As possíveis causas podem ser divididas de acordo com a idade: pré-menarca, durante a idade reprodutiva (durante e fora da gestação) e pós-menopausa.
Sangramento pré-menárquico
O sangramento uterino ocorre em 3% a 5% dos neonatos do sexo feminino nos dias 3-5 de vida.[9]Puttemans P, Benagiano G, Gargett C, et al. Neonatal uterine bleeding as a biomarker for reproductive disorders during adolescence: a worldwide call for systematic registration by nurse midwife. J Matern Fetal Neonatal Med. 2017 Jun;30(12):1434-6.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5505234
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O endométrio neonatal é eliminado após a supressão da progesterona materna.[10]Brosens I, Benagiano G. Is neonatal uterine bleeding involved in the pathogenesis of endometriosis as a source of stem cells? Fertil Steril. 2013 Sep;100(3):622-3.
https://www.fertstert.org/article/S0015-0282(13)00560-8/fulltext
O sangramento após essa idade (e antes da menarca) é sempre anormal. O sangramento está associado ao desenvolvimento precoce de características sexuais secundárias, particularmente o desenvolvimento das mamas, e, provavelmente, indica puberdade precoce.
O trauma é a causa mais comum de sangramento vaginal em meninas com menos de 10 anos.[1]Söderström HF, Carlsson A, Börjesson A, et al. Vaginal bleeding in prepubertal girls: etiology and clinical management. J Pediatr Adolesc Gynecol. 2016 Jun;29(3):280-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26506030?tool=bestpractice.com
Inflamação local na vagina decorrente de infecção ou de corpo estranho (por exemplo, papel higiênico) também pode causar sangramento.[11]Stricker T, Navratil F, Sennhauser FH. Vaginal foreign bodies. J Paediatr Child Health. 2004 Apr;40(4):205-7.
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As causas raras, porém graves, de sangramento pré-menarca incluem abuso sexual e neoplasia maligna genital da vagina na infância.[1]Söderström HF, Carlsson A, Börjesson A, et al. Vaginal bleeding in prepubertal girls: etiology and clinical management. J Pediatr Adolesc Gynecol. 2016 Jun;29(3):280-5.
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[12]Dwiggins M, Gomez-Lobo V. Current review of prepubertal vaginal bleeding. Curr Opin Obstet Gynecol. 2017 Oct;29(5):322-7.
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Rabdomiossarcoma é a neoplasia maligna mais comum do trato genital inferior em meninas, com pico de incidência antes dos 2 anos de idade. Os tumores aparecem como um aglomerado de tecido "parecido com uma uva".[13]Striegel AM, Myers JB, Sorensen MD, et al. Vaginal discharge and bleeding in girls younger than 6 years. J Urol. 2006 Dec;176(6 Pt 1):2632-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17085178?tool=bestpractice.com
Sangramento durante a idade reprodutiva (fora da gestação)
O sangramento anormal ocorre mais comumente neste grupo.
A origem do sangramento pode estar em qualquer parte do trato reprodutivo, incluindo o útero, o colo uterino ou a vagina. O sangramento uterino anormal, incluindo o sangramento menstrual anormal e o sangramento intermenstrual, é discutido em um tópico separado, Avaliação de sangramento uterino anormal.
Geralmente, o sangramento pós-coito é causado por ectrópio cervical, pólipo ou cervicite. O câncer cervical e o câncer vaginal são causas graves de sangramento pós-coito. Condilomata acuminata e vaginite também podem causar sangramento vaginal.
Ectrópio cervical
Ectrópio cervical (também chamado de erosão cervical) ocorre quando o epitélio glandular endocervical se expande além do óstio é se torna visível no ectocérvice. O tecido do ectrópio é rosa mais escuro que o epitélio escamoso circundante e pode ser friável. Ectrópios são comumente observados em adolescentes do sexo feminino, gestantes e mulheres que fazem uso de contracepção hormonal.[14]Tarney CM, Han J. Postcoital bleeding: a review on etiology, diagnosis, and management. Obstet Gynecol Int. 2014;2014:192087.
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A maioria é assintomática.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Erosão cervicalScience Photo Library; usado com permissão [Citation ends].
Pólipo cervical
Pólipos e volumes neoplásicos benignos, que podem surgir no colo uterino ou no endocérvix. Normalmente, ocorrem em pacientes multíparas com mais de 40 anos de idade. Normalmente são macios, lobulares e friáveis. Podem ser detectados de maneira incidental durante um exame especular ou causam sangramento pós-coito.[14]Tarney CM, Han J. Postcoital bleeding: a review on etiology, diagnosis, and management. Obstet Gynecol Int. 2014;2014:192087.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4086375
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[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Pólipo cervicalScience Photo Library; usado com permissão [Citation ends].
