Complicações
Náuseas e vômitos devem ser tratados com antieméticos parenterais (por exemplo, ondansetrona), e com misturas de acetilcisteína em bebidas saborizadas (por exemplo, suco de laranja).
Pacientes que não toleraram acetilcisteína oral podem ser tratados com acetilcisteína intravenosa.[75]
A administração de acetilcisteína intravenosa resulta em redução aparente de fatores de coagulação dependentes da vitamina K (II, VII, IX e X).[76][77][78] Os fatores de coagulação II, VII, IX e X diminuem em 4 horas desde o início da terapia intravenosa com acetilcisteína; distúrbio máximo dos fatores II, IX e X ocorre em 1 hora e do fator VII em 4 horas. O efeito da acetilcisteína intravenosa nos fatores de coagulação dura por todo o período da infusão, e é relativamente comum a razão normalizada internacional (INR) estar de 1.2 a 1.3 ao final da terapia.[76]
Monitore todos os pacientes atentamente quanto a reações à infusão de acetilcisteína durante as primeiras horas.[51]
As reações adversas à acetilcisteína são comuns, ocorrendo em até 30% dos pacientes, geralmente durante ou logo após a primeira indução.[3]
As reações adversas são mais prováveis se as concentrações séricas de paracetamol estiverem baixas ou ausentes e nas mulheres, pacientes com asma e naqueles com história familiar de alergia.[3]
Náuseas, vômitos, rubor, erupção cutânea urticariforme, angioedema, taquicardia e broncoespasmo são relativamente comuns. A hipotensão e o colapso são incomuns.[3]
Nos pacientes que tiverem uma reação adversa, considere interromper temporariamente a acetilcisteína.
Reinicie a infusão de acetilcisteína assim que a reação se estabilizar. Considere diminuir a taxa de infusão (por exemplo, administre a primeira bolsa duas vezes mais lentamente do que o normal; a taxa de infusão normal pode ser usada para as bolsas subsequentes).[3]
Considere administrar salbutamol por via inalatória para a sibilância e anti-histamínicos para as reações cutâneas.[3][51]
Administre acetilcisteína mesmo se o paciente tiver histórico de reação adversa anterior, pois os benefícios superam os riscos.[51] Considere o uso de uma infusão inicial mais lenta de acetilcisteína nesses pacientes para reduzir o risco de uma reação posterior.[51]
Em pessoas com reações anafilactoides anteriores à acetilcisteína, antes de iniciar uma infusão considere:[3]
Tratamento profilático com um anti-histamínico (siga os protocolos locais)
Pré-tratamento com salbutamol nebulizado nos pacientes com história de broncoespasmo após a acetilcisteína.
Oriente todos os pacientes a procurarem atendimento médico se aparecerem sintomas após a alta hospitalar.[3]
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