História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os aspectos principais incluem condições que possam causar a deficiência de ferro (por exemplo, doença renal em estágio terminal, má absorção), gestação, história familiar positiva, uso de alguns medicamentos (por exemplo, antidepressivos, anti-histamínicos e metoclopramida; a bupropiona é uma exceção e não foi demonstrado ela que aumente os sintomas da SPI) e sexo feminino.

desejo de movimentar as pernas

Geralmente, mas nem sempre, acompanhada de sensações desconfortáveis e desagradáveis nas pernas (disestesias). Começa ou se agrava durante períodos de repouso ou inatividade, como permanecer nas posições deitada ou sentada.[1]

disestesias

Os pacientes geralmente se queixam de sensações desagradáveis que são mal caracterizadas, mas podem ser descritas como sensação de rastejamento, engatinhamento, parestesia, cãibras ou dor nos membros.[1][22]

sintomas no final do dia ou noturnos

Os sintomas geralmente pioram no fim do dia, frequentemente nas horas que precedem o sono. Nos casos mais graves, os sintomas podem ocorrer à tarde ou pela manhã.[1][22]

fatores de alívio (movimento, alongamento, massagem)

Os sintomas diminuem, mesmo que momentaneamente, com movimento, alongamento ou massagem.[1][22]

localização nos membros inferiores, menos comumente nos membros superiores e tronco

Os membros inferiores são principalmente afetados, porém nos casos mais graves, o tronco ou os membros superiores também podem ser afetados.[1][22]

Outros fatores diagnósticos

comuns

uso de bebidas alcoólicas

Pode piorar sintomas, principalmente perto da hora de dormir.[23]

consumo de cafeína

Pode piorar os sintomas.[23]

Fatores de risco

Fortes

afecções associadas à deficiência de ferro

Os baixos depósitos de ferro circulante (por exemplo, na doença renal em estágio terminal, desnutrição, má absorção ou sangramento oculto) são identificados em algumas pessoas com sintomas de síndrome das pernas inquietas (SPI) e revertidos com a suplementação de ferro.[22]

gestação

Pode aumentar o volume sanguíneo circulante total e reduzir a concentração de ferro, que inicia temporária ou permanentemente os sintomas de SPI.[17] A SPI transitória durante a gravidez confere um risco aproximadamente quatro vezes maior de desenvolver SPI crônica.[6]

história familiar de SPI

A SPI primária ocorre, muitas vezes, em um padrão familiar com forte penetrância; acredita-se também que siga uma herança autossômica dominante em muitas famílias.[4] No entanto, estudos de ligação e de genoma sugerem um padrão mais complexo. Vários loci de genes diferentes foram associados à SPI, mas nenhuma mutação genética específica foi identificada.[5] Os pacientes com SPI familiar apresentam um início mais precoce da doença em comparação com aqueles com SPI esporádica.[6]

uso de antidepressivos, anti-histamínicos e metoclopramida

Antidepressivos (exceto bupropiona), anti-histamínicos sedativos, agentes neurolépticos e antieméticos bloqueadores da dopamina, como a metoclopramida, podem causar ou agravar a SPI.[23]

sexo feminino

A prevalência da SPI é mais alta nas mulheres que nos homens.[6] Acredita-se que isso se deva predominantemente à maior prevalência de SPI na gestação.[12]

Fracos

envelhecimento

Estudos mostraram que a prevalência da SPI aumenta constantemente com a idade até os 65 anos para homens e mulheres que vivem na América do Norte ou na Europa: a prevalência parece dobrar a cada 20 anos e atingir a intensidade máxima por volta dos 65 anos. Estudos em pacientes asiáticos mostram uma dependência da idade menos proeminente.[6]

obesidade

A obesidade tem sido associada a uma maior probabilidade de se ter SPI em muitos estudos. No entanto, outros estudos não mostraram nenhuma associação.[6]

diabetes mellitus

Estudos demonstraram uma prevalência aumentada de SPI em pacientes com diabetes do tipo 1, do tipo 2 e gestacional.[20]

Doença de Parkinson

A SPI parece ser mais comum nos pacientes com doença de Parkinson.[24] Isso pode ser devido a níveis reduzidos de ferritina sérica, mas estudos adicionais são necessários para explorar isso.[25]

esclerose múltipla

Uma revisão sistemática revelou que as chances de SPI entre pacientes com esclerose múltipla (EM) são quatro vezes maiores em comparação com pessoas sem EM.[18]

neuropatia periférica

Acredita-se que a SPI seja mais comum em pacientes com neuropatia periférica, com estimativas de prevalência variando de 5.2% a 53.7%.[20]

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