Considerações de urgência

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Gravidez ectópica

Os sintomas clássicos são dor abdominal, amenorreia e sangramento vaginal.

O manejo da gravidez ectópica pode ser expectante, clínico (metotrexato) ou cirúrgico, dependendo de critérios específicos. Consulte as diretrizes locais.[25][45][46][47]

Os sinais de alerta incluem sinais vitais instáveis ou abdome agudo.

Caso a gravidez ectópica apresente ruptura, o tratamento depende da estabilidade hemodinâmica da paciente. A hemorragia de uma gravidez ectópica causa choque hipovolêmico com rapidez. Portanto, o manejo dessas pacientes envolve a estabilização com ressuscitação fluídica de emergência, transfusão de sangue conforme a necessidade e a transferência imediata para a sala de cirurgia, para o controle definitivo do sangramento.

A salpingectomia laparoscópica é a abordagem cirúrgica padrão para o tratamento da gravidez ectópica em paciente hemodinamicamente estável (mesmo na presença de hemoperitônio). Em pacientes hemodinamicamente instáveis, a abordagem cirúrgica dependerá da experiência e julgamento do cirurgião e será decidida em consulta com o anestesista. A laparotomia pode ser adequada.

Descolamento da placenta

Geralmente se manifesta com sangramento, dor abdominal e contrações no segundo ou terceiro trimestre de gestação. Para todas as mulheres com descolamento da placenta, o tratamento inicial deve consistir em estabilização e monitorização do feto e da mãe. Os objetivos são evitar hipovolemia, anemia e coagulopatia intravascular disseminada (CIVD). O tratamento inclui:

  • Acesso intravenoso com cânula de calibre largo

  • Hemograma completo para evidência de anemia. Os níveis de hematócrito (Hct) e hemoglobina (Hb) podem ser baixos

  • Perfil de coagulação procurando evidências de seu comprometimento. Níveis baixos de fibrinogênio e um tempo de protrombina (TP) prolongado sugerem coagulação comprometida devido a coagulopatia intravascular disseminada (CIVD)

  • Monitorização do estado hemodinâmico da paciente (pressão arterial [PA], pulso, ingestão de líquidos e débito urinário)

  • Monitorização fetal contínua

  • Imunoglobulina antiD em mulheres com Rh negativo

  • Reposição de fluidos, sangue ou hemoderivados, conforme indicado

  • Exame sonográfico da localização placentária e evidência de descolamento. A placenta prévia encontrada na sonografia torna o descolamento da placenta improvável.

O tratamento subsequente depende da idade gestacional e das condições da mãe e do feto.

Abuso sexual

A possibilidade de abuso sexual deve ser considerada em qualquer paciente com sangramento vaginal pré-puberal.

Comportamento sexualizado, sintomas depressivos, agressividade, perturbação do sono, regressão e queixas geniturinárias frequentes ou persistentes podem indicar abuso sexual, embora sejam inespecíficos e a força de associação com o abuso infantil não esteja quantificada. As crianças e adolescentes podem apresentar queixas somáticas como cefaleia ou dor abdominal recorrente.[48][49]​​ O exame é normal ou inespecífico na maioria das crianças que foram abusadas sexualmente.[50][51]​​

A criança deve ser entrevistada sozinha, se possível, e questionada com perguntas abertas, em tom de voz neutro.[52]

Se houver suspeita de abuso sexual, siga os protocolos locais para relatar suspeitas de abuso sexual. Em muitos países, foram desenvolvidos centros específicos de violência sexual com equipes especialmente treinadas e instalações adequadas.

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