Considerações de urgência
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Parada cardíaca e instabilidade hemodinâmica: cardioversão urgente
Os pacientes que sofrem com parada cardíaca devido a fibrilação ventricular, taquicardia ventricular (TV) polimórfica ou TV rápida requerem ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e desfibrilação imediata.[46] Nessa situação, a chance de sobreviver à parada cardíaca diminui em cerca de 7% a 10% para cada 1 minuto de atraso na desfibrilação.[47][48][49]
Frequentemente, a fibrilação atrial com pré-excitação ventricular requer cardioversão imediata, devido ao risco da arritmia degenerar em fibrilação ventricular. A anticoagulação em longo prazo deve ser considerada com base no risco tromboembólico.[5]
Em qualquer situação onde a taquicardia (independente do mecanismo) é a causa de instabilidade hemodinâmica, angina, síncope ou insuficiência cardíaca descompensada, a prioridade deve ser o encerramento rápido da arritmia. Em muitos casos (fibrilação atrial com resposta ventricular rápida, taquicardia supraventricular, TV), a cardioversão elétrica é a forma mais eficiente e confiável de alcançar o ritmo sinusal. É útil obter um traçado eletrocardiográfico durante e imediatamente após a cardioversão no caso de reiniciação do ritmo.[47][48]
Taquicardia regular de complexo largo ou regular de complexo estreito com estabilidade hemodinâmica: administração de adenosina
Em pacientes estáveis, com taquicardia com complexo QRS regular, estreito ou largo, a administração de adenosina é uma intervenção terapêutica e pode fornecer informações diagnósticas úteis.[14]
A adenosina deve ser administrada em um ambiente rigorosamente monitorado, com o paciente posicionado em decúbito dorsal e com monitoramento hemodinâmico e por eletrocardiograma (ECG) contínuo.
A adenosina é metabolizada rapidamente pelos eritrócitos e deve, portanto, ser administrada rapidamente em bolus para ser efetiva.
A adenosina retarda transitoriamente o nó sinusal ou a taquicardia atrial e diminui ou bloqueia transitoriamente a condução no nó atrioventricular (AV). Dependendo do mecanismo da arritmia, a adenosina pode desmascarar o ritmo subjacente (flutter atrial, taquicardia atrial) ou pode interromper arritmias dependentes do nó AV (taquicardia por reentrada no nó atrioventricular, taquicardia reciprocante atrioventricular).
Deve-se ter cuidado com a presença de fibrilação atrial e uma possível via de condução acessória, pois a adenosina pode precipitar a condução rápida e preferencial do trato acessório e a degeneração para fibrilação ventricular.
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