Descolamento da placenta
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- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
todos os pacientes
estabilização da mãe
Os objetivos são impedir hipovolemia, anemia e coagulopatia intravascular disseminada (CIVD). A necessidade de reposição de sangue e fluidos pode ser determinada pela estimativa do sangramento e pelos sinais vitais (pressão arterial [PA], pulso e débito urinário). Os níveis de hemoglobina (Hb) devem ser mantidos acima de 100 g/L (10 g/dL) e os de hematócrito (Hct) acima de 30%. O débito urinário deve ser de pelo menos 30 mL/hora.
Na hemorragia intensa aguda, o uso de antifibrinolíticos (como o acido tranexâmico) pode ser considerado, pois demonstrou-se que eles têm um benefício de sobrevida se administrados precocemente (em até 3 horas).[59]Gayet-Ageron A, Prieto-Merino D, Ker K, et al. Effect of treatment delay on the effectiveness and safety of antifibrinolytics in acute severe haemorrhage: a meta-analysis of individual patient-level data from 40 138 bleeding patients. Lancet. 2018 Jan 13;391(10116):125-32. https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(17)32455-8/abstract http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29126600?tool=bestpractice.com As transfusões devem ser fornecidas conforme necessário. É importante ser proativo na transfusão sanguínea. O plasma fresco congelado deve ser administrado precocemente se houver qualquer sinal de CIVD, porque ele irá repor os fatores de coagulação. É essencial repor o volume, o sangue e os hemoderivados de maneira agressiva.
monitorização da mãe e do feto
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A frequência cardíaca fetal deve ser monitorada continuamente, pelo menos no início. As anormalidades no traçado que sugerem um descolamento incluem desacelerações tardias, perda de variabilidade, desacelerações variáveis, traçado sinusoidal da frequência cardíaca fetal e bradicardia fetal, esta definida como uma persistente frequência cardíaca fetal abaixo de 110 batimentos por minuto.[18]Tikkanen M, Nuutila M, Hiilesmaa V, et al. Clinical presentation and risk factors of placental abruption. Acta Obstet Gynecol Scand. 2006;85(6):700-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16752262?tool=bestpractice.com [49]Usui R, Matsubara S, Ohkuchi A, et al. Fetal heart rate pattern reflecting the severity of placental abruption. Arch Gynecol Obstet. 2008 Mar;277(3):249-53. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17896112?tool=bestpractice.com Dependendo da estabilidade da mãe e do feto, assim como da idade gestacional na apresentação, a monitorização pode, posteriormente, ser realizada de forma intermitente e caso a caso.
O estado hemodinâmico da mãe deve ser monitorado por meio de pressão arterial (PA), pulso, ingestão de líquido e débito urinário. A necessidade de reposição de sangue e fluidos pode ser determinada pela estimativa do sangramento e pelos sinais vitais (PA, pulso e débito urinário). Os níveis de hemoglobina (Hb) devem ser mantidos acima de 100 g/L (10 g/dL) e os de hematócrito (Hct) acima de 30%. O débito urinário deve ser de pelo menos 30 mL/hora.
imunoglobulina anti-D
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Deve-se administrar imunoglobulina anti-D para mulheres Rh-negativas.
Opções primárias
imunoglobulina anti-D: consulte a bula do produto para obter orientações quanto à dose
monitorização do feto ± parto
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O trauma está associado a aumento do risco de deslocamento, mesmo na ausência de trauma uterino direto.[25]Lane PL. Traumatic fetal deaths. J Emerg Med. 1989 Sep-Oct;7(5):433-35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2607102?tool=bestpractice.com [26]Schiff MA, Holt VL. Pregnancy outcomes following hospitalization for motor vehicle crashes in Washington State from 1989 to 2001. Am J Epidemiol. 2005 Mar 15;161(6):503-10. https://aje.oxfordjournals.org/cgi/reprint/161/6/503 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15746466?tool=bestpractice.com [27]El-Kady D, Gilbert WM, Anderson J, et al. Trauma during pregnancy: an analysis of maternal and fetal outcomes in a large population. Am J Obstet Gynecol. 2004 Jun;190(6):1661-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15284764?tool=bestpractice.com As forças de cisalhamento associadas ao movimento súbito podem causar a separação da placenta. Essa separação pode assumir forma clínica evidente somente horas ou dias após o trauma. Em particular, a violência doméstica e os acidentes com veículo automotor podem estar associados ao descolamento.
