físico

      icterícia, ascite; estigmas de doença hepática crônica, incluindo perda de massa muscular generalizada, ginecomastia, equimose ou petéquias, aranha vascular, perda de eminência tenar, eritema palmar, cabeça de medusa; sinais de encefalopatia hepática, entre eles redução da atenção, confusão, comprometimento da adição ou subtração, desorientação no tempo e/ou espaço, dispraxia, asterixis (flapping), hiper-reflexia, nistagmo, clônus e rigidez; melena

      Primeira investigação
      • testes séricos da função hepática:

        bilirrubina elevada; alteração variável da alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase e/ou fosfatase alcalina

      • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

        elevado (>1.5)

      • Hemograma completo:

        trombocitopenia

      • ureia:

        elevada após uma hemorragia digestiva alta

      • proteína C-reativa:

        elevada na infecção

      • perfil metabólico completo:

        hiponatremia; níveis anormais de cálcio, fósforo ou magnésio; hipoglicemia

      • cultura de líquido ascítico:

        pode ser positiva

        Mais
      • hemocultura:

        pode ser positiva

        Mais
      • radiografia torácica:

        pode mostrar pneumonia ou derrame pleural

        Mais
      • urocultura:

        pode ser positiva

        Mais
      • ultrassonografia:

        ascite, esplenomegalia

      Outras investigações
      • tomografia computadorizada (TC):

        pode demonstrar carcinoma hepatocelular

        Mais
      • ecocardiograma:

        normal

        Mais
      • endoscopia digestiva alta:

        pode detectar sangramento por varizes

        Mais

      Insuficiência hepática aguda

      História

      desconforto abdominal, náuseas, vômitos, anorexia; parentes podem relatar alterações de personalidade; pode envolver história de sobredosagem de paracetamol ou ingestão de outro medicamento, fatores de risco para hepatite viral, história de choque (predispõe a hepatite isquêmica); pode envolver história médica pregressa de estado hipercoagulável (síndrome de Budd-Chiari); pode evolver história familiar de doença de Wilson

      Exame físico

      hepatomegalia e sensibilidade no quadrante superior direito podem estar presentes; os sinais de encefalopatia hepática incluem redução da atenção, confusão, comprometimento da adição ou subtração, desorientação no tempo e/ou espaço, dispraxia, asterixis (flapping), hiper-reflexia, nistagmo, clônus e rigidez; estigmas de doença hepática crônica estão ausentes

      Primeira investigação
      • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

        elevado (>1.5)

      • testes séricos da função hepática:

        hiperbilirrubinemia, enzimas hepáticas elevadas

      • perfil metabólico básico:

        pode apresentar ureia e creatinina elevadas, distúrbios metabólicos

        Mais
      • Hemograma completo:

        leucocitose, anemia, trombocitopenia

        Mais
      • gasometria arterial:

        acidose metabólica

        Mais
      • nível de paracetamol:

        pode estar elevado; no entanto, baixos níveis de paracetamol não descartam a hepatotoxicidade do paracetamol

        Mais
      Outras investigações
      • sorologias para hepatite viral:

        pode ser positiva

        Mais
      • marcadores de hepatite autoimune:

        pode ser positiva

        Mais
      • teste de gravidez:

        pode ser positiva

        Mais
      • radiografia torácica:

        possível pneumonia por aspiração

        Mais
      • ultrassonografia abdominal com Doppler:

        trombose de vasos hepáticos, perda de sinal venoso hepático e fluxo reverso na veia porta na síndrome de Budd-Chiari; hepatomegalia, esplenomegalia, nodularidade da superfície hepática

      • investigação para doença de Wilson:

        ceruloplasmina sérica baixa; cobre sérico elevado; excreção elevada de cobre pela urina em 24 horas, anéis de Kayser-Fleischer presentes no exame oftalmológico com lâmpada de fenda

        Mais
      • tomografia computadorizada (TC) craniana:

        edema cerebral, hemorragia

        Mais

      Insuficiência hepática crônica agudizada

      História

      história de insulto hepático agudo em um paciente com doença hepática crônica (por exemplo, sepse, uso indevido de álcool ativo); icterícia, ascite, desconforto abdominal, náuseas, vômitos, anorexia; parentes podem relatar alterações de personalidade; podem haver sinais de hemorragia por varizes (por exemplo, hematêmese, melena)

