Abordagem

A PR se manifesta como uma erupção inflamatória aguda e autolimitada, caracterizada por uma lesão grande e única (o "medalhão") seguida pela erupção de lesões ovais pápulo-escamosas menores. Geralmente, o diagnóstico é feito com base na história e nos achados clínicos, embora em alguns pacientes, a biópsia de pele e/ou sorologia adicional possam ser necessárias para confirmar o diagnóstico.

Características clínicas

As lesões se apresentam predominantemente no tronco e nos membros superiores.[12] Menos comumente, a face, as palmas das mãos e as solas dos pés podem ser afetadas, embora isso possa ser observado com maior frequência em crianças.[3][4][12] O característico "medalhão", encontrado em até 80% dos casos, é a maior lesão e a primeira a surgir, geralmente no tronco.[4][8] Começa como uma única pápula e se expande até se tornar uma mancha ou placa oval eritematosa rosada de até 10 cm de diâmetro. Tipicamente, tem margens elevadas com uma borda interna livre (colarete) e uma escama central.[3][7][12] Ocasionalmente, podem ser observados múltiplos "medalhões".[17] Isso é seguido pela erupção de múltiplas lesões ovais papuloescamosas menores após 7 a 10 dias, embora um atraso de até 84 dias já ter sido relatado.[4] Os eixos longitudinais das lesões ovais são alinhados ao longo das linhas de clivagem da pele (linhas de Langer) no tronco, criando um padrão de "galhos de árvore de natal", tendo a coluna vertebral como tronco, uma distribuição em "V" no tórax e na parte superior das costas, circunferencialmente sobre os ombros e os quadris, e uma distribuição horizontal sobre a parte inferior do tronco.[3][7] O prurido é uma característica em 75% dos pacientes, variando de moderado a intenso em 50% dos pacientes.[7][12] Raramente, pode haver lesões orais incluindo petéquias, erosões, úlceras, vesículas, pápulas e língua em morango, sendo as petéquias e erosões/ulcerações as mais comuns.[18]

Em uma pequena proporção dos casos (5%), sintomas prodrômicos podem ser relatados, incluindo febre, mal-estar, cefaleia e artralgia.[2][3][7] Como pode haver recorrências, uma história pregressa de PR pode ser relatada.[12][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Medalhão com distribuição clássica na parte superior do troncoDo acervo de Daniela Kroshinsky, MD, MPH; usado com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@46421110

Biópsia da pele e histopatologia

A biópsia da pele pode ser usada para confirmar casos atípicos ou confusos e para excluir outros diagnósticos. Uma avaliação histopatológica irá demonstrar um infiltrado linfo-histiocitário perivascular superficial com espongiose focal, paraceratose focal em montes, ceratinócitos disceratóticos, edemas papilares dérmicos, possíveis eosinófilos dérmicos e extravasamento de eritrócitos.[7]

Outras investigações laboratoriais

Se houver suspeita de uma etiologia infecciosa, por exemplo febre, mal-estar e faringite, os títulos de antiestreptolisina O podem ser medidos para se excluir infecção por estreptococos e/ou psoríase gutata. Se houver apenas algumas lesões presentes, uma microscopia com preparação de hidróxido de potássio (KOH) ou cultura fúngica poderão ser feitas para excluir uma infecção por fungos, como Tinea. Considere a sorologia para Treponema pallidum em pacientes selecionados. Isso inclui pacientes que apresentam risco de sífilis secundária e casos de lesões atípicas ou com envolvimento palmoplantar.[19][20]

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