Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

OID complicada ou estrangulada: candidatos a cirurgia

Back
1ª linha – 

cirurgia de emergência associada a ressuscitação fluídica

Nos pacientes com OID complicada ou estrangulada, geralmente há peritonite, a qual exige fluidoterapia imediata e pronta intervenção cirúrgica por laparoscopia ou laparotomia exploratórias.

A obtenção de acessos intravenosos e a administração de fluidoterapia intravenosa (seja solução de Ringer lactato ou soro fisiológico normal) são indicadas.

Deve ser colocado cateter de Foley para monitorar o débito urinário.

Back
associado a – 

profilaxia antibiótica pré-operatória

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os antibióticos de amplo espectro (por exemplo, cefazolina ou cefotetana associada a metronidazol) são indicados antes da cirurgia como profilaxia para evitar a infecção da ferida.[39]

Os antibióticos geralmente são administrados por até 24 horas após a cirurgia.

Opções primárias

cefazolina: crianças ≥1 ano de idade: 30 mg/kg por via intravenosa em dose única até 60 minutos antes da cirurgia, pode-se repetir a dose a cada 4 horas durante a cirurgia, máximo de 2000 mg/dose; adultos <120 kg de peso corporal: 2000 mg por via intravenosa em dose única até 60 minutos antes da cirurgia, pode-se repetir a dose a cada 4 horas durante a cirurgia; adultos ≥120 kg de peso corporal: 3000 mg por via intravenosa em dose única até 60 minutos antes da cirurgia, pode-se repetir a dose a cada 4 horas durante a cirurgia

ou

cefotetana: crianças ≥1 ano de idade: 40 mg/kg por via intravenosa em dose única até 60 minutos antes da cirurgia, pode-se repetir a dose a cada 6 horas durante a cirurgia, máximo de 2000 mg/dose; adultos: 2000 mg por via intravenosa em dose única até 60 minutos antes da cirurgia, pode-se repetir a dose a cada 6 horas durante a cirurgia

--E--

metronidazol: crianças ≥1 ano de idade: 15 mg/kg por via intravenosa em dose única até 60 minutos da cirurgia, máximo de 500 mg/dose; adultos: 500 mg por via intravenosa em dose única até 60 minutos antes da cirurgia

Back
associado a – 

descompressão nasogástrica

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Em casos de OID completa, a colocação de sonda nasogástrica é indicada para descomprimir ar/fluido no trato gastrointestinal superior. Também é uma estratégia antiemética muito eficaz.

Back
associado a – 

analgesia

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

É essencial proporcionar analgesia adequada para esses pacientes. Isso pode ser prontamente obtido com administração intravenosa de morfina.

Opções primárias

sulfato de morfina: crianças: 0.1 mg/kg por via intravenosa a cada 3-4 horas quando necessário; adultos: 2.5 a 5 mg por via intravenosa a cada 3-4 horas quando necessário

Back
associado a – 

correção da causa subjacente

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A correção da causa subjacente será necessária para o tratamento da obstrução intestinal concomitante.

O tratamento específico adequado, como apendicectomia, procedimento de Ladd para a má rotação (lactentes), ressecção do tumor ou correção da hérnia, deve ser realizado.

As causas mais frequentes incluem aderências, hérnia inguinal ou tumor em adultos sem história de cirurgia prévia.

OID complicada ou estrangulada: cirurgia contraindicada

Back
1ª linha – 

descompressão nasogástrica associada a ressuscitação fluídica

Em casos em que se julga que a cirurgia não é do melhor interesse do paciente, como quando a OID é decorrente de neoplasia maligna avançada, o foco do tratamento deve ser na paliação dos sintomas.[13] A colocação de sonda nasogástrica é indicada para descomprimir ar/fluido no trato gastrointestinal superior.

A obtenção de acessos intravenosos e a administração de volume suficiente de fluidoterapia intravenosa (seja solução de Ringer lactato ou soro fisiológico normal) para reanimar e manter a hidratação são indicadas. Deve ser colocado cateter de Foley para monitorar o débito urinário.

Back
associado a – 

analgesia

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Deve-se proporcionar analgesia adequada a todos os pacientes. Isso pode ser prontamente obtido com administração intravenosa de morfina.

Opções primárias

sulfato de morfina: crianças: 0.1 mg/kg por via intravenosa a cada 3-4 horas quando necessário; adultos: 2.5 a 5 mg por via intravenosa a cada 3-4 horas quando necessário

Back
Considerar – 

antieméticos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os antieméticos podem ser auxiliares úteis da descompressão nasogástrica para pacientes com vômitos e/ou náuseas em casos em que a cirurgia for contraindicada.

A metoclopramida é contraindicada em pacientes com obstrução intestinal.

Opções primárias

ondansetrona: 4 mg por via intravenosa a cada 8 horas quando necessário

Back
Considerar – 

antiespasmódico

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Algumas diretrizes sobre o manejo da obstrução intestinal maligna recomendam o uso de antiespasmódicos para reduzir a dor ou o desconforto abdominal.[42][43]

OID simples

Back
1ª linha – 

ressuscitação fluídica e descompressão nasogástrica

Tipicamente, a terapia conservadora pode ser adotada por 48 a 72 horas em casos de OID parcial antes que a cirurgia seja realizada, exceto para pacientes com evidência de estrangulamento do intestino, para os quais a intervenção cirúrgica imediata é crucial.[1]

A obtenção de acessos intravenosos e a administração de grandes volumes de fluidoterapia intravenosa (seja solução de Ringer lactato ou soro fisiológico normal) são indicadas em todos os pacientes.