      Exame físico

      icterícia, ascite; estigmas de doença hepática crônica, incluindo perda de massa muscular generalizada, ginecomastia, equimose ou petéquias, aranha vascular, perda de eminência tenar, eritema palmar, cabeça de medusa; sinais de encefalopatia hepática, entre eles redução da atenção, confusão, comprometimento da adição ou subtração, desorientação no tempo e/ou espaço, dispraxia, asterixis (flapping), hiper-reflexia, nistagmo, clônus e rigidez

      Primeira investigação
      • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

        elevado (>1.5)

      • testes séricos da função hepática:

        hiperbilirrubinemia, enzimas hepáticas elevadas

      • Hemograma completo:

        contagem de leucócitos elevada

      • proteína C-reativa:

        elevado

      • eletrólitos séricos, ureia e creatinina:

        ureia e creatinina elevadas; hiponatremia

      Outras investigações
      • nível de paracetamol:

        pode estar elevada

        Mais
      • endoscopia digestiva alta:

        pode detectar sangramento por varizes

        Mais
      • cultura de líquido ascítico:

        pode ser positiva

        Mais
      • hemocultura:

        pode ser positiva

        Mais
      • urocultura:

        pode ser positiva

        Mais
      • radiografia torácica:

        pode mostrar condensação

        Mais

      Incomuns

      Síndrome de Gilbert

      História

      adultos jovens, mais comum em homens, geralmente assintomática ou sintomas inespecíficos (cólicas abdominais, fadiga, mal-estar)

      Exame físico

      normal quando não há icterícia

      Primeira investigação
      • testes séricos da função hepática:

        níveis elevados de bilirrubina indireta, fosfatase alcalina normal

        Mais
      • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

        normal

      • Hemograma completo:

        normal

      Outras investigações
      • esfregaço sanguíneo:

        normal

      • contagem de reticulócitos:

        normal

      Hepatite E

      História

      pode haver história de fatores de risco (por exemplo, viagem para o sudoeste da Ásia, o norte e o centro da África, a Índia e a América Central), exposição a porcos ou carne de porco mal cozida; mais comum em homens de meia idade/idosos; anorexia, náuseas e vômitos, diarreia, dor abdominal, prurido, mialgia, sintomas neurológicos (5% dos pacientes); a gestação está associada a doença mais óbvia; pacientes com doença hepática preexistente têm alto risco de descompensação e taxa de mortalidade de 70%

      Exame físico

      pode ser normal; desconforto abdominal, hepatoesplenomegalia branda, linfadenopatia, icterícia, ascite, sinais de encefalopatia (por exemplo, deficits de memória, atenção, concentração; confusão, asterixis (flapping), nistagmo, clônus, rigidez, coma)

      Primeira investigação
      • testes séricos da função hepática:

        níveis elevados de bilirrubina direta, aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase, fosfatase alcalina e gama-glutamiltransferase

      • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

        pode estar elevada

      • ultrassonografia abdominal:

        inespecífica

      Outras investigações
      • Anticorpos séricos antivírus da hepatite E do tipo imunoglobulina M (IgM):

        positiva

        Mais
      • reação em cadeia da polimerase para vírus da hepatite E:

        positiva

      Hepatite D

      História

      pode haver um histórico de fatores de risco (por exemplo, infecção pelo vírus da hepatite B, histórico de alto risco sexual, uso de drogas intravenosas), poucos ou nenhum sintoma; apresentação aguda (incomum): icterícia, letargia, confusão; infecção crônica com complicações tardias: prurido, edema abdominal, hematêmese, melena, confusão, letargia, perda de peso, fraqueza, contusões

      Exame físico

      geralmente normal, mas em caso de infecção aguda grave pode haver icterícia, hepatomegalia com sensibilidade à palpação, sinais de encefalopatia (por exemplo, déficits de memória, atenção, concentração; confusão, asterixis [flapping], nistagmo, clônus, rigidez, coma); infecção crônica tardia: pode apresentar icterícia, perda de massa muscular, ginecomastia, eritema palmar, aranhas vasculares, petéquias, ascite, veias abdominais distendidas, hepatoesplenomegalia, sinais de encefalopatia

