Considerações de urgência

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Neutropenia febril e pacientes imunocomprometidos

Devido à prevalência relativamente elevada de infecções bacterianas graves que podem estar presentes nos pacientes imunocomprometidos ou neutropênicos, devem ser iniciados antibióticos empíricos.[5][18]​​​​ A escolha do esquema de antibioticoterapia deve ser baseada na cobertura dos patógenos mais prováveis e nos padrões de suscetibilidade local (de acordo com os algoritmos e diretrizes da instituição de saúde local), bem como em fatores específicos do paciente (por exemplo, história prévia de infecção resistente a antibióticos e história de alergia) Consulte Neutropenia febril (abordagem de manejo). As hemoculturas devem ser coletadas antes do início do tratamento, mas mesmo que permaneçam negativas, são necessários antibióticos empíricos para cobrir possíveis infecções ocultas.

Arterite de células gigantes

Os pacientes com suspeita de arterite de células gigantes são tratados imediatamente com corticosteroides até que o diagnóstico possa ser descartado por biópsia, devido ao risco de perda da visão.[19][20]​​ Os pacientes com arterite de células gigantes podem apresentar cefaleia localizada, distúrbios visuais e claudicação mandibular.​[21] Durante o exame físico, eles podem apresentar pulso reduzido, sensibilidade ou nódulos na artéria temporal. A velocidade de hemossedimentação geralmente está elevada, mas este é um achado inespecífico. Algoritmos simples foram desenvolvidos para auxiliar no diagnóstico de arterite de células gigantes.[22][23]​​ A biópsia da artéria temporal é o teste diagnóstico definitivo.

Terapia empírica e tentativas terapêuticas

Um princípio fundamental no tratamento da febre de origem desconhecida clássica é que a terapia deve ser suspensa sempre que possível até que a causa da febre seja determinada, para que o tratamento possa ser adaptado a um diagnóstico específico.[1]​​[20][24]​​​ Isto se baseia na observação de que o tratamento inespecífico raramente cura a febre de origem desconhecida e tem o potencial de retardar o diagnóstico. Isto é, no entanto, frequentemente ignorado na prática clínica porque o caminho para o diagnóstico de febre de origem desconhecida é muitas vezes longo e frustrante. Como resultado, os médicos podem sentir-se compelidos a tratar os sintomas empiricamente, mesmo que os agentes utilizados possam obscurecer os sinais e sintomas dos quais o diagnóstico depende, ou potencialmente exacerbar o problema, como no caso do uso empírico de corticosteroides na infecção oculta. Uma exceção importante é que o tratamento empírico com corticosteroides pode ser apropriado nos pacientes com suspeita clínica suficiente de arterite de células gigantes para prevenir complicações vasculares, como cegueira ou AVC.[19][25][26]​​​​​ Os médicos da atenção primária podem favorecer uma abordagem custo-efetiva para o manejo da doença febril aguda e empregar terapêutica antimicrobiana empírica antes de realizarem exercícios diagnósticos caros. Essa abordagem tem menos probabilidade de sucesso nos pacientes com febre de origem desconhecida clássica e pode ofuscar diagnósticos infecciosos como causas.

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