Cervicite
A infecção do colo uterino pode causar sangramento e, geralmente, é acompanhado por secreção mucopurulenta. Os organismos causadores mais comuns são a Chlamydia trachomatis e a Neisseria gonorrhoeae, embora em muitos casos não seja identificado nenhum organismo.[15]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually Transmitted Infections Treatment Guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187.
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O Trichomonas vaginalis, o Mycoplasma genitalium e o vírus do herpes simples também podem causar cervicite infecciosa. A infecção por esses organismos também pode causar sintomas de uretrite.
A cervicite também pode ocorrer sem infecção se o colo uterino for exposto a irritantes mecânicos ou químicos, por exemplo, pessário, diafragma, absorvente higiênico interno, espermicida ou produtos de higiene feminina.[16]Wilson JF. In the clinic. Vaginitis and cervicitis. Ann Intern Med. 2009 Sep 1;151(5):ITC3-1-ITC3-15; quiz ITC3-16.[17]Taylor SN. Cervicitis of unknown etiology. Curr Infect Dis Rep. 2014 Jul;16(7):409.
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Câncer cervical
Além do sangramento vaginal, o câncer cervical pode causar corrimento vaginal malcheiroso, embora raramente este seja o único sintoma. Dispareunia e dorsalgia ou dor pélvica sugerem doença mais avançada.
A infecção pelo papilomavírus humano (HPV) é o fator etiológico mais importante.[18]World Health Organization. Cervical cancer. Mar 2024 [internet publication].
https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/cervical-cancer
A incidência do câncer cervical está relacionada com o início precoce da atividade sexual, vários parceiros sexuais, tabagismo, imunossupressão, nível socioeconômico baixo e uso de contraceptivos orais.[19]International Collaboration of Epidemiological Studies of Cervical Cancer. Cervical carcinoma and sexual behavior: collaborative reanalysis of individual data on 15,461 women with cervical carcinoma and 29,164 women without cervical carcinoma from 21 epidemiological studies. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2009 Apr;18(4):1060-9.
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[20]Hessol NA, Whittemore H, Vittinghoff E, et al. Incidence of first and second primary cancers diagnosed among people with HIV, 1985-2013: a population-based, registry linkage study. Lancet HIV. 2018 Nov;5(11):e647-55.
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[21]International Collaboration of Epidemiological Studies of Cervical Cancer, Appleby P, Beral V, et al. Cervical cancer and hormonal contraceptives: collaborative reanalysis of individual data for 16,573 women with cervical cancer and 35,509 women without cervical cancer from 24 epidemiological studies. Lancet. 2007 Nov 10;370(9599):1609-21.
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No mundo todo, houve aproximadamente 660,000 novos casos de câncer cervical, e 350,000 mortes relacionadas em 2022.[18]World Health Organization. Cervical cancer. Mar 2024 [internet publication].
https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/cervical-cancer
Uma revisão sistemática realizada no Reino Unido com mulheres com sangramento pós-coito relatou que o risco de câncer cervical é de 1 em 44,000 aos 20-24 anos, 1 em 5600 aos 25-35 anos, 1 em 2800 aos 35-44 anos e 1 em 2400 aos 45-54 anos.[22]Shapley M, Jordan J, Croft PR. A systematic review of postcoital bleeding and risk of cervical cancer. Br J Gen Pract. 2006 Jun;56(527):453-60.
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Câncer vaginal
O câncer vaginal primário é raro, representa <1% de todos os cânceres que afetam indivíduos designados do sexo feminino ao nascer; lesões neoplásicas são, mais comumente, metástases.[23]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: vaginal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A infecção por HPV é o fator etiológico mais importante.[23]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: vaginal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Vaginite
Embora a vaginite seja uma condição comum, raramente é grave o suficiente para causar sangramento. Pode haver corrimento vaginal, prurido, dispareunia e disúria associados.
Condilomata acuminata
A condilomata acuminata (verruga genital) é causada pela infecção por HPV. A infecção se manifesta como pápulas carnudas e verrucosas que podem coalescer e formar placas. As verrugas podem ocorrer em qualquer parte da região anogenital, inclusive nas superfícies das mucosas vaginal e cervical, onde um trauma local pode causar sangramento.[24]Wiley DJ, Douglas J, Beutner K, et al. External genital warts: diagnosis, treatment, and prevention. Clin Infect Dis. 2002 Oct 15;35(Suppl 2):S210-24.
https://academic.oup.com/cid/article/35/Supplement_2/S210/316436
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Sangramento durante a gestação
Qualquer condição que cause sangramento vaginal em não gestantes também pode causar sangramento em gestantes. O médico também deve considerar causas adicionais, específicas da gestação. A causa provável do sangramento varia de acordo com a gestação.