      Primeira investigação
      • testes séricos da função hepática:

        níveis elevados de bilirrubina direta, aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase, fosfatase alcalina e gama-glutamiltransferase

      • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

        pode estar elevada

      • Hemograma completo:

        contagem plaquetária baixa (plaquetopenia) ou normal

      • ultrassonografia abdominal:

        inespecífica

      Outras investigações
      • imunoglobulina M (IgM) contra vírus da hepatite D:

        positiva

      • nível sérico total de anticorpos IgM e IgG antivírus da hepatite D:

        positiva

      • teste para o antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg) sérico:

        positiva

      • anticorpo contra antígeno do núcleo da hepatite B sérico:

        positiva

      • antígeno sérico e da hepatite B (HBeAg):

        positiva

        Mais

      Leptospirose

      História

      história de contato direto ou indireto com urina de animais infectados ou água contaminada; os sintomas de fase aguda incluem febre, calafrios, cefaleia, sensibilidade muscular na panturrilha, dor abdominal, diarreia, náuseas, vômitos, astenia, anorexia e fotofobia; os sintomas da fase imune ocorrem de 5 a 7 dias depois e incluem dor ocular intensa, cefaleia, fotofobia, sintomas pulmonares (tosse, dispneia, dor torácica, hemoptise), palpitações, sensibilidade muscular e alterações do estado mental

      Exame físico

      fase aguda/inicial: febre alta (até 40 ℃ [104 °F]), calafrios, hipotensão, taquicardia, linfadenopatia, sensibilidade dos músculos da panturrilha; fase imune: consolidação secundária a hemorragia pulmonar, estertores e sibilância secundários a edema pulmonar; arritmias, rigidez da nuca, delirium, fraqueza e paralisia, alterações do estado mental, deficit neurológico focal; ambas as fases: hepatoesplenomegalia, desconforto abdominal, icterícia, sufusão conjuntival bilateral

      Primeira investigação
      • Hemograma completo:

        leucocitose; plaquetopenia; anemia

        Mais
      • testes séricos da função hepática:

        níveis de bilirrubina conjugada acentuadamente elevados, aminotransferases ou fosfatase alcalina elevadas

      • proteína C-reativa:

        elevado

      • eletrólitos séricos, ureia e creatinina:

        ureia e creatinina elevadas; hipocalemia

      • hemocultura:

        positiva após 1 semana a 4 meses

        Mais
      • ensaio de imunoadsorção enzimática (ELISA):

        positivo durante a fase imune

        Mais
      • urinálise:

        proteinúria leve; piúria; hematúria; cilindros hialinos ou granulares

      Outras investigações
      • teste de aglutinação microscópica:

        o aumento de quatro vezes entre o soro na convalescência e agudo é um diagnóstico

        Mais
      • reação em cadeia da polimerase:

        positivo para DNA leptospiral

        Mais

      Colangiopatia relacionada à imunoglobulina G4 (IgG4)

      História

      dor epigástrica e abdominal, icterícia, perda de peso; geralmente, em homens com idade entre 50 e 60 anos; pode apresentar história de diabetes mellitus inicial ou diarreia associada a insuficiência pancreática

      Exame físico

      desconforto epigástrico, icterícia; pode apresentar linfadenopatia, crepitação bibasal relacionada a manifestação multissistêmica

      Primeira investigação
      • testes séricos da função hepática:

        níveis elevados de bilirrubina direta, gama-glutamiltransferase e fosfatase alcalina; aspartato aminotransferase e alanina aminotransferase com discreta elevação

      • níveis séricos de imunoglobulina G4 (IgG4):

        ≥1.35 g/L (≥135 mg/dL)

      • ultrassonografia abdominal ou tomografia computadorizada (TC):

        dilatação das vias biliares com dilatação simultânea do duto intra e extra-hepático

      Outras investigações
      • colangiopancreatografia por ressonância magnética:

        estenose simultânea e evidência radiológica de pancreatite associada

      • ultrassonografia endoscópica:

        útil para obter tecido para histologia; pode revelar envolvimento vascular das veias esplênica, portal e mesentérica superior

      • colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE):

        obstrução do ducto biliar; drenagem de pus da árvore biliar

        Mais

      Colangiocarcinoma

      História

      prurido, mal-estar generalizado, perda de peso, fadiga, anorexia, fezes claras, urina escura

      Exame físico

      geralmente normal; caquético

      Primeira investigação
      • testes séricos da função hepática:

        níveis elevados de bilirrubina direta, fosfatase alcalina e gama-glutamiltransferase

      • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

        pode estar elevada

      • Hemograma completo:

        contagens plaquetária, de hemoglobina (Hb) e hematócrito (Hct) baixas ou normais

      • ultrassonografia abdominal:

        diagnóstico suspeitado quando os ductos intra-hepáticos estão dilatados; colangiocarcinoma intra-hepático pode ser observado como uma lesão de massa

      • ressonância nuclear magnética (RNM) ou tomografia computadorizada (TC) abdominal:

        lesão de massa intra-hepática, ductos intra-hepáticos dilatados e linfadenopatia localizada podem ser observados

        Mais
      Outras investigações
      • ultrassonografia endoscópica:

        dilatação das vias biliares (intra e extra-hepáticas), com massa extra-hepática causando obstrução/estenose

        Mais
      • colangiopancreatografia por ressonância magnética:

        estenose biliar

      • colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE):

        estenose biliar

        Mais

      Carcinoma hepatocelular (CHC)

      História

      história de cirrose ou infecção crônica por hepatite B, icterícia, perda de peso, dor no quadrante superior direito, distensão abdominal

      Exame físico

      icterícia, hepatomegalia, caquexia, esplenomegalia

      Primeira investigação
      • testes séricos da função hepática:

        aminotransferases, fosfatase alcalina e bilirrubina elevadas; albumina baixa

      • Hemograma completo:

        a trombocitopenia é indicativa da hipertensão portal resultante da cirrose

      • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

        normal ou elevado

      • alfafetoproteína (AFP):

        O nível de AFP está elevado em 60% dos pacientes com CHC, tipicamente os portadores da doença mais avançada; podem ocorrer elevações leves nos pacientes com hepatite crônica mas não CHC[105]

      • ultrassonografia do fígado:

        margens mal definidas e ecos internos grossos e irregulares

      Outras investigações
      • antígeno do núcleo da hepatite B (HBc [IgG]):

        positivo na infecção crônica

      • IgG contra vírus da hepatite C:

        positivo na infecção crônica

      • tomografia computadorizada (TC) do abdome com contraste:

        padrão hipervascular; altamente específica para CHC

      Estenose pós-operatória

      História

      cirurgia na vesícula biliar ou no ducto biliar, dor abdominal, prurido, fadiga, anorexia, fezes claras, urina escura

      Exame físico

      geralmente o exame físico é normal

      Primeira investigação
      • testes séricos da função hepática:

        níveis elevados de bilirrubina direta, fosfatase alcalina e gama-glutamiltransferase

      • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

        pode estar elevada

      • Hemograma completo:

        contagens plaquetária, de hemoglobina (Hb) e hematócrito (Hct) baixas ou normais

      • ultrassonografia abdominal:

        inespecífico

      • colangiopancreatografia por ressonância magnética:

        estenose biliar

      Outras investigações
      • colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE):

        estenose biliar

        Mais

      Colangite esclerosante primária

      História

      geralmente assintomática, pode haver história de colite ulcerativa ou doença de Crohn; calafrios, sudorese noturna e dor abdominal sugerem infecção; prurido, mal-estar generalizado, perda de peso, fadiga, anorexia, fezes claras, urina escura

      Exame físico

      geralmente normal, escoriações na pele podem estar presentes

      Primeira investigação
      • testes séricos da função hepática:

        níveis elevados de bilirrubina direta, fosfatase alcalina e gama-glutamiltransferase

      • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

        pode estar elevada

      • Hemograma completo:

        contagem plaquetária baixa (plaquetopenia) ou normal

        Mais
      • ultrassonografia abdominal:

        inespecífico

        Mais
      • colangiopancreatografia por ressonância magnética (CPRM):

        estenoses biliares

        Mais
      Outras investigações
      • colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE):

        estenoses biliares

        Mais

      Colangite biliar primária

      História

      sexo feminino, prurido, fadiga, mal-estar generalizado, perda de peso, anorexia, fezes claras, urina escura, ceratoconjuntivite, xerostomia

