Como as variantes de miliária são devidas à sudorese excessiva, frequentemente em um ambiente quente/úmido, o tratamento mais efetivo é o controle da temperatura e umidade do ambiente onde o paciente se encontra, a fim de se reduzir a sudorese.[1]Wenzel FG, Horn TD. Nonneoplastic disorders of the eccrine glands. J Am Acad Dermatol. 1998 Jan;38(1):1-17; quiz 18-20.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9448199?tool=bestpractice.com
Em geral, o único tratamento e a única prevenção efetivos consistem em evitar o aumento da sudorese.[7]Haas N, Henz BM, Weigel H. Congenital miliaria crystallina. J Am Acad Dermatol. 2002 Nov;47(suppl 5):S270-2.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12399748?tool=bestpractice.com
Ambiente fresco e cuidados de suporte
Nos casos de miliária cristalina, algumas horas em um ambiente fresco geralmente traz alívio rápido.[10]Haas N, Martens F, Henz BM. Miliaria crystallina in an intensive care setting. Clin Exp Dermatol. 2004 Jan;29(1):32-4.
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No entanto, o tratamento completo da miliária profunda pode requerer que o paciente evite exposição ao calor por semanas a meses.[39]Lobitz WC Jr, Dobson L. Miliaria. Arch Environ Health. 1965 Oct;11(4):460-4.
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Banhos terapêuticos frios, com a adição de aveia coloidal, podem ser um adjuvante útil para acalmar a pele.[38]James WD, Berger TG, Elston DM. Andrews' diseases of the skin clinical dermatology. 11th ed. Elsevier Inc., 2006. O uso de ventiladores pode ser uma medida adjuvante útil, especialmente em pacientes com miliária cristalina induzida por febre.
Foi comprovado que diversos tratamentos dão suporte ao alívio dos sintomas, evitando sudorese excessiva e maceração induzida por suor. Todos os pacientes devem ser aconselhados a lavar a pele regularmente para remover sal e bactérias, principalmente em um ambiente quente/úmido.[4]Kirk JF, Wilson BB, Chun W, et al. Miliaria profunda. J Am Acad Dermatol. 1996 Nov;35(5 Pt 2):854-6.
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Talco de amido e outros talcos absorventes também podem ser usados para absorver o suor e reduzir a umidade a fim de evitar a formação de miliária.[38]James WD, Berger TG, Elston DM. Andrews' diseases of the skin clinical dermatology. 11th ed. Elsevier Inc., 2006. Pomadas hidratantes como lanolina anidra podem evitar e tratar a miliária por facilitarem o fluxo normal do suor.[40]Stillman MA, Hindson TC, Maibach HI. The effect of pretreatment of skin on artificially induced miliaria rubra and hypohidrosis. Br J Dermatol. 1971 Feb;84(2):110-6.
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[41]Shelley WB, Horvath PN, Pillsbury DM. Anhidrosis: an etiologic interpretation. Medicine (Baltimore). 1950 Sep;29(3):195-224.
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[42]O'Brien JP. Aetiology of poral closure. J Invest Dermatol. 1950 Aug;15(2):95-101.
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[43]Simon NS, Fullen DR, Helfrich YR. Goosefleshlike lesions and hypohidrosis. Arch Dermatol. 2007 Oct;143(10):1323-8.
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Foi relatado que o ácido ascórbico oral é efetivo na prevenção e no tratamento de miliária.[44]Hindson TC, Worsley DE. The effects of administration of ascorbic acid in experimentally induced miliaria and hypohidrosis in volunteers. Br J Dermatol. 1969;81:226-7.
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Antipiréticos podem ser usados para baixar a temperatura de pacientes febris.[45]Khosla R, Guntupalli KK. Heat-related illnesses. Crit Care Clin. 1999 Apr;15(2):251-63.
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Terapia antibacteriana
Devido ao possível papel causativo do Staphylococcus epidermidis em todas as formas de miliária, antibacterianos tópicos e sistêmicos devem ser considerados, especialmente como profilaxia.[18]Holzle E, Kligman AM. The pathogenesis of miliaria rubra. Role of the resident microflora. Br J Dermatol. 1978 Aug;99(2):117-37.
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[43]Simon NS, Fullen DR, Helfrich YR. Goosefleshlike lesions and hypohidrosis. Arch Dermatol. 2007 Oct;143(10):1323-8.
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Antibacterianos orais e sistêmicos têm se mostrado efetivos na prevenção de miliária experimentalmente induzida, embora sua utilidade no tratamento de miliária estabelecida esteja menos clara.[1]Wenzel FG, Horn TD. Nonneoplastic disorders of the eccrine glands. J Am Acad Dermatol. 1998 Jan;38(1):1-17; quiz 18-20.
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[18]Holzle E, Kligman AM. The pathogenesis of miliaria rubra. Role of the resident microflora. Br J Dermatol. 1978 Aug;99(2):117-37.
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[39]Lobitz WC Jr, Dobson L. Miliaria. Arch Environ Health. 1965 Oct;11(4):460-4.
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[40]Stillman MA, Hindson TC, Maibach HI. The effect of pretreatment of skin on artificially induced miliaria rubra and hypohidrosis. Br J Dermatol. 1971 Feb;84(2):110-6.
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Tratamento tópico, como a clorexidina, pode ser incluído no esquema de cuidados de suporte.
Antipruriginosos
O prurido é um sintoma comum de miliária, especialmente miliária rubra, e deve ser tratado quando necessário. Loções que contêm mentol e pramoxina reduzem os sintomas de prurido em pacientes com miliária pela depressão dos receptores sensitivos cutâneos.[46]Hercogova J. Topical anti-itch therapy. Dermatologic Ther. 2005 Jul-Aug;18(4):341-3.
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[47]Yosipovitch G, Maibach HI. Effects of topical pramoxine on experimentally induced pruritus in humans. J Am Acad Dermatol. 1997 Aug;37(2 Pt 1):278-80.
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A loção de calamina também é efetiva, provavelmente porque contém óxido de zinco, que pode ter um efeito de ressecamento. Para casos mais graves, ou quando os tratamentos de primeira linha não forem efetivos, um corticosteroide tópico de potência média pode ser utilizado.[48]Lebwohol MG, Heymann WR, Berth-Jones J, et al. Treatment of skin disease comprehensive therapeutic strategies. 2nd ed. St Louis, MO: Mosby; 2006.
Isotretinoína
Embora o uso de isotretinoína tenha sido associado à formação de miliária cristalina, um ciclo curto pode ser efetivo no tratamento de miliária profunda.[4]Kirk JF, Wilson BB, Chun W, et al. Miliaria profunda. J Am Acad Dermatol. 1996 Nov;35(5 Pt 2):854-6.
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[23]Gupta AK, Ellis CN, Madison KC, et al. Miliaria crystallina occurring in a patient treated with isotretinoin. Cutis. 1986 Oct;38(4):275-6.
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[43]Simon NS, Fullen DR, Helfrich YR. Goosefleshlike lesions and hypohidrosis. Arch Dermatol. 2007 Oct;143(10):1323-8.
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