A Society of Obstetricians and Gynaecologists of Canada recomenda que as mulheres envolvidas em um trauma sejam submetidas à monitorização fetal por um mínimo de 4 horas.[60]Society of Obstetricians and Gynaecologists of Canada. Guidelines for the Management of a Pregnant Trauma Patient. Jun 2015 [internet publication]. https://www.jogc.com/article/S1701-2163(15)30232-2/fulltext Se houver contrações uterinas, traçados de frequência cardíaca fetal anormal, trauma materno grave, sangramento vaginal, sensibilidade uterina ou ruptura das membranas, indica-se uma avaliação adicional e/ou que se realize o parto, conforme determinado pela idade gestacional e circunstâncias individuais.[60]Society of Obstetricians and Gynaecologists of Canada. Guidelines for the Management of a Pregnant Trauma Patient. Jun 2015 [internet publication]. https://www.jogc.com/article/S1701-2163(15)30232-2/fulltext
feto vivo: >34 semanas
parto vaginal
Se a mãe estiver em uma condição estável e o traçado cardíaco fetal estiver tranquilo, pode-se tentar um parto vaginal.
amniotomia + indução de oxitocina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Muitas vezes a mãe apresenta contrações fortes, mas se não estiver em trabalho de parto ativo, a amniotomia e a indução com oxitocina geralmente resultarão em parto.
Opções primárias
oxitocina: 0.5 a 1 miliunidade/minuto em infusão intravenosa inicialmente, aumentar em incrementos de 1-2 miliunidades/minuto gradualmente de acordo com a resposta a cada 15-60 minutos, máximo de 10 miliunidades/minuto
produtos da coagulação sanguínea
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Devem estar prontamente disponíveis e serem repostos de forma agressiva, se necessário.
agente uterotônico após a expulsão da placenta
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O útero pode não se contrair adequadamente e, dessa forma, pode ser difícil controlar a hemorragia. Podem-se administrar agentes uterotônicos, como oxitocina, metilergometrina e análogos da prostaglandina.
Opções primárias
oxitocina: 10 unidades por via intramuscular em dose única
Opções secundárias
metilergometrina: 0.2 mg por via intravenosa/intramuscular após a saída do ombro e em seguida a cada 2-4 horas quando necessário
ou
misoprostol: 800-1000 microgramas por via retal/vaginal em dose única
ou
carboprosta trometamina: 250 microgramas por via intramuscular em dose única, doses adicionais podem ser administradas a cada 15-90 minutos quando necessário, máximo de 2 mg/dose total
intervenções hemostáticas após o parto
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Em casos graves, nos quais o sangramento não responde ao parto e à administração dos agentes uterotônicos, a ligadura cirúrgica das artérias uterinas ou das artérias hipogástricas pode salvar a vida.
A embolização seletiva desses vasos também pode causar a cessação dessa hemorragia de risco de vida.
Nos casos em que não houver resposta a esses métodos conservadores, poderá existir necessidade de uma histerectomia. O distúrbio da coagulação deve ser corrigido ativamente durante a realização desses procedimentos.
parto cesáreo urgente
Se a condição materna estiver se agravando com hemorragia intensa, pode-se indicar o parto cesáreo. A protelação desnecessária deve ser evitada. Um estudo demonstrou que neonatos de mulheres com descolamento da placenta e bradicardia apresentaram melhores desfechos perinatais quando o intervalo de decisão em relação ao tipo de parto, para parto cesáreo, foi <20 minutos.[62]Kayani SI, Walkinshaw SA, Preston C. Pregnancy outcome in severe placental abruption. BJOG. 2003 Jul;110(7):679-83. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12842059?tool=bestpractice.com
produtos para coagulação sanguínea pré/intraoperatórios
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O sangue e os hemoderivados devem ser repostos antes e durante a cirurgia, se necessário.
agente uterotônico após a expulsão da placenta
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O útero pode não se contrair adequadamente e, dessa forma, pode ser difícil controlar a hemorragia. Podem-se administrar agentes uterotônicos, como oxitocina, metilergometrina e análogos da prostaglandina.