      Exame físico

      xantelasma, hepatoesplenomegalia, dor no quadrante superior direito, depósitos subcutâneos de gordura

      Primeira investigação
      • testes séricos da função hepática:

        níveis elevados de bilirrubina direta, fosfatase alcalina e gama-glutamiltransferase

      • anticorpo antimitocondrial sérico:

        positiva

        Mais
      • colesterol sérico:

        geralmente elevado

        Mais
      • ultrassonografia:

        normal ou cirrose

        Mais
      Outras investigações
      • colangiopancreatografia por ressonância magnética (CPRM):

        normal

        Mais

      Doença de Wilson

      História

      história familiar pode ser positiva; sintomas surgidos na infância, na adolescência ou no início da idade adulta; tremores, fala indistinta, dor abdominal, prurido, mal-estar generalizado, fraqueza, perda de peso, anorexia, fezes claras, urina escura, irritabilidade, depressão, facilidade na criação de hematomas

      Exame físico

      anéis de Kayser-Fleischer, tremor parkinsoniano, rigidez, marcha desajeitada, dificuldades no equilíbrio, coordenação prejudicada, posturas anormais, movimentos repetitivos, bradicinesia (língua, lábios e mandíbula), disartria, disfonia (rouquidão), risada inadequada e incontrolável (risus sardonicus), sialorreia, pigmentação hipermelanótica, hematomas, sinais de demência e/ou psicose, icterícia, hepatoesplenomegalia

      Primeira investigação
      • testes de função hepática:

        podem ser normais, aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase, bilirrubina direta elevadas; fosfatase alcalina normal ou abaixo do normal; fosfatase alcalina (FAL): a razão de bilirrubina <4 tem alta sensibilidade e especificidade para diagnosticar insuficiência hepática aguda secundária à doença de Wilson[104]

      • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

        pode estar elevada

      • Hemograma completo:

        pode estar normal; cirrose: plaquetopenia

      • ultrassonografia abdominal:

        inespecífico

      • ceruloplasmina sérica:

        reduzidos

        Mais
      • excreção urinária de cobre durante 24 horas:

        elevado

        Mais
      • exame oftalmológico com lâmpada de fenda:

        Presença de anéis de Kayser-Fleischer na doença de Wilson

      Outras investigações
      • cobre sérico:

        geralmente reduzido, ocasionalmente normal ou elevado

        Mais
      • biópsia hepática com concentração de cobre:

        cobre elevado

        Mais
      • teste genético:

        positivo (padrão de di- e trinucleotídeo repete-se em torno do ATP7B)

        Mais

      Hemocromatose hereditária

      História

      assintomática ou constatada após rastreamento em pacientes com história familiar positiva, a icterícia ocorre na doença descompensada com cirrose estabelecida; os pacientes raramente apresentam sintomas de diabetes

      Exame físico

      geralmente normal; ginecomastia, ascite, estado mental alterado, aparência caquética; na doença descompensada, sinais de doença hepática crônica e artropatia associada

      Primeira investigação
      • testes séricos da função hepática:

        níveis elevados de bilirrubina direta, fosfatase alcalina e gama-glutamiltransferase

      • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

        pode estar elevada

      • Hemograma completo:

        contagem plaquetária baixa (plaquetopenia) ou normal

      • ferro sérico, capacidade total de ligação do ferro (TIBC), ferritina sérica:

        ferro elevado, TIBC baixa, ferritina alta

      • saturação de transferrina sérica:

        >45%

      Outras investigações
      • teste genético para hemocromatose:

        positivo para mutação do gene da hemocromatose

      • biópsia hepática:

        aumento do armazenamento de ferro

        Mais

      Deficiência de alfa 1-antitripsina

      História

      história familiar de doença hepática, dor abdominal, prurido, mal-estar generalizado, perda de peso, fadiga, anorexia, enfisema

      Exame físico

      icterícia, asterixis (flapping), hepatomegalia, ascite; sibilância e/ou hiperinsuflação torácica se houver enfisema presente