Primeiro trimestre
O sangramento vaginal no início da gestação pode ser causado por uma gravidez ectópica ou aborto espontâneo.[25]National Institute for Health and Care Excellence. Ectopic pregnancy and miscarriage: diagnosis and initial management. Aug 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng126
A gravidez ectópica refere-se à implantação de um embrião fora do útero, mais comumente nas tubas uterinas.[26]Panelli DM, Phillips CH, Brady PC. Incidence, diagnosis and management of tubal and nontubal ectopic pregnancies: a review. Fertil Res Pract. 2015 Oct 15;1:15.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5424401
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28620520?tool=bestpractice.com
Os sintomas comuns são dor abdominal, amenorreia e sangramento vaginal.[25]National Institute for Health and Care Excellence. Ectopic pregnancy and miscarriage: diagnosis and initial management. Aug 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng126
Os sinais de alerta incluem sinais vitais instáveis ou sinais de sangramento intraperitoneal (por exemplo, abdome agudo, dor no ombro ou dor à mobilização do colo); pode ser necessária intervenção cirúrgica urgente para evitar o choque e até mesmo a morte materna.
Os fatores de risco incluem idade acima de 35 anos, gravidez ectópica prévia, tabagismo, história de doença inflamatória pélvica, cirurgia tubária prévia e uso de tecnologias de reprodução assistida.[26]Panelli DM, Phillips CH, Brady PC. Incidence, diagnosis and management of tubal and nontubal ectopic pregnancies: a review. Fertil Res Pract. 2015 Oct 15;1:15.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5424401
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28620520?tool=bestpractice.com
Em comparação com a gravidez na população em geral, há uma proporção maior de gravidez ectópica entre gestantes que engravidaram usando dispositivo intrauterino.[26]Panelli DM, Phillips CH, Brady PC. Incidence, diagnosis and management of tubal and nontubal ectopic pregnancies: a review. Fertil Res Pract. 2015 Oct 15;1:15.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5424401
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[27]Furlong LA. Ectopic pregnancy risk when contraception fails. A review. J Reprod Med. 2002 Nov;47(11):881-5.
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O aborto espontâneo é uma perda involuntária e espontânea da gestação antes de completadas 20-24 semanas (a gestação varia de acordo com o país). É geralmente associado a um sangramento vaginal não provocado, com ou sem dor suprapúbica. A maioria dos abortos espontâneos ocorre no primeiro trimestre. Aproximadamente 30% de todas as gestações podem terminar em aborto espontâneo.[28]Wilcox AJ, Weinberg CR, O'Connor JF, et al. Incidence of early loss of pregnancy. N Engl J Med. 1988 Jul 28;319(4):189-94.
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Segundo e terceiro trimestres
O sangramento vaginal no segundo ou terceiro trimestre ocorre com menos frequência do que no primeiro trimestre. As causas patológicas de sangramento incluem sangramento do colo uterino com trabalho de parto pré-termo, sangramento da placenta prévia, vasa prévia, descolamento da placenta ou ruptura uterina.[29]Expert Panel on GYN and OB Imaging; Shipp TD, Poder L, et al. ACR appropriateness criteria® second and third trimester vaginal bleeding. J Am Coll Radiol. 2020 Nov;17(11S):S497-504.
https://www.jacr.org/article/S1546-1440(20)30942-X/fulltext
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Aborto espontâneo e alteração cervical com trabalho de parto desencadeiam sangramento fisiológico.
O descolamento da placenta (separação prematura entre a placenta e o útero) complica 0.3% a 1% dos partos.[30]Ananth CV, Keyes KM, Hamilton A, et al. An international contrast of rates of placental abruption: an age-period-cohort analysis. PLoS One. 2015 May 27;10(5):e0125246.
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Alguns casos ocorrem após trauma abdominal.[31]El-Kady D, Gilbert WM, Anderson J, et al. Trauma during pregnancy: an analysis of maternal and fetal outcomes in a large population. Am J Obstet Gynecol. 2004 Jun;190(6):1661-8.
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A etiologia exata de casos não traumáticos é desconhecida. Os fatores de risco incluem pré-eclâmpsia, tabagismo, hipertensão, uso de cocaína pela mãe e descolamento da placenta prévio.[32]Ananth CV, Smulian JC, Vintzileos AM. Incidence of placental abruption in relation to cigarette smoking and hypertensive disorders during pregnancy: a meta-analysis of observational studies. Obstet Gynecol. 1999 Apr;93(4):622-8.
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[33]Addis A, Moretti ME, Ahmed Syed F, et al. Fetal effects of cocaine: an updated meta-analysis. Reprod Toxicol. 2001 Jul-Aug;15(4):341-69.
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[34]Rasmussen S, Irgens LM, Dalaker K. Outcome of pregnancies subsequent to placental abruption: a risk assessment. Acta Obstet Gynecol Scand. 2000 Jun;79(6):496-501.
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O sangramento geralmente é acompanhado por dores e contrações abdominais.
A placenta prévia é definida quando a placenta recobre a abertura do óstio cervical. Ela pode ser completa, parcial ou marginal e pode se resolver à medida que a gestação evolui. A placenta prévia sintomática geralmente se apresenta como um sangramento vaginal indolor no segundo ou terceiro trimestre.[29]Expert Panel on GYN and OB Imaging; Shipp TD, Poder L, et al. ACR appropriateness criteria® second and third trimester vaginal bleeding. J Am Coll Radiol. 2020 Nov;17(11S):S497-504.
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Os fatores de risco incluem placentação anormal prévia, parto cesáreo prévio, idade avançada da mãe, paridade elevada, fertilização in vitro, intervalos curtos entre gestações e uso de substâncias ilícitas.[35]Silver RM, Branch DW. Placenta accreta spectrum. N Engl J Med. 2018 Apr 19;378(16):1529-36.[36]Conde-Agudelo A, Rosas-Bermúdez A, Kafury-Goeta AC. Effects of birth spacing on maternal health: a systematic review. Am J Obstet Gynecol. 2007 Apr;196(4):297-308.
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Ácido acetilsalicílico (AAS) em baixas doses para a prevenção da pré-eclâmpsia não parece aumentar o risco de sangramento pré-parto.[37]American College of Obstetricians and Gynecologists' Committee on Practice Bulletins-Gynecology. ACOG Committee Opinion No. 743: low-dose aspirin use during pregnancy. Obstet Gynecol. 2018 Jul;132(1):e44-52.
https://journals.lww.com/greenjournal/fulltext/2018/07000/acog_committee_opinion_no__743__low_dose_aspirin.57.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29939940?tool=bestpractice.com
[38]Roberge S, Bujold E, Nicolaides KH. Meta-analysis on the effect of aspirin use for prevention of preeclampsia on placental abruption and antepartum hemorrhage. Am J Obstet Gynecol. 2018 May;218(5):483-9.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29305829?tool=bestpractice.com
AAS para prevenir a pré-eclâmpsia pode aumentar o risco de sangramento pós-parto; as evidências são inconsistentes.[39]Souter V, Painter I, Sitcov K, et al. Propensity score analysis of low-dose aspirin and bleeding complications in pregnancy. Ultrasound Obstet Gynecol. 2024 Jan;63(1):81-7.
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[40]Hastie R, Tong S, Wikström AK, et al. Aspirin use during pregnancy and the risk of bleeding complications: a Swedish population-based cohort study. Am J Obstet Gynecol. 2021 Jan;224(1):95.e1-95.
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[41]Yip KC, Luo Z, Huang X, et al. The role of aspirin dose and initiation time in the prevention of preeclampsia and corresponding complications: a meta-analysis of RCTs. Arch Gynecol Obstet. 2022 Jun;305(6):1465-79.
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[42]Henderson JT, Vesco KK, Senger CA, et al. Aspirin use to prevent preeclampsia and related morbidity and mortality: updated evidence report and systematic review for the US Preventive Services Task Force. JAMA. 2021 Sep 28;326(12):1192-206.
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Sangramento pós-menopausa
O sangramento vaginal é comum nos primeiros 4 a 6 meses de terapia de reposição hormonal (TRH) com estrogênio e progesterona. O sangramento vaginal persistente na pós-menopausa, e qualquer sangramento pós-menopausa em uma mulher que não faça TRH, exige investigação mais aprofundada.
Mais de 90% das mulheres com câncer de endométrio apresentam sangramento pós-menopausa, e 9% das mulheres com sangramento pós-menopausa têm câncer de endométrio.[43]Clarke MA, Long BJ, Del Mar Morillo A, et al. Association of endometrial cancer risk with postmenopausal bleeding in women: a systematic review and meta-analysis. JAMA Intern Med. 2018 Sep 1;178(9):1210-22.
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O sangramento pós-menopausa também está associado ao câncer de ovário.[44]Bankhead CR, Collins C, Stokes-Lampard H, et al. Identifying symptoms of ovarian cancer: a qualitative and quantitative study. BJOG. 2008 Jul;115(8):1008-14.
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A vaginite atrófica associada ao hipoestrogenismo é comum em mulheres menopausadas. O sangramento associado à vaginite atrófica pode ser encontrado depois de um trauma mecânico associado à relação sexual e ao uso de pessários vaginais de encaixe imperfeito, ou não provocado.