Abordagem

O diagnóstico da neuralgia do trigêmeo é clínico. A distinção entre a neuralgia do trigêmeo clássica, a neuralgia do trigêmeo secundária e a neuralgia do trigêmeo idiopática é feita por anamnese, exame clínico (para identificar os sinais neurológicos que não forem do trigêmeo) e exames de neuroimagem.

História

A história típica é de paroxismos estereotipados e unilaterais de dor facial que duram de segundos a minutos distribuídos em ≥1 divisão do nervo trigêmeo. A dor bilateral ou em lados alternados é rara, e deve levantar suspeita de uma doença subjacente.[2]A dor associada à NT é tipicamente descrita como intensa, aguda, superficial e lancinante ou com sensação de queimação. Fatores desencadeantes, como escovar os dentes, comer, frio e toque, são comuns. Embora a maioria dos pacientes seja assintomática entre os episódios e não se queixe de deficit neurológico, a intensidade dos ataques os mantêm com temor de novos ataques. Um componente importante da anamnese nesses pacientes envolve a tentativa de descobrir informações que apoiem diagnósticos diferenciais, como uma história de trauma orofaríngeo ou facial prévio, infecção por herpes-zóster prévia ou sintomas de erupção cutânea e paralisia facial.[19]

Exame físico

Os pacientes com NT clássica devem ter um exame físico e neurológico sem qualquer anormalidade digna de nota. Os componentes importantes do exame físico devem descartar outras síndromes de dor facial, incluindo o exame da dentição e da orofaringe, a avaliação da função da articulação temporomandibular (ATM), o exame da pele, a palpação das artérias temporais e um exame neurológico completo com foco especial no exame da sensibilidade facial. Alterações sensoriais ao exame neurológico sugerem uma NT secundária.

Exames diagnósticos

A NT clássica é um diagnóstico clínico. Algumas diretrizes recomendam a realização de ressonância nuclear magnética (RNM) em todos os pacientes; nenhuma característica clínica pode descartar, de maneira confiável, a NT secundária.[20][21][22] A medição dos reflexos do trigêmeo em um laboratório eletrofisiológico qualificado pode ser usada para a diferenciação entre NT secundária e NT clássica ou idiopática se a RNM for contraindicada ou não estiver disponível.[20]​​​​​[22]​​​​

Os exames de imagem que podem ser usados para descartar outras causas de dor de distribuição trigeminal incluem radiografias intraorais, se a dor parecer ter origem dentária.

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