      Primeira investigação
      • testes séricos da função hepática:

        níveis elevados de bilirrubina direta, aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase e fosfatase alcalina

      • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

        pode estar elevada

      • Hemograma completo:

        contagem plaquetária baixa (plaquetopenia) ou normal

      • nível sérico de alfa 1-antitripsina (AAT):

        <20 micromoles/L (<108.7 mg/dL)

      Outras investigações
      • fenotipagem:

        proteínas variantes de AAT características

        Mais
      • genotipagem:

        presença dos alelos que codificam as proteínas variantes da AAT

        Mais

      Infecções parasitárias

      História

      viagem para áreas endêmicas, dor abdominal, prurido, mal-estar generalizado, perda de peso, fadiga, anorexia, fezes claras, urina escura

      Exame físico

      caquexia, perda de massa muscular, abdome sensível, hepatomegalia

      Primeira investigação
      • ovos e parasitas nas fezes:

        positiva

        Mais
      • testes séricos da função hepática:

        níveis elevados de bilirrubina direta, fosfatase alcalina e gama-glutamiltransferase

      • tempo de protrombina (TP)/razão normalizada internacional (INR):

        pode estar elevada

      • Hemograma completo:

        contagem plaquetária baixa (plaquetopenia) ou normal

      • proteína C-reativa:

        pode estar elevada

      • ultrassonografia abdominal:

        Ascaris lumbricoides: estruturas longas, lineares e ecogênicas; sinal de 4 linhas ou faixas ecogênicas sem sombreamento com tubo central; abscesso hepático causado por Entamoeba histolytica

      • esfregaços sanguíneos delgados e espessos corados por Giemsa:

        Trofozoítos de Plasmodium falciparum em eritrócitos infectados

      Outras investigações
      • colangiografia:

        Clonorchis sinensis: várias dilatações saculares dos ductos biliares intra-hepáticos; fibrose periportal

      • colangiopancreatografia por ressonância magnética:

        parasita visualizado no ducto biliar

      • colangiopancreatografia retrógrada endoscópica:

        parasita visualizado no ducto biliar

        Mais

      Colangiopatia relacionada à síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS)

      História

      dor abdominal, prurido, mal-estar generalizado, perda de peso, fadiga, anorexia, fezes claras, urina escura, atividade sexual de alto risco (muitos parceiros, relação sexual sem proteção, relação sexual com alguém infectado pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV]), positivo para HIV, diarreia

      Exame físico

      caquexia, dor epigástrica e no quadrante superior direito, febre

      Primeira investigação
      • testes séricos da função hepática:

        níveis elevados de bilirrubina direta, fosfatase alcalina e gama-glutamiltransferase

      • tempo de protrombina/razão normalizada internacional (TP/INR):

        pode estar elevada

      • Hemograma completo:

        contagem plaquetária baixa (plaquetopenia) ou normal

      • ultrassonografia abdominal:

        inespecífico

      Outras investigações
      • colangiopancreatografia retrógrada endoscópica:

        estenose papilar e/ou estenoses biliares

      Insuficiência cardíaca

      História

      dispneia, dispneia paroxística noturna, ortopneia, ascite; pode-se apresentar história de dor torácica associada a infarto do miocárdio na hepatite isquêmica; fatores de risco para insuficiência cardíaca (por exemplo, infarto do miocárdio prévio, diabetes mellitus, hipertensão, valvopatia cardíaca, fibrilação atrial)

      Exame físico

      icterícia, hepatomegalia, ascite, refluxo hepatojugular, cardiomegalia, pressão venosa jugular elevada, ritmo da terceira bulha cardíaca em galope, estertores, sinais de derrame pleural, edema periférico

      Primeira investigação
      • testes séricos da função hepática:

        elevação da bilirrubina, da alanina aminotransferase (ALT) e da aspartato aminotransferase

        Mais
      • troponina sérica:

        pode estar elevada

      • eletrocardiograma:

        pode mostrar fibrilação atrial ou bloqueio de ramo esquerdo

      • radiografia torácica:

        pode mostrar aumento da relação cardio-torácica e/ou derrames pleurais bilaterais

      • ecocardiograma:

        comprometimento do ventrículo esquerdo; pode mostrar valvopatia cardíaca

      Outras investigações

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