Opções primárias
oxitocina: 10 unidades por via intramuscular em dose única
Opções secundárias
metilergometrina: 0.2 mg por via intravenosa/intramuscular após a saída do ombro e em seguida a cada 2-4 horas quando necessário
ou
misoprostol: 800-1000 microgramas por via retal/vaginal em dose única
ou
carboprosta trometamina: 250 microgramas por via intramuscular em dose única, doses adicionais podem ser administradas a cada 15-90 minutos quando necessário, máximo de 2 mg/dose total
intervenções hemostáticas após o parto
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Em casos graves, nos quais o sangramento não responde ao parto e à administração dos agentes uterotônicos, a ligadura cirúrgica das artérias uterinas ou das artérias hipogástricas pode salvar a vida.
Em centros com radiologista intervencionista adequadamente treinado, a embolização seletiva desses vasos pode interromper essa hemorragia com risco de vida.
Nos casos em que não houver resposta a esses métodos conservadores, poderá existir necessidade de uma histerectomia. O distúrbio da coagulação deve ser corrigido durante a realização desses procedimentos.
feto vivo: ≤34 semanas
manejo conservador
Se o feto e a mãe estiverem estáveis e não houver evidências de coagulopatia materna, hipotensão ou sangramento intenso continuado, o manejo conservador com o objetivo de se fazer o parto de um feto mais maduro é o principal objetivo da terapia.
O estado do feto e da mãe requer monitorização rigorosa. Isso inclui uma combinação de ultrassonografias regulares, monitorização da frequência cardíaca fetal e perfis biofísicos. O programa de monitorização particular deve ser individualizado.
Ocasionalmente, a mãe pode ser manejada ambulatorialmente, mas deve ser instruída a informar imediatamente caso apresente sangramento, dor abdominal intensa, contrações ou redução das movimentações fetais.
consideração de parto às 37 a 38 semanas
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Como existe um risco maior de parto de natimortos, recomenda-se que seja considerado um parto às 37 a 38 semanas.
sulfato de magnésio
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se o parto for planejado ou esperado antes das 34 semanas de gestação, recomenda-se sulfato de magnésio intravenoso para a neuroproteção do bebê.[64]American College of Obstetricians and Gynecologists. Committee opinion no. 455: magnesium sulfate before anticipated preterm birth for neuroprotection. Mar 2010 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/committee-opinion/articles/2010/03/magnesium-sulfate-before-anticipated-preterm-birth-for-neuroprotection Os médicos que optarem por usar sulfato de magnésio para neuroproteção fetal devem desenvolver diretrizes específicas sobre os critérios de inclusão, esquemas de tratamento, e a tocólise concomitante.[64]American College of Obstetricians and Gynecologists. Committee opinion no. 455: magnesium sulfate before anticipated preterm birth for neuroprotection. Mar 2010 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/committee-opinion/articles/2010/03/magnesium-sulfate-before-anticipated-preterm-birth-for-neuroprotection Não há evidências de que o sulfato de magnésio tenha algum valor como agente tocolítico, e seu uso deve ser destinado apenas à neuroproteção em grupos apropriados de mulheres.[65]Crowther CA, Brown J, McKinlay CJ, et al. Magnesium sulphate for preventing preterm birth in threatened preterm labour. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Aug 15;2014(8):CD001060. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25126773?tool=bestpractice.com
A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA não recomenda o uso de injeções de sulfato de magnésio por mais de 5 a 7 dias para interromper o trabalho de parto pré-termo em gestantes (um uso off-label), pois isso pode causar a diminuição dos níveis de cálcio e problemas ósseos no feto ou bebê. A Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA) do Reino Unido também não recomenda o uso do sulfato de magnésio durante a gestação por mais de 5 a 7 dias. Caso ocorra o uso prolongado ou recorrente durante a gestação (por exemplo, vários ciclos ou uso por >24 horas), considere monitorar o neonato em relação a níveis anormais de cálcio e magnésio e efeitos adversos esqueléticos.[69]US Food and Drug Administration. FDA drug safety communication: FDA recommends against prolonged use of magnesium sulfate to stop pre-term labor due to bone changes in exposed babies. May 2013 [internet publication]. https://www.fda.gov/Drugs/DrugSafety/ucm353333.htm [70]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. Magnesium sulfate: risk of skeletal adverse effects in the neonate following prolonged or repeated use in pregnancy. 2019 May;12(10):3. https://www.gov.uk/drug-safety-update/magnesium-sulfate-risk-of-skeletal-adverse-effects-in-the-neonate-following-prolonged-or-repeated-use-in-pregnancy#previous-safety-concerns-about-prolonged-use-of-magnesium-sulfate-in-pregnancy
Opções primárias
sulfato de magnésio: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
Mais sulfato de magnésioA dose depende da indicação, via de administração e diretrizes locais. Consulte o formulário de medicamentos ou as diretrizes locais para obter mais orientações.
