História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os fatores de risco incluem valva aórtica bicúspide, febre reumática, endocardite, síndrome de Marfan e doenças relacionadas do tecido conjuntivo, além de aortite.

sopro diastólico

A ausência de sopro diastólico reduz significativamente a probabilidade de regurgitação aórtica (RA).[23]

A gravidade da RA se correlaciona bem com a duração do sopro, em vez de com a intensidade do mesmo. Na RA leve, o sopro é diastólico precoce e aumenta em duração para holodiastólico na RA grave.

Na RA aguda, pode não haver sopro diastólico.

Outros fatores diagnósticos

comuns

dispneia

Causada por edema pulmonar na RA aguda ou por disfunção ventricular esquerda progressiva na RA crônica grave.

fadiga

Sintoma de RA crônica decorrente de disfunção ventricular esquerda progressiva.

fraqueza

Sintoma de RA crônica decorrente de disfunção ventricular esquerda progressiva.

ortopneia

Sintoma de RA crônica decorrente de disfunção ventricular esquerda progressiva.

dispneia paroxística noturna

Sintoma de RA crônica decorrente de disfunção ventricular esquerda progressiva.

palidez

Sinal de choque cardiogênico.

mosqueamento das extremidades

Sinal de choque cardiogênico.

pulso periférico rápido e fraco

Sinal de choque cardiogênico.

estase jugular

Sinal de choque cardiogênico e insuficiência cardíaca congestiva.

crepitações nas bases pulmonares

Sinal de edema pulmonar.

estado mental alterado

Sinal de choque cardiogênico.

débito urinário <30 mL/hora

Sinal de choque cardiogênico.

B1 hipofonética

Pode ser suave em decorrência da coaptação precoce dos folhetos da valva mitral em virtude da pressão diastólica final elevada.

A2 hipofonética ou ausente

Causado pelo fechamento inadequado da valva aórtica na RA grave

pulso em colapso (em martelo d'água ou de Corrigan)

O pulso arterial mostra uma rápida elevação e um rápido colapso, acarretando pressão de pulso alargada >50 mmHg.

cianose

Sinal de RA aguda.

taquipneia

Sinal de RA aguda com edema pulmonar.

impulso apical deslocado e hiperdinâmico

Presente na RA crônica com aumento ventricular esquerdo.

Incomuns

dor torácica

Mais comum na RA crônica, embora possa ser um sintoma manifesto na RA aguda. Dor central intensa em aperto pode indicar isquemia miocárdica ou, se for referida para as costas, dissecção da aorta.

expectoração rósea e espumosa

Sinal de edema pulmonar.

sibilo (asma cardíaca)

Sinal de edema pulmonar.

sons cardíacos adicionais

A disfunção ventricular esquerda pode acarretar B3 em galope ou, ocasionalmente, B4 decorrente de hipertrofia ventricular esquerda.


Galope de terceira bulha cardíaca
Galope de terceira bulha cardíaca

Sons de ausculta: galope de terceira bulha cardíaca



Galope de quarta bulha cardíaca
Galope de quarta bulha cardíaca

Sons de ausculta: galope de quarta bulha cardíaca


arritmias

Podem estar presentes em RA aguda grave ou RA crônica.

sopro do fluxo sistólico de ejeção

Às vezes associado à RA moderada a grave. O sopro ocorre após B1 devido ao fluxo de volume sistólico elevado através de uma valva aórtica não estenótica. Ele consiste em um som sistólico com pico precoce que cresce e decresce, mais bem ouvido no segundo espaço intercostal direito, e pode ser diferenciado de um sopro de estenose aórtica pela ausência de um estalido na ejeção.

sopro de Austin Flint

É um sopro diastólico médio a tardio, suave e retumbante, mais bem ouvido no ápice. Ele é produzido pelo contato entre um jato aórtico regurgitante e o endocárdio ventricular esquerdo.[20] Um sopro de Austin Flint é diferenciado do sopro de estenose mitral pela ausência de um estalido de abertura e hiperfonese de B1. É um achado específico para RA grave.

frêmito sistólico

Pode ser palpável sobre a base do coração ou na incisura jugular em decorrência do volume sistólico elevado.

sinal de Hill

A pressão sistólica na artéria popliteal ultrapassa a pressão arterial sistólica braquial por >60 mmHg. Sinal hemodinâmico periférico associado a um pulso amplo e hipertensão sistólica ou RA crônica grave.

pulso bisferiens

Impulso arterial sistólico duplo.

sinal de Musset

A cabeça do paciente pode sacudir juntamente com cada batimento cardíaco. Sinal hemodinâmico periférico associado a um pulso amplo e hipertensão sistólica ou RA crônica grave.

sinal de Muller

Pulsações da úvula.

sinal de Traube

Sons de tiros de pistola sobre a artéria femoral com compressão. Sinal hemodinâmico periférico associado a um pulso amplo e hipertensão sistólica ou RA crônica grave.

sinal de Quincke

Pulsações subungueais ou dos capilares dos lábios decorrente do grande volume sistólico. Sinal hemodinâmico periférico associado a um pulso amplo e hipertensão sistólica ou RA crônica grave.

sinal de Duroziez

Sopros sistólicos e diastólicos ouvidos sobre a artéria femoral quando comprimida em direção proximal e distal, respectivamente. Sinal hemodinâmico periférico associado a um pulso amplo e hipertensão sistólica ou RA crônica grave.

sinal de Mayen

Queda diastólica da pressão arterial de >15 mmHg com os braços erguidos.

sinal de Lighthouse

Palidez e rubor da testa.

sinal de Becker

Pulsações dos vasos retinianos.

sinal de Landolfi

Alternância entre constrição e dilatação da pupila.

sinal de Rosenbach

Pulsações sistólicas do fígado.

sinal de Gerhardt

Baço pulsátil.

sinal de Lincoln

Artéria poplítea pulsátil.

sinal de Sherman

O pulso pedioso é inesperadamente proeminente na idade >75 anos.

estalido palmar

Rubor sistólico palpável das palmas das mãos.

síncope

Apresentação rara.

Fatores de risco

Fortes

valva da aorta bicúspide

Essa anormalidade congênita é responsável pela maioria dos casos de regurgitação aórtica (RA) em países desenvolvidos.

Ocorrem algumas anormalidades patológicas da raiz aórtica bicúspide, que causam dilatação da aorta proximal e o agravamento da RA.[8][11]

febre reumática

Uma das causas mais comuns de regurgitação aórtica (RA) em países em desenvolvimento.[1]

endocardite

Pode causar ruptura dos folhetos ou até mesmo regurgitação paravalvar.

Vegetações nas cúspides valvares também podem causar o fechamento inadequado dos folhetos, causando refluxo sanguíneo.[7]

síndrome de Marfan e doenças relacionadas do tecido conjuntivo

80% dos pacientes com Marfan apresentam sopro diastólico em idade precoce.[12]

Distúrbios, como a síndrome de Marfan, muitas vezes causam dilatação progressiva da raiz aórtica, acarretando regurgitação aórtica (RA).

aortite

A inflamação da aorta secundária a doenças sistêmicas, como sífilis, síndromes de Behçet e Takayasu, artrite reativa e espondilite anquilosante, ocasiona o enfraquecimento da raiz aórtica e dilatação.[14]

Fracos

hipertensão sistêmica

Pode causar dilatação da raiz aórtica e fechamento inadequado dos folhetos valvares aórticos.[9][13]

idade avançada

Os pacientes idosos são mais propensos a desenvolverem RA juntamente com uma esclerose aórtica.[15]

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