Investigações

Primeiras investigações a serem solicitadas

medição da pressão compartimental

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O diagnóstico precoce é essencial e deve ser guiado por um elevado índice de suspeita com base na história clínica.[6]​ A medição da pressão compartimental é indicada sempre que o exame clínico for duvidoso ou o diagnóstico for incerto em um paciente em risco.[8]​ O monitoramento da pressão intracompartimental pode ajudar no diagnóstico de síndrome compartimental aguda, mas estudos de apoio mostram variabilidade nos limiares para fasciotomia, tempo adequado e métodos de monitoramento da pressão.[6] Confiar apenas nos limiares baseados na pressão (sem considerar a suspeita clínica e os achados do exame clínico) para diagnosticar a síndrome compartimental aguda pode resultar em excesso de tratamentos com fasciotomia.[6][23][24]​ Em um estudo com 64 pacientes, o uso de um valor de pressão compartimental de 30 mmHg como limiar para a fasciotomia levou a uma taxa de fasciotomias de 29% após cirurgias tibiais.[8][24] Frequentemente, é útil obter a pressão intracompartimental inicial dos compartimentos que podem estar em risco, especialmente em pacientes que não podem ser examinados em intervalos de tempo regulares.

Sem um exame clínico confiável (por exemplo, no paciente obnubilado), medições repetidas ou contínuas da pressão intracompartimental podem ser úteis até que a síndrome compartimental aguda seja diagnosticada ou descartada.[6]​ Há diversos instrumentos disponíveis para a determinação das pressões intracompartimentais. Valores de pressão únicos por si só não são confiáveis para o diagnóstico da síndrome compartimental e podem resultar na não realização do diagnóstico.[6]​ Todos os compartimentos musculares devem ser medidos, não apenas o compartimento considerado de maior risco.[7]​ Abaixo do joelho, todos os quatro compartimentos devem ser verificados, embora o compartimento anterior apresente o maior risco de síndrome compartimental.[7]​ O monitoramento da pressão compartimental não parece fornecer informações úteis para orientar a tomada de decisão ao se considerar a fasciotomia em adultos com evidência de dano intracompartimental irreversível (neuromuscular/vascular).[6]​ Vários dispositivos de medição de pressão estão disponíveis para determinar a pressão intracompartimental: por exemplo, sistemas transdutores de acesso arterial com agulhas de porta lateral, cateteres de fenda e sistemas de medição independentes.[8]

​Caso não haja equipamentos especializados disponíveis, as pressões compartimentais podem ser medidas com uma cânula intravenosa calibre 16 conectada a um transdutor e a um monitor de pressão arterial (PA) por meio de um tubo de acesso arterial preenchido com soro fisiológico.[25]​ Uma agulha de calibre 18 pode superestimar a pressão compartimental em até 18 mmHg quando comparada com um cateter com fenda ou agulha com porta lateral.[8][26]

A pressão diferencial (ou seja, a diferença entre a PA diastólica e a pressão compartimental medida: PA diastólica menos pressão compartimental) também pode ser medida.[27]​ Um limiar de PA diastólica menos pressão intracompartimental >30 mmHg (pressão delta) pode ajudar a descartar a síndrome compartimental aguda.[6][27][28]

Um resultado de pressão diferencial dentro de 20-30 mmHg da pressão diastólica (pressão delta) é considerado um forte indicador para proceder a fasciotomia.[18]​ No entanto, deve-se tomar cuidado ao usar esse critério para pacientes que tomam medicamentos vasodilatadores e cuja PA diastólica for baixa.

Resultado

variável; um valor de pressão diferencial dentro de 20-30 mmHg da pressão diastólica (pressão delta) é considerado um forte indicador para proceder a fasciotomia

Investigações a serem consideradas

creatina quinase sérica

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Indica lise de células musculares e necrose muscular.[18]

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elevado

mioglobina urinária

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Indica lise de células musculares e necrose muscular.​[18]​ Evidências limitadas apoiam o uso da mioglobinúria no diagnóstico da síndrome compartimental aguda em pacientes com lesão traumática dos membros inferiores.[6]

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elevado

troponina

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Exame

Indica lise de células musculares e necrose muscular.[6][18]​ Evidências limitadas apoiam o uso da troponina sérica no diagnóstico da síndrome compartimental aguda em pacientes com lesão traumática dos membros inferiores.[6]

Resultado

elevado

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