Regurgitação aórtica
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
regurgitação aórtica aguda
inotrópicos + vasodilatadores + substituição/substituição cirúrgica da valva aórtica
Regurgitação aórtica (RA) aguda é uma emergência cirúrgica.[1]Writing Committee Members, Otto CM, Nishimura RA, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on Clinical Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2021 Feb 2;77(4):e25-197. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0735109720377962 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33342586?tool=bestpractice.com [22]Vahanian A, Beyersdorf F, Praz F, et al. 2021 ESC/EACTS guidelines for the management of valvular heart disease. Eur Heart J. 2022 Feb 12;43(7):561-632. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/7/561/6358470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34453165?tool=bestpractice.com Pode ser necessário suporte hemodinâmico com agentes inotrópicos e vasodilatadores para estabilização.
A substituição cirúrgica ou reparo da valva aórtica deve ser realizada o mais rápido possível. O reparo da valva aórtica é possível em pacientes selecionados, mas somente é realizado em centros especializados.
Pacientes com valva protética apresentam alto risco de tromboembolismo e precisam de terapia antitrombótica. O risco de sangramento deve ser avaliado contra o benefício da anticoagulação.
Velocidades de infusão intravenosa >10 microgramas/kg/min podem causar toxicidade por cianeto com nitroprussiato.
Opções primárias
dobutamina: 0.5 micrograma/kg/min por via intravenosa inicialmente, ajustar a dose até obter o efeito desejado, máximo de 20 microgramas/kg/min
--E--
nitroprussiato: 0.3 a 0.5 micrograma/kg/min por via intravenosa, ajustar a dose até obter o efeito desejado, máximo de 10 microgramas/kg/min
RA crônica: leve a moderada
tranquilização e monitoramento
Pacientes com doença leve a moderada (American College of Cardiology/American Heart Association [ACC/AHA] estágio B, RA progressiva) que são assintomáticos com função normal do ventrículo esquerdo (VE) não necessitam de tratamento e podem ser tranquilizados.
Nesses pacientes, é improvável que algum sintoma ou disfunção do VE seja devido à RA. Uma causa subjacente alternativa, como hipertensão, doença arterial coronariana ou cardiomiopatia, é mais provável e deve ser investigada e tratada.
Recomenda-se acompanhamento periódico para a avaliação dos sintomas e do estado funcional.
considere cirurgia concomitante da valva aórtica
Em pacientes com doença moderada submetidos a outra cirurgia cardíaca por outra indicação, pode-se considerar a substituição cirúrgica concomitante da valva aórtica.[1]Writing Committee Members, Otto CM, Nishimura RA, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on Clinical Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2021 Feb 2;77(4):e25-197. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0735109720377962 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33342586?tool=bestpractice.com
RA crônica: grave, assintomática
tranquilização e monitoramento
Pacientes que apresentam RA assintomática com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) >55% e diâmetro sistólico final do VE (DSFVE) <50 mm (American College of Cardiology/American Heart Association [ACC/AHA] estágio C1) não necessitam de tratamento, e o paciente pode ser tranquilizado. Recomenda-se acompanhamento periódico para a avaliação dos sintomas e do estado funcional.[1]Writing Committee Members, Otto CM, Nishimura RA, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on Clinical Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2021 Feb 2;77(4):e25-197. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0735109720377962 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33342586?tool=bestpractice.com
Observe que, nas diretrizes da European Society of Cardiology (ESC), o limiar para intervenção em pacientes assintomáticos é de uma FEVE <50%.[22]Vahanian A, Beyersdorf F, Praz F, et al. 2021 ESC/EACTS guidelines for the management of valvular heart disease. Eur Heart J. 2022 Feb 12;43(7):561-632. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/7/561/6358470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34453165?tool=bestpractice.com
considere cirurgia concomitante da valva aórtica
Em pacientes com doença grave submetidos a outra cirurgia cardíaca por outra indicação, pode-se considerar a substituição cirúrgica concomitante da valva aórtica.[1]Writing Committee Members, Otto CM, Nishimura RA, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on Clinical Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2021 Feb 2;77(4):e25-197. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0735109720377962 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33342586?tool=bestpractice.com
cirurgia da valva aórtica
A cirurgia da valva aórtica será indicada em pacientes assintomáticos com RA grave crônica e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) ≤55% (American College of Cardiology/American Heart Association [ACC/AHA] estágio C2), se nenhuma outra causa de disfunção sistólica for identificada. A cirurgia da valva aórtica é também justificada em pacientes com função sistólica normal do VE (FEVE >55%) quando o VE estiver muito dilatado (diâmetro sistólico final do VE [DSFVE] >50 mm ou DSFVE indexado >25 mm/m²).[1]Writing Committee Members, Otto CM, Nishimura RA, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on Clinical Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2021 Feb 2;77(4):e25-197. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0735109720377962 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33342586?tool=bestpractice.com [26]National Institute for Health and Care Excellence. Heart valve disease presenting in adults: investigation and management. Nov 2021 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ng208
A substituição cirúrgica da valva aórtica é realizada na maioria dos pacientes que necessitam de cirurgia. O reparo da valva aórtica é possível em determinados pacientes, mas somente é realizado em centros especializados. Pacientes com valva protética apresentam alto risco de tromboembolismo e precisam de terapia antitrombótica. O risco de sangramento deve ser ponderado em relação ao benefício da anticoagulação.
