História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os principais fatores de risco incluem sudorese profusa, calor e umidade excessivos, roupas oclusivas, doença febril, episódios repetidos de miliária rubra e exposição à luz ultravioleta.
vesículas e pápulas não foliculares (todos os tipos)
Sinal inespecífico. No entanto, todas as formas de miliária são associadas a lesões não foliculares, pois a doença envolve o ducto écrino e não o folículo piloso.[1]
erupção assintomática (cristalina)
A erupção vesicular de miliária cristalina é assintomática.[1]
vesículas transparentes não inflamatórias (cristalina)
A miliária cristalina está associada a vesículas transparentes não inflamatórias.[1][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Miliária cristalina em paciente febril hospitalizadoDo acervo de Brian L. Swick, usado com permissão [Citation ends].
vesículas frágeis (cristalina)
A miliária cristalina está associada a vesículas frágeis que normalmente se rompem com um leve atrito e liberam um líquido transparente.[1]
prurido paroxístico e ardor (rubra)
papulovesículas eritematosas (rubra)
Sinal inespecífico. No entanto, ao contrário da miliária cristalina e da miliária profunda, a miliária rubra está associada a eritema.[1][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Miliária rubraDo acervo de Brian L. Swick, usado com permissão [Citation ends].
anidrose (profunda)
Um sintoma importante de miliária profunda é anidrose profunda nas áreas de envolvimento.[1] Isso pode ser grave o suficiente para induzir uma exaustão por calor, também denominada astenia anidrótica tropical.[1][27] A miliária rubra também pode ser associada à anidrose episódica das áreas afetadas.[1][2] No entanto, esses episódios tendem a ser menos graves que os associados à miliária profunda.[1]
hiperidrose compensatória (profunda)
A miliária profunda é frequentemente associada à hiperidrose compensatória de rosto, axilas, mãos e pés.[1]
pápulas cor da pele (profunda)
Sinal inespecífico. No entanto, a miliária profunda está associada a pápulas profundas.[1]
Outros fatores diagnósticos
comuns
cicatrização descamativa (cristalina)
A miliária cristalina é resolvida com descamação "farelenta".[1]
Incomuns
fraqueza e mal-estar (profunda)
A exaustão por calor (astenia anidrótica tropical) na miliária profunda está associada a fraqueza e mal-estar.
dispneia (profunda)
A exaustão por calor (astenia anidrótica tropical) na miliária profunda está associada à dispneia.[1]
taquicardia (profunda)
A exaustão por calor (astenia anidrótica tropical) na miliária profunda está associada à taquicardia.[1]
hiperpirexia (profunda)
A exaustão por calor (astenia anidrótica tropical) na miliária profunda está associada à hiperpirexia.[1]
Fatores de risco
Fortes
sudorese profusa
O fator patogênico primário em todas as formas de miliária é a sudorese excessiva que causa hiper-hidratação da camada córnea que, por sua vez, causa ruptura do ducto acrossiríngeo.[16] Além disso, a sudorese excessiva aumenta a concentração de cloreto de sódio na epiderme, causando também maceração da camada córnea e ruptura do ducto acrossiríngeo.[16]
A pele macerada pela sudorese excessiva contém maior número de Staphylococcus epidermidis, o que pode contribuir para a formação de miliária pela produção de uma substância polissacarídica que pode obstruir o ducto acrossiríngeo.[18][19]
Associações comuns com miliária.
calor e umidade excessivos
Sudorese profusa induzida por calor e umidade excessivos causa miliária.
Associações comuns com miliária.
roupas oclusivas
doença febril
Sudorese profusa induzida por uma doença febril causa miliária.
Associação comum especialmente em pacientes hospitalizados.
episódios repetidos de miliária rubra (para miliária profunda)
exposição à luz ultravioleta
A queimadura solar desempenha um papel importante em um subgrupo de miliária cristalina por induzir ruptura do ducto acrossiríngeo ao nível da camada córnea.
As células epidérmicas expostas à radiação ultravioleta são extrudadas e comprimidas entre corneócitos novos e antigos na camada córnea. Essas células permitem a deiscência do ducto acrossiríngeo intracorneano e a ocorrência de sudorese abundante permite o acúmulo de suor para a formação da miliária.[16]
Fracos
idade neonatal
Em lactentes, a ocorrência de miliária cristalina é de 4.5%, enquanto a de miliária rubra é de 4% a 9%.[5][11]
Os mecanismos que explicam a ocorrência de miliária cristalina em neonatos incluem: a) presença de ductos sudoríparos imaturos durante as 2 primeiras semanas de vida; b) febre materna em casos específicos; c) ambiente oclusivo úmido criado pelo líquido amniótico e pelo vérnix.[3][6]
medicamentos colinérgicos
As glândulas écrinas são inervadas por fibras simpáticas que liberam acetilcolina para provocar a sudorese. Portanto, os medicamentos colinérgicos aumentam a sudorese e, em alguns casos, têm sido associados à produção de miliária. O betanecol, um medicamento colinérgico que pode induzir a sudorese, foi associado à miliária cristalina.[22]
isotretinoína
Alterações na camada córnea podem resultar em ruptura do ducto acrossiríngeo e formação de miliária. Isotretinoína, um derivado da vitamina A que altera a diferenciação dos ceratinócitos, foi associada à formação de miliária cristalina.[23]
doxorrubicina
síndrome da pele escaldada estafilocócica
dermatite atópica
Miliária rubra foi relatada em pacientes com dermatite atópica subjacente. No entanto, essa associação é fraca, pois os indivíduos descritos no relato de caso estavam concomitantemente expostos a condições tropicais quentes e úmidas enquanto trabalhavam em uma mina na Austrália.[26]
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