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Neutropenia febril e pacientes imunocomprometidos
Devido à prevalência relativamente elevada de infecções bacterianas graves que podem estar presentes nos pacientes imunocomprometidos ou neutropênicos, devem ser iniciados antibióticos empíricos.[5]Haidar G, Singh N. Fever of unknown origin. N Engl J Med. 2022 Feb 3;386(5):463-77.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35108471?tool=bestpractice.com
[18]Freifeld AG, Bow EJ, Sepkowitz KA, et al. Clinical practice guideline for the use of antimicrobial agents in neutropenic patients with cancer: 2010 update by the infectious diseases society of america. Clin Infect Dis. 2011 Feb 15;52(4):e56-93.
https://academic.oup.com/cid/article/52/4/e56/382256
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21258094?tool=bestpractice.com
A escolha do esquema de antibioticoterapia deve ser baseada na cobertura dos patógenos mais prováveis e nos padrões de suscetibilidade local (de acordo com os algoritmos e diretrizes da instituição de saúde local), bem como em fatores específicos do paciente (por exemplo, história prévia de infecção resistente a antibióticos e história de alergia) Consulte Neutropenia febril (abordagem de manejo). As hemoculturas devem ser coletadas antes do início do tratamento, mas mesmo que permaneçam negativas, são necessários antibióticos empíricos para cobrir possíveis infecções ocultas.
Arterite de células gigantes
Os pacientes com suspeita de arterite de células gigantes são tratados imediatamente com corticosteroides até que o diagnóstico possa ser descartado por biópsia, devido ao risco de perda da visão.[19]Maz M, Chung SA, Abril A, et al. 2021 American College of Rheumatology/Vasculitis Foundation guideline for the management of giant cell arteritis and Takayasu arteritis. Arthritis Rheumatol. 2021 Aug;73(8):1349-65.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/art.41774
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34235884?tool=bestpractice.com
[20]Cunha BA, Lortholary O, Cunha CB. Fever of unknown origin: a clinical approach. Am J Med. 2015 Oct;128(10):1138.e1-1138.e15.
https://www.amjmed.com/article/S0002-9343(15)00542-2/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26093175?tool=bestpractice.com
Os pacientes com arterite de células gigantes podem apresentar cefaleia localizada, distúrbios visuais e claudicação mandibular.[21]National Institute for Health and Care Excellence. Headaches in over 12s: diagnosis and management. Dec 2021 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/cg150
Durante o exame físico, eles podem apresentar pulso reduzido, sensibilidade ou nódulos na artéria temporal. A velocidade de hemossedimentação geralmente está elevada, mas este é um achado inespecífico. Algoritmos simples foram desenvolvidos para auxiliar no diagnóstico de arterite de células gigantes.[22]Czihal M, Lottspeich C, Bernau C, et al. A diagnostic algorithm based on a simple clinical prediction rule for the diagnosis of cranial giant cell arteritis. J Clin Med. 2021 Mar 10;10(6):1163.
https://www.mdpi.com/2077-0383/10/6/1163
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33802092?tool=bestpractice.com
[23]Andel PM, Chrysidis S, Geiger J, et al. Diagnosing giant cell arteritis: a comprehensive practical guide for the practicing rheumatologist. Rheumatology (Oxford). 2021 Nov 3;60(11):4958-71.
https://academic.oup.com/rheumatology/article/60/11/4958/6320800
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34255830?tool=bestpractice.com
A biópsia da artéria temporal é o teste diagnóstico definitivo.
Terapia empírica e tentativas terapêuticas
Um princípio fundamental no tratamento da febre de origem desconhecida clássica é que a terapia deve ser suspensa sempre que possível até que a causa da febre seja determinada, para que o tratamento possa ser adaptado a um diagnóstico específico.[1]Petersdorf RG, Beeson PB. Fever of unexplained origin: report on 100 cases. Medicine (Baltimore). 1961 Feb;40:1-30.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/13734791?tool=bestpractice.com
[20]Cunha BA, Lortholary O, Cunha CB. Fever of unknown origin: a clinical approach. Am J Med. 2015 Oct;128(10):1138.e1-1138.e15.
https://www.amjmed.com/article/S0002-9343(15)00542-2/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26093175?tool=bestpractice.com
[24]Wright WF, Auwaerter PG. Fever and fever of unknown origin: review, recent advances, and lingering dogma. Open Forum Infect Dis. 2020 May;7(5):ofaa132.
https://academic.oup.com/ofid/article/7/5/ofaa132/5828054
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32462043?tool=bestpractice.com
Isto se baseia na observação de que o tratamento inespecífico raramente cura a febre de origem desconhecida e tem o potencial de retardar o diagnóstico. Isto é, no entanto, frequentemente ignorado na prática clínica porque o caminho para o diagnóstico de febre de origem desconhecida é muitas vezes longo e frustrante. Como resultado, os médicos podem sentir-se compelidos a tratar os sintomas empiricamente, mesmo que os agentes utilizados possam obscurecer os sinais e sintomas dos quais o diagnóstico depende, ou potencialmente exacerbar o problema, como no caso do uso empírico de corticosteroides na infecção oculta. Uma exceção importante é que o tratamento empírico com corticosteroides pode ser apropriado nos pacientes com suspeita clínica suficiente de arterite de células gigantes para prevenir complicações vasculares, como cegueira ou AVC.[19]Maz M, Chung SA, Abril A, et al. 2021 American College of Rheumatology/Vasculitis Foundation guideline for the management of giant cell arteritis and Takayasu arteritis. Arthritis Rheumatol. 2021 Aug;73(8):1349-65.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/art.41774
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34235884?tool=bestpractice.com
[25]Mackie SL, Dejaco C, Appenzeller S, et al. British Society for Rheumatology guideline on diagnosis and treatment of giant cell arteritis. Rheumatology (Oxford). 2020 Mar 1;59(3):e1-23.
https://academic.oup.com/rheumatology/article/59/3/e1/5714024
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31970405?tool=bestpractice.com
[26]Hellmich B, Agueda A, Monti S, et al. 2018 Update of the EULAR recommendations for the management of large vessel vasculitis. Ann Rheum Dis. 2020 Jan;79(1):19-30.
https://ard.bmj.com/content/79/1/19
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31270110?tool=bestpractice.com
Os médicos da atenção primária podem favorecer uma abordagem custo-efetiva para o manejo da doença febril aguda e empregar terapêutica antimicrobiana empírica antes de realizarem exercícios diagnósticos caros. Essa abordagem tem menos probabilidade de sucesso nos pacientes com febre de origem desconhecida clássica e pode ofuscar diagnósticos infecciosos como causas.