cirurgia da valva aórtica
A cirurgia pode também ser considerada em pacientes com RA grave crônica e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) >55% em repouso (American College of Cardiology/American Heart Association [ACC/AHA] estágio C1) que apresentem baixo risco cirúrgico e declínio progressivo da FEVE para a faixa baixa normal (55% a 60%) ou aumento progressivo do diâmetro diastólico final do VE (>65 mm) em, pelo menos, 3 estudos.[1]Writing Committee Members, Otto CM, Nishimura RA, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on Clinical Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2021 Feb 2;77(4):e25-197. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0735109720377962 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33342586?tool=bestpractice.com
A substituição cirúrgica da valva aórtica é realizada na maioria dos pacientes que necessitam de cirurgia. O reparo da valva aórtica é possível em determinados pacientes, mas somente é realizado em centros especializados. Pacientes com valva protética apresentam alto risco de tromboembolismo e precisam de terapia antitrombótica. O risco de sangramento deve ser ponderado em relação ao benefício da anticoagulação.
terapia medicamentosa orientada por diretrizes
Em pacientes com RA grave e disfunção sistólica do ventrículo esquerdo (VE), mas com risco cirúrgico proibitivo, recomenda-se a terapia medicamentosa orientada por diretrizes para hipertensão e/ou redução da fração de ejeção do VE (FEVE).[1]Writing Committee Members, Otto CM, Nishimura RA, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on Clinical Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2021 Feb 2;77(4):e25-197. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0735109720377962 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33342586?tool=bestpractice.com
RA crônica: grave, sintomática
cirurgia da valva aórtica
A cirurgia da valva aórtica é indicada em pacientes sintomáticos com RA crônica grave, independentemente da função sistólica.[1]Writing Committee Members, Otto CM, Nishimura RA, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on Clinical Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2021 Feb 2;77(4):e25-197. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0735109720377962 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33342586?tool=bestpractice.com [22]Vahanian A, Beyersdorf F, Praz F, et al. 2021 ESC/EACTS guidelines for the management of valvular heart disease. Eur Heart J. 2022 Feb 12;43(7):561-632. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/7/561/6358470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34453165?tool=bestpractice.com [26]National Institute for Health and Care Excellence. Heart valve disease presenting in adults: investigation and management. Nov 2021 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ng208
A substituição cirúrgica da valva aórtica é realizada na maioria dos pacientes que necessitam de cirurgia. O reparo da valva aórtica é possível em determinados pacientes, mas somente é realizado em centros especializados.
Pacientes com valva protética apresentam alto risco de tromboembolismo e precisam de terapia antitrombótica. O risco de sangramento deve ser avaliado contra o benefício da anticoagulação.
Para o manejo sintomático, podem ser usados vasodilatadores enquanto o paciente aguarda a cirurgia.[1]Writing Committee Members, Otto CM, Nishimura RA, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on Clinical Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2021 Feb 2;77(4):e25-197. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0735109720377962 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33342586?tool=bestpractice.com
terapia medicamentosa orientada por diretrizes ou implante transcateter da valva aórtica (ITVA)
Em pacientes sintomáticos com RA grave, mas com risco cirúrgico proibitivo, recomenda-se a terapia medicamentosa orientada por diretrizes para hipertensão e/ou redução da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE).[1]Writing Committee Members, Otto CM, Nishimura RA, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on Clinical Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2021 Feb 2;77(4):e25-197. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0735109720377962 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33342586?tool=bestpractice.com
Pode-se considerar o ITVA para pacientes cuidadosamente selecionados com RA grave e insuficiência cardíaca que não sejam candidatos à cirurgia, mas essa opção é raramente adotada.[1]Writing Committee Members, Otto CM, Nishimura RA, et al. 2020 ACC/AHA guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on Clinical Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2021 Feb 2;77(4):e25-197. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0735109720377962 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33342586?tool=bestpractice.com [22]Vahanian A, Beyersdorf F, Praz F, et al. 2021 ESC/EACTS guidelines for the management of valvular heart disease. Eur Heart J. 2022 Feb 12;43(7):561-632. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/7/561/6358470 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34453165?tool=bestpractice.com
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal