Abordagem

Em quase todos os casos, a cinetose é facilmente diagnosticada pela história. O tipo de cinetose também é facilmente distinguido pelo tipo de movimento e pela suscetibilidade e gravidade dos sintomas. Entretanto, a náusea é um sintoma extremamente comum e as causas são extensivas. Um primeiro episódio pode exigir atendimento médico. Em todos os casos, outras causas mais graves devem ser descartadas.

Sintomas

A cinetose não se manifesta somente com náuseas. Isso frequentemente é negligenciado. Outros sinais e sintomas importantes incluem:[1][9]

  • Cefaleia

  • Tontura/sensação de desfalecimento/desequilíbrio

  • Desconforto epigástrico

  • Vômitos ou esforço para vomitar

  • Suor frio

  • Boca seca

  • Sensação de tensão ocular

  • Sonolência

  • Sudorese ou suor frio

  • Calor ou rubor

  • Desconforto generalizado

  • Salivação excessiva

  • Maior sensibilidade a odores

  • Perda de apetite

  • Hiperventilação.

Distinção entre cinetose/cinetose induzida visualmente (CIV) e distúrbio relacionado à cinetose/distúrbio relacionado à cinetose induzida visualmente (DCIV)

A cinetose e a CIV são respostas fisiológicas normais que podem ocorrer na maioria das pessoas. No entanto, essa resposta é classificada como um distúrbio em indivíduos com suscetibilidade e gravidade dos sintomas particularmente altas.[1]

São necessários pelo menos cinco episódios de cinetose ou CIV desencadeados pelo mesmo estímulo de movimento ou por estímulos semelhantes para fazer um diagnóstico de distúrbio relacionado à cinetose ou DCIV. Tanto no distúrbio relacionado à cinetose quanto no DCIV, a falta de habituação a exposições repetidas e a presença de respostas comportamentais ou emocionais, como a evitação de situações desencadeadoras, são características distintivas importantes.[1]

Qualquer combinação de cinetose, distúrbio relacionado à cinetose, CIV e DCIV pode ocorrer simultaneamente, e a suscetibilidade a um tipo de estímulo não necessariamente se correlaciona com a suscetibilidade a outros.

História

Fatores de risco fortes para cinetose incluem os seguintes:[1][4][9]​​[28][47][50]

  • Infância (2-12 anos)

  • Sexo feminino

  • História familiar de cinetose

  • História de enxaqueca

  • Vestibulopatia

  • Desorientação espacial e síndrome do desconforto de deslocamento espacial

  • Odores ou estímulos visuais desagradáveis

  • Estímulos sensoriais de entrada conflitantes (por exemplo, ler no carro, trens pendulares)

  • Fatores psicológicos (por exemplo, ansiedade)

  • Assumir tarefas concomitantes espacialmente carregadas, como ler um mapa.

Uma parte importante da anamnese é descartar outras afecções clínicas. Os diferenciais mais comuns são:

  • Intoxicação alimentar ou outros distúrbios gástricos

  • Enxaqueca

  • Doença da orelha interna

O paciente deve ser questionado sobre quaisquer sintomas associados a:

  • Tonturas ou vertigem

  • Dor

  • Perda auditiva

  • Zumbido

  • Distúrbio visual

Um exame neurológico pode auxiliar no diagnóstico diferencial em casos raros, quando a cinetose não é uma condição óbvia.

Exames diagnósticos

O diagnóstico é clínico; no entanto, há uma série de questionários que podem ajudar a predizer a suscetibilidade à cinetose.[1]​ Além disso, há vários testes fisiológicos e bioquímicos que têm sido usados em ambientes de pesquisa para avaliar a cinetose, mas estes têm utilidade clínica limitada, pois os sintomas são geralmente determinados pelos sintomas na apresentação.[18]

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