corticosteroides
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Devem ser administrados corticosteroides para promover a maturação pulmonar fetal nas mulheres entre 24 e 34 semanas de gestação que estiverem em risco de parto prematuro dentro de 7 dias.[63]American College of Obstetricians and Gynecologists. Committee opinion no. 713: antenatal corticosteroid therapy for fetal maturation. Aug 2017 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/committee-opinion/articles/2017/08/antenatal-corticosteroid-therapy-for-fetal-maturation
Opções primárias
fosfato sódico de betametasona: 12 mg por via intramuscular a cada 24 horas por 2 doses
ou
fosfato sódico de dexametasona: 6 mg por via intramuscular a cada 12 horas no total de 4 doses
tocolíticos
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os tocolíticos (por exemplo, nifedipino) podem ser usados com extremo cuidado em casos nos quais houver contrações uterinas nas gestações >24 semanas. Isso é controverso, mas pequenos estudos confirmaram que o uso cuidadoso de tocolíticos pode ser seguro nessas circunstâncias.[66]Saller DN Jr, Nagey DA, Pupkin MJ, et al. Tocolysis in the management of third trimester bleeding. J Perinatol. 1990 Jun;10(2):125-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2358893?tool=bestpractice.com [67]Towers CV, Pircon RA, Heppard M. Is tocolysis safe in the management of third-trimester bleeding? Am J Obstet Gynecol. 1990 Jun;10(2):125-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10368505?tool=bestpractice.com [68]Henderson CE, Goldman B, Divon MY. Ritodrine therapy in the presence of chronic abruptio placentae. Obstet Gynecol. 1992 Sep;80(3 Pt 2):510-2. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1365698?tool=bestpractice.com
Opções primárias
nifedipino: 10-20 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4 horas; a dose não deve ser administrada por via sublingual
parto cesáreo urgente
Se o feto ou a mãe não estão estáveis, o parto deve ocorrer imediatamente, com estabilização concomitante do feto e da mãe. Isso geralmente é feito por meio de um parto cesáreo, a menos que o trabalho de parto esteja iminente e possa ser feito com segurança.
sulfato de magnésio
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se o parto for planejado ou esperado antes das 34 semanas de gestação, recomenda-se sulfato de magnésio intravenoso para a neuroproteção do bebê.[64]American College of Obstetricians and Gynecologists. Committee opinion no. 455: magnesium sulfate before anticipated preterm birth for neuroprotection. Mar 2010 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/committee-opinion/articles/2010/03/magnesium-sulfate-before-anticipated-preterm-birth-for-neuroprotection Os médicos que optarem por usar sulfato de magnésio para neuroproteção fetal devem desenvolver diretrizes específicas sobre os critérios de inclusão, esquemas de tratamento, e a tocólise concomitante.[64]American College of Obstetricians and Gynecologists. Committee opinion no. 455: magnesium sulfate before anticipated preterm birth for neuroprotection. Mar 2010 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/committee-opinion/articles/2010/03/magnesium-sulfate-before-anticipated-preterm-birth-for-neuroprotection Não há evidências de que o sulfato de magnésio tenha algum valor como agente tocolítico, e seu uso deve ser destinado apenas à neuroproteção em grupos apropriados de mulheres.[65]Crowther CA, Brown J, McKinlay CJ, et al. Magnesium sulphate for preventing preterm birth in threatened preterm labour. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Aug 15;2014(8):CD001060. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25126773?tool=bestpractice.com
A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA não recomenda o uso de injeções de sulfato de magnésio por mais de 5 a 7 dias para interromper o trabalho de parto pré-termo em gestantes (um uso off-label), pois ele pode causar a diminuição dos níveis de cálcio e problemas ósseos no feto ou bebê. A Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA) do Reino Unido também não recomenda o uso do sulfato de magnésio durante a gestação por mais de 5 a 7 dias. Caso ocorra o uso prolongado ou recorrente durante a gestação (por exemplo, vários ciclos ou uso por >24 horas), considere monitorar o neonato em relação a níveis anormais de cálcio e magnésio, e a efeitos adversos esqueléticos.[69]US Food and Drug Administration. FDA drug safety communication: FDA recommends against prolonged use of magnesium sulfate to stop pre-term labor due to bone changes in exposed babies. May 2013 [internet publication]. https://www.fda.gov/Drugs/DrugSafety/ucm353333.htm [70]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. Magnesium sulfate: risk of skeletal adverse effects in the neonate following prolonged or repeated use in pregnancy. 2019 May;12(10):3. https://www.gov.uk/drug-safety-update/magnesium-sulfate-risk-of-skeletal-adverse-effects-in-the-neonate-following-prolonged-or-repeated-use-in-pregnancy#previous-safety-concerns-about-prolonged-use-of-magnesium-sulfate-in-pregnancy
Opções primárias
sulfato de magnésio: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
Mais sulfato de magnésioA dose depende da indicação, via de administração e diretrizes locais. Consulte o formulário de medicamentos ou as diretrizes locais para obter mais orientações.
corticosteroides
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Devem ser administrados corticosteroides para promover a maturação pulmonar fetal nas mulheres entre 24 e 34 semanas de gestação que estiverem em risco de parto prematuro dentro de 7 dias.[63]American College of Obstetricians and Gynecologists. Committee opinion no. 713: antenatal corticosteroid therapy for fetal maturation. Aug 2017 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/committee-opinion/articles/2017/08/antenatal-corticosteroid-therapy-for-fetal-maturation
Opções primárias
fosfato sódico de betametasona: 12 mg por via intramuscular a cada 24 horas por 2 doses
ou
fosfato sódico de dexametasona: 6 mg por via intramuscular a cada 12 horas no total de 4 doses
produtos para coagulação sanguínea pré/intraoperatórios
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O sangue e os hemoderivados devem ser repostos antes e durante a cirurgia, se necessário.
agente uterotônico após a expulsão da placenta
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O útero pode não se contrair adequadamente e, dessa forma, pode ser difícil controlar a hemorragia. Podem-se administrar agentes uterotônicos, como oxitocina, metilergometrina e análogos da prostaglandina.
Opções primárias
oxitocina: 10 unidades por via intramuscular em dose única
Opções secundárias
metilergometrina: 0.2 mg por via intravenosa/intramuscular após a saída do ombro e em seguida a cada 2-4 horas quando necessário
ou
misoprostol: 800-1000 microgramas por via retal/vaginal em dose única
ou
carboprosta trometamina: 250 microgramas por via intramuscular em dose única, doses adicionais podem ser administradas a cada 15-90 minutos quando necessário, máximo de 2 mg/dose total
intervenções hemostáticas após o parto
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Em casos graves, nos quais o sangramento não responde ao parto e à administração dos agentes uterotônicos, a ligadura cirúrgica das artérias uterinas ou das artérias hipogástricas pode salvar a vida.
A embolização seletiva desses vasos também pode causar a cessação dessa hemorragia de risco de vida.
Nos casos em que não houver resposta a esses métodos conservadores, poderá existir necessidade de uma histerectomia. O distúrbio da coagulação deve ser corrigido ativamente durante a realização desses procedimentos.
morte fetal
parto vaginal
Se a mãe estiver em uma condição estável, pode-se tentar um parto vaginal.
amniotomia + indução de oxitocina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Muitas vezes a mãe apresenta contrações fortes, mas se não estiver em trabalho de parto ativo, a amniotomia e a indução com oxitocina geralmente resultarão em parto.
Opções primárias
oxitocina: 0.5 a 1 miliunidade/minuto em infusão intravenosa inicialmente, aumentar em incrementos de 1-2 miliunidades/minuto gradualmente de acordo com a resposta a cada 15-60 minutos, máximo de 10 miliunidades/minuto
produtos da coagulação sanguínea
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Mulheres que tiveram um descolamento suficiente para causar a morte fetal têm uma alta probabilidade de terem coagulopatia intravascular disseminada (CIVD). Os produtos da coagulação sanguínea devem estar prontamente disponíveis e serem repostos de forma agressiva, se necessário.
agente uterotônico após a expulsão da placenta
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O útero pode não se contrair adequadamente e, dessa forma, pode ser difícil controlar a hemorragia. Podem-se administrar agentes uterotônicos, como oxitocina, metilergometrina e análogos da prostaglandina.
Opções primárias
oxitocina: 10 unidades por via intramuscular em dose única
Opções secundárias
metilergometrina: 0.2 mg por via intravenosa/intramuscular após a saída do ombro e em seguida a cada 2-4 horas quando necessário
ou
misoprostol: 800-1000 microgramas por via retal/vaginal em dose única
ou
carboprosta trometamina: 250 microgramas por via intramuscular em dose única, doses adicionais podem ser administradas a cada 15-90 minutos quando necessário, máximo de 2 mg/dose total
intervenções hemostáticas após o parto
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Em casos graves, nos quais o sangramento não responde ao parto e à administração dos agentes uterotônicos, a ligadura cirúrgica das artérias uterinas ou das artérias hipogástricas pode salvar a vida.
Em centros com radiologista intervencionista adequadamente treinado, a embolização seletiva desses vasos pode interromper essa hemorragia com risco de vida.
Nos casos em que não houver resposta a esses métodos conservadores, poderá existir necessidade de uma histerectomia. O distúrbio da coagulação deve ser corrigido ativamente durante a realização desses procedimentos.
parto cesáreo urgente
Se a condição materna estiver se agravando com hemorragia intensa, pode ser indicado um parto cesáreo. A protelação desnecessária deve ser evitada.
produtos para coagulação sanguínea pré/intraoperatórios
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O sangue e os hemoderivados devem ser repostos antes e durante a cirurgia, se necessário.
agente uterotônico após a expulsão da placenta
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O útero pode não se contrair adequadamente e, dessa forma, pode ser difícil controlar a hemorragia. Podem-se administrar agentes uterotônicos, como oxitocina, metilergometrina e análogos da prostaglandina.
Opções primárias
oxitocina: 10 unidades por via intramuscular em dose única
Opções secundárias
metilergometrina: 0.2 mg por via intravenosa/intramuscular após a saída do ombro e em seguida a cada 2-4 horas quando necessário
ou
misoprostol: 800-1000 microgramas por via retal/vaginal em dose única
ou
carboprosta trometamina: 250 microgramas por via intramuscular em dose única, doses adicionais podem ser administradas a cada 15-90 minutos quando necessário, máximo de 2 mg/dose total
intervenções hemostáticas após o parto
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Em casos graves, nos quais o sangramento não responde ao parto e à administração dos agentes uterotônicos, a ligadura cirúrgica das artérias uterinas ou das artérias hipogástricas pode salvar a vida.
Em centros com radiologista intervencionista adequadamente treinado, a embolização seletiva desses vasos pode interromper essa hemorragia com risco de vida.
Nos casos em que não houver resposta a esses métodos conservadores, poderá existir necessidade de uma histerectomia. O distúrbio da coagulação deve ser corrigido ativamente durante a realização desses procedimentos.
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