Considerações de urgência
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Acidente vascular cerebral (AVC) agudo
Os pacientes com AVC agudo necessitam de um exame de imagem cerebral urgente para distinguir entre AVC isquêmico, hemorragia intracerebral e hematoma subdural. A tomografia computadorizada (TC) sem contraste imediata descarta efetivamente uma hemorragia intracraniana, e pode detectar sinais de AVC isquêmico. A RNM também é efetiva para esse fim.[19]
O AVC isquêmico agudo requer tratamento urgente (por exemplo, trombólise intravenosa) ou terapia endovascular (por exemplo, trombectomia mecânica).[18][19][21][22] Às vezes, a melhora do fluxo sanguíneo para o tecido isquêmico ainda não infartado pode restaurar sua função tecidual e resultar na resolução da afasia, mesmo muitas horas ou dias depois do início do AVC.[30] A hipoglicemia pode mimetizar um AVC agudo; portanto, o nível glicêmico deve ser testado em todos os pacientes.[19][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Imagem ponderada por difusão (parte superior esquerda) e imagem ponderada por perfusão (parte superior direita) no dia 1 do acidente vascular cerebral (AVC); a seta aponta para a área de hipoperfusão (azul). O painel inferior mostra as imagens correspondentes no dia 2Do acervo de Dr. Argye E. Hillis; usado com permissão [Citation ends].
Hemorragia intracerebral
Deve ser reconhecida imediatamente para evitar o aumento da pressão intracraniana e uma possível hérnia que pode ocorrer nas horas ou dias seguintes. O estado neurológico do paciente deve ser monitorado rigorosamente quanto a quaisquer sinais de deterioração. A pressão arterial (PA) é frequentemente elevada à apresentação.
A European Stroke Organization recomenda que, nos pacientes com hemorragia intracerebral hiperaguda (<6 horas), a PA sistólica deve ser reduzida para menos de 140 mmHg (e mantida acima de 110 mmHg) para reduzir a expansão do hematoma.[36]
Nos pacientes com hemorragia intracerebral espontânea de gravidade leve a moderada apresentando PA sistólica entre 150 mmHg e 220 mmHg, as diretrizes da American Heart Association (AHA)/American Stroke Association (ASA) recomendam a redução da PA sistólica para uma meta de 140 mmHg, com o objetivo de mantê-la na faixa de 130 mmHg a 150 mmHg.[37]
Se o nível de consciência do paciente se deteriorar, deve-se considerar a intubação traqueal para proteção das vias aéreas.
Hemorragia subaracnoide
Requer pesquisa imediata de um aneurisma, e tratamento se indicado. Também prevenção ou tratamento de vasoespasmo. A pressão arterial deve ser cuidadosamente controlada para equilibrar o risco de sangramento relacionado à hipertensão com a manutenção da pressão de perfusão cerebral.
Encefalite herpética
Deve ser reconhecida imediatamente para limitar a extensão do dano cerebral permanente. Qualquer afasia fluente de início rápido acompanhada por febre, rigidez de nuca e/ou náuseas e vômitos deve ser tratada como encefalite herpética com aciclovir intravenoso, até prova em contrário. Depois do início do tratamento, realiza-se uma punção lombar para diferenciar a encefalite herpética da hemorragia subaracnoide ou de outras causas infecciosas (por exemplo, doença de Lyme, vírus do Nilo Ocidental, toxoplasmose), as quais exigem outros tratamentos.
Encefalopatia de Wernicke
A encefalopatia de Wernicke, causada pela deficiência de tiamina, frequentemente causa confabulação de início relativamente agudo, que pode soar muito semelhantemente à afasia. Entretanto, ela geralmente é acompanhada por oftalmoplegia, nistagmo e ataxia. Deve-se administrar tiamina intravenosa antes da glicose em caso de suspeita de deficiência de tiamina (por exemplo, em alcoólatras ou na presença de qualquer sintoma associado à demência de Korsakoff) para evitar lesão permanente aos corpos mamilares.
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