Considerações de urgência

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Hipocalcemia

A má absorção pode causar deficiência de vitamina D, que por sua vez causa hipocalcemia. Quando a concentração total de cálcio sérico cair abaixo de 1.9 mmol/L (7.5 mg/dL), os pacientes podem desenvolver tetania, parestesias, convulsões e arritmias cardíacas.[26]​ Esses pacientes precisam de correção urgente com cálcio intravenoso. O gluconato de cálcio é preferível ao cloreto de cálcio, pois ele causa menos necrose do tecido se extravasamento ocorrer. Os primeiros 100-200 mg de cálcio elementar devem ser administrados ao longo de 10-20 minutos.[26]​ Uma administração mais rápida pode resultar em disfunção cardíaca, até em uma parada. Isso deve ser seguido por uma infusão lenta de cálcio. A infusão de cálcio deve ser continuada até que o paciente esteja recebendo doses efetivas de cálcio e vitamina D por via oral.

Hipocalemia

Uma diarreia prolongada pode causar perda de potássio pelo intestino. Quando a concentração plasmática cair para menos de 3.0 mmol/L (3.0 mEq/L), os pacientes podem apresentar fraqueza muscular, cãibras musculares e arritmias cardíacas. É necessária a reposição de potássio com urgência em pacientes com hipocalemia intensa (potássio sérico <2.5 mmol/L [<2.5 mEq/L]) ou em pacientes que sejam sintomáticos.[27]​ São necessárias precauções adicionais ao fazer a reposição de potássio em pacientes com uma doença ou terapia concomitantes (como durante uma terapia diurética para insuficiência cardíaca ou insulinoterapia para cetoacidose diabética [CAD] ou estado hiperosmolar hiperglicêmico [EHH]).

A reposição de potássio é realizada mais facilmente por via oral, mesmo em pessoas com hipocalemia grave. Pacientes incapazes de tolerar a ingestão oral e aqueles com CAD ou EHH precisarão de reposição intravenosa de potássio. A concentração de potássio sérico é monitorada com frequência durante a reposição para evitar a hipercalemia. Também é essencial o monitoramento cuidadoso dos efeitos fisiológicos da hipocalemia grave (anormalidades eletrocardiográficas com monitoramento cardíaco contínuo, fraqueza muscular ou paralisia). A deficiência de magnésio concomitante também deve ser corrigida, para aumentar a absorção de potássio e reduzir mais perdas.[28]

Coagulopatia

A esteatorreia pode raramente causar deficiência de vitamina K, que é necessária para a função normal da coagulação. O nível inicial de protrombina deve ser verificado nos pacientes com esteatorreia para que seja avaliado esse nível. Se houver evidência de sangramento significativo, deve ser administrada vitamina K intravenosa. Pode ser usada vitamina K por via oral em pacientes com sangramentos menores.

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