Um cateter de Foley pode ser útil para monitorar o débito urinário.

A colocação de sonda nasogástrica é indicada para descomprimir ar/fluido no trato gastrointestinal superior.

Apoio cirúrgico (cirurgião geral) é indicado nesse estágio para determinar o melhor ciclo de tratamento.

A reposição fluídica e a passagem de sonda nasogástrica resultam na correção da OID adesiva simples em aproximadamente 70% a 90% dos casos. Nos pacientes com OID aguda decorrente de aderências, o teste de desafio com contraste hidrossolúvel pode ser usado para ajudar a avaliar se o tratamento conservador foi bem-sucedido. Os pacientes em que o contraste atinge o cólon em 24 horas raramente requerem cirurgia.[16][22] Não há evidências de que o uso de contraste hidrossolúvel oral reduz a necessidade de intervenção cirúrgica nos pacientes com OID adesiva.[28][29]

Back
associado a – 

correção da causa subjacente

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A correção da causa subjacente será necessária para o tratamento da obstrução intestinal concomitante. O tratamento específico adequado, como apendicectomia, procedimento de Ladd para má rotação (lactentes), ressecção tumoral ou correção da hérnia, deve ser realizado.

Em pacientes com OID como resultado de estenose secundário à doença de Crohn, a dilatação com balão endoscópico e a dilatação assistida por enteroscopia de balão duplo são alternativas seguras e eficazes à cirurgia.[34][35][36]

Não há evidências de que o uso de contraste hidrossolúvel oral reduz a necessidade de intervenção cirúrgica nos pacientes com OID adesiva.[28][29]

Back
associado a – 

analgesia

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Deve-se proporcionar analgesia adequada a todos os pacientes. Isso pode ser prontamente obtido com administração intravenosa de morfina.

Opções primárias

sulfato de morfina: crianças: 0.1 mg/kg por via intravenosa a cada 3-4 horas quando necessário; adultos: 2.5 a 5 mg por via intravenosa a cada 3-4 horas quando necessário

Back
associado a – 

cirurgia

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Uma laparotomia ou laparoscopia exploratória deve ser realizada nos pacientes que não responderem após 48 a 72 horas de tratamento não cirúrgico, ou antes se houver sinais e sintomas de desenvolvimento de isquemia intestinal manifestada por dor abdominal persistente, leucocitose, agravamento dos níveis hidroaéreos na radiografia abdominal (ou demonstração de abdome sem gás), ou em lactente que chora de modo inconsolável com má rotação documentada.

Em pacientes com OID secundária a adesões e com necessidade de cirurgia, a adesiólise laparoscópica é mais favorável do que uma laparotomia aberta.[13] Revisões sistemáticas e metanálises demonstraram que a morbidade, a mortalidade, as taxas de infecção e a permanência hospitalar foram mais favoráveis no grupo laparoscópico, quando comparado com o da laparotomia aberta.[30][31][32] A adesiólise laparoscópica está associada a desfechos semelhantes em curto prazo (mortalidade pós-operatória, perfurações intestinais iatrogênicas, tempo de hospitalização pós-operatória, complicações pós-operatórias graves e re-hospitalização precoce) aos da cirurgia aberta.[33]

Back
associado a – 

profilaxia antibiótica pré-operatória

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os antibióticos de amplo espectro (por exemplo, cefazolina ou cefotetana associada a metronidazol) são indicados antes da cirurgia como profilaxia para evitar a infecção da ferida.[39]

Os antibióticos geralmente são administrados por até 24 horas após a cirurgia.

Opções primárias

cefazolina: crianças ≥1 ano de idade: 30 mg/kg por via intravenosa em dose única até 60 minutos antes da cirurgia, pode-se repetir a dose a cada 4 horas durante a cirurgia, máximo de 2000 mg/dose; adultos <120 kg de peso corporal: 2000 mg por via intravenosa em dose única até 60 minutos antes da cirurgia, pode-se repetir a dose a cada 4 horas durante a cirurgia; adultos ≥120 kg de peso corporal: 3000 mg por via intravenosa em dose única até 60 minutos antes da cirurgia, pode-se repetir a dose a cada 4 horas durante a cirurgia

ou

cefotetana: crianças ≥1 ano de idade: 40 mg/kg por via intravenosa em dose única até 60 minutos antes da cirurgia, pode-se repetir a dose a cada 6 horas durante a cirurgia, máximo de 2000 mg/dose; adultos: 2000 mg por via intravenosa em dose única até 60 minutos antes da cirurgia, pode-se repetir a dose a cada 6 horas durante a cirurgia

--E--

metronidazol: crianças ≥1 ano de idade: 15 mg/kg por via intravenosa em dose única até 60 minutos da cirurgia, máximo de 500 mg/dose; adultos: 500 mg por via intravenosa em dose única até 60 minutos antes da cirurgia

Back
associado a – 

correção de causa subjacente

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A correção da causa subjacente será necessária para o tratamento da obstrução intestinal concomitante. O tratamento específico adequado, como apendicectomia, procedimento de Ladd para má rotação (lactentes), ressecção tumoral ou correção da hérnia, deve ser realizado.

Back
Considerar – 

antieméticos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Para a OID parcial, antieméticos podem ser benéficos, mas somente se os aspirados nasogástricos forem mínimos.[27]

A metoclopramida é contraindicada em pacientes com obstrução intestinal.

Opções primárias

ondansetrona: 4 mg por via intravenosa a cada 8 horas quando necessário

back arrow

Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal