Diagnósticos diferenciais
Taquicardia sinusal
SINAIS / SINTOMAS
Essa arritmia é geralmente compensatória pelo volume sistólico reduzido decorrente de uma insuficiência cardíaca ou depleção de volume, ou por um estímulo simpático provocado por dor, medo ou catecolaminas exógenas.
A presença de um estado patológico clínico associado à variação na frequência atrial geralmente diferenciará essa arritmia da taquicardia atrial.
Investigações
As manobras vagais/adenosina provocarão uma diminuição transitória da taquicardia sinusal, provocando frequência sinusal mais lenta e prolongamento do intervalo PR antes do bloqueio atrioventricular (AV), se ocorrer.
Taquicardia por reentrada no nó atrioventricular
SINAIS / SINTOMAS
Essa taquicardia supraventricular compartilha algumas das causas da taquicardia atrial focal (TA focal). Portanto, pode não ser possível diferenciar as duas com base na história e no exame físico.
Nas manobras vagais ou com administração da adenosina, em contraste com a taquicardia atrial focal, a taquicardia de reentrada do bloqueio atrioventricular (AV) será interrompida abruptamente. Após uma pausa, o ritmo sinusal será retomado.
Investigações
O eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações pode mostrar ondas P, que podem ser diferenciadas das ondas P na taquicardia atrial, pelo intervalo RP curto criado pela ativação retrógrada dos átrios.
As ondas P na taquicardia atrial são encontradas na segunda metade do ciclo de taquicardia (intervalos RP longos/PR curtos).
Taquicardia por reentrada AV ou taquicardia mediada por via acessória
SINAIS / SINTOMAS
Difícil distinguir da TA focal. Manobras vagais ou adenosina podem cessar essa taquicardia em contraste com a TA focal.
Investigações
O ECG de 12 derivações pode mostrar ondas P retrógradas (invertidas nas derivações II, III e aVF) no meio do ciclo de taquicardia (meio dos intervalos RP). O ECG em ritmo sinusal pode mostrar presença de pré-excitação (onda Delta).
As ondas P na taquicardia atrial são encontradas na segunda metade do ciclo de taquicardia (intervalos RP longos/PR curtos).
Flutter atrial
SINAIS / SINTOMAS
Essa taquicardia supraventricular compartilha muitas das causas da taquicardia atrial focal. Portanto, pode não ser possível diferenciar as duas com base na história e no exame físico.
As manobras vagais/adenosina diminuirão transitoriamente a frequência de resposta ventricular com bloqueio AV. As ondas de flutter características serão reveladas e não serão afetadas.
Investigações
O ECG de 12 derivações mostrará uma taquicardia regular, sendo a frequência de resposta ventricular um múltiplo da frequência do flutter atrial (geralmente 300 bpm).
O flutter sem tratamento medicamentoso geralmente apresentará um bloqueio AV 2:1 com uma resposta ventricular de 148 a 150 bpm.
As ondas de flutter normalmente distorcem a linha basal, particularmente nas derivações II, III e aVF para o flutter atrial típico do lado direito no sentido anti-horário.
Quando um bloqueio AV é induzido em uma taquicardia atrial, há um intervalo isoelétrico entre as ondas P que não é observado no flutter atrial.
Síndrome da taquicardia ortostática postural
SINAIS / SINTOMAS
Sintomas de intolerância ortostática (palpitações, tontura, visão turva, pré-síncope e síncope, tremor, fraqueza generalizada, fadiga) e aumento da frequência cardíaca ao levantar-se.
Os sintomas não ortostáticos podem incluir dispneia, sintomas gastrointestinais (distensão abdominal, náuseas, diarreia, constipação e dor abdominal), cefaleia, perturbação do sono, comprometimento cognitivo, dor torácica e distúrbios vesicais.
O paciente também pode apresentar sinais e sintomas de comorbidades associadas, como síndrome de Ehlers-Danlos e doenças autoimunes, principalmente tireoidite de Hashimoto e doença celíaca.
Investigações
Teste ortostático de 10 minutos: a frequência cardíaca do paciente normalmente aumentará ≥30 bpm (≥40 bpm nos pacientes com idade entre 12 e 19 anos) após a mudança da posição supina para a ortostática, e haverá ausência de hipotensão ortostática (queda sustentada da pressão arterial sistólica em ≥20 mmHg).
Monitoramento de 24 horas com Holter: pode ajudar a confirmar o diagnóstico ao demonstrar a associação entre a taquicardia e as alterações ortostáticas.
Teste da mesa inclinável: pode ser usado se o diagnóstico não estiver claro após a avaliação inicial ou se o paciente não for capaz de realizar um teste ortostático de 10 minutos. Um teste positivo demonstra taquicardia ortostática com a mudança de posição. O ECG mostrará ondas P semelhantes ao ritmo sinusal ou taquicardia sinusal.
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