Investigações
Primeiras investigações a serem solicitadas
microscopia das fezes
Exame
Não tão sensível ou específica quanto outros exames, mas ainda usada clinicamente para confirmar infecção intestinal amebiana.[1][2][3][4][5]
A microscopia das fezes baseia-se na observação de cistos e trofozoítos nas fezes, raspagens, aspirados e amostras de tecido do cólon.[23] Ela não é específica para o diagnóstico de amebíase, já que os cistos e os trofozoítos da E histolytica são indistinguíveis dos cistos e trofozoítos da E dispar, da E moshkovskii e da E bangladeshi. Embora careça de especificidade, a microscopia das fezes tem a vantagem de estar prontamente disponível e pode demonstrar outras causas infecciosas. A presença de trofozoítos eritrofagocíticos é altamente sugestiva de infecção por E histolytica.
As diretrizes do Reino Unido recomendam que amostras fecais positivas na microscopia para Entamoeba spp. sejam enviadas para teste de reação em cadeia da polimerase confirmatório.[23]
Resultado
identificação da Entamoeba nas fezes
reação em cadeia da polimerase (PCR) ou PCR quantitativa (qPCR) das fezes ou pus do abscesso hepático para ácido desoxirribonucleico (DNA) de E histolytica
Exame
Quando disponível, a reação em cadeia da polimerase é agora o método de escolha para o diagnóstico da E histolytica.[9][23] No entanto, os protocolos (extração de DNA e conjuntos de primers e sondas) não são fixos, e apenas alguns institutos podem fornecer resultados confiáveis. Além disso, o custo é uma barreira à sua utilização como teste de rotina em muitas áreas endêmicas, o que significa que o diagnóstico laboratorial em muitos países ainda depende da detecção de antígenos ou da microscopia para ovos e parasitas. A reação em cadeia da polimerase e o teste de reação em cadeia da polimerase quantitativa em tempo real (qPCR) das fezes são altamente sensíveis e específicos para a detecção da E histolytica.[24] A reação em cadeia da polimerase quantitativa (qPCR) em tempo real é mais sensível que a reação em cadeia da polimerase tradicional.[24] Amostras fecais positivas na microscopia para E histolytica/dispar devem ser enviadas para teste de reação em cadeia da polimerase confirmatório.[23] Os abscessos hepáticos devem ser aspirados para determinação da etiologia. O pus deve ser analisado por reação em cadeia da polimerase ou reação em cadeia da polimerase quantitativa, para identificar se a causa da infecção é amebiana, devendo-se realizar sua cultura para determinar se é piogênico.[1][2]
Resultado
amplificação do DNA amebiano
detecção do antígeno nas fezes
Exame
O teste do antígeno em amostras fecais é uma alternativa à reação em cadeia da polimerase. Os testes de antígeno têm sido bem estudados e apresentam diversas vantagens, inclusive sua simplicidade técnica, custo relativamente baixo e resposta rápida.[23] Apenas os testes Cellabs Entamoeba CELISA Path, o TechLab II para Entamoeba histolytica ou o TechLab Histological Quik Chek identificam de modo específico a E histolytica; outros testes de detecção de antígeno detectam o complexo de espécies E histolytica-E dispar-E moshkovskii.[25]
Resultado
positivo para o antígeno do parasita
teste de anticorpo sérico
Exame
Em pacientes com suspeita de doença amebiana, especialmente possível abscesso hepático sem infecção intestinal concomitante (quando for improvável que haja parasitas detectáveis nas fezes), o teste de anticorpos séricos para E histolytica pode ser um complemento diagnóstico útil.[2][25] Os testes para anticorpos têm sensibilidade de, aproximadamente, 90% para abscesso hepático amebiano e 70% para colite amebiana.[2] Entretanto, um grande problema dos testes sorológicos é que o paciente continua com resultados positivos durante anos após um episódio de amebíase; em consequência disso, um número substancial (10% a 35%) de residentes de países em desenvolvimento tem anticorpos contra amebas. Portanto, a sorologia negativa é útil para exclusão da doença, mas a sorologia positiva não consegue distinguir entre infecção aguda e infecção prévia.[2]
Resultado
positivo para anticorpos antiamebianos
Investigações a serem consideradas
colonoscopia
Exame
Pode ser útil se a suspeita clínica for alta e os exames de detecção de antígeno forem negativos.[2] As amostras para biópsia devem ser coletadas da borda de uma úlcera. A histologia pode mostrar trofozoítos, mas a sensibilidade do diagnóstico histopatológico de amostras para biópsia obtidas por colonoscopia é baixa (45.5%).[26] A endocitoscopia pode permitir a visualização em tempo real das amebas na mucosa do cólon de pacientes com colite.[27][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Ulcerações amebianas do cólon: úlceras colônicas variando de 1 mm a 2 mm de diâmetro na patologia macroscópicaReproduzido de New England Journal of Medicine (2003); usado com permissão [Citation ends].
Resultado
mucosa granular, friável e difusamente ulcerada
ultrassonografia do fígado
radiografia torácica
Exame
Realizada se há achados clínicos sugestivos de derrame e presença de abscesso hepático.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Radiografia torácica posteroanterior e perfil de um paciente com abscesso hepático amebiano: os achados da radiografia torácica incluem elevação da cúpula diafragmática direita e evidências de atelectasiaReproduzido de New England Journal of Medicine (2003); usado com permissão [Citation ends].
Resultado
elevação da cúpula diafragmática direita ou derrame pleural à direita
tomografia computadorizada (TC) do fígado/tórax/crânio
Exame
Impossível distinguir de um abscesso piogênico.[2][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Abscesso cerebral de Entamoeba histolyticaReproduzido de Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene (2007); usado com permissão [Citation ends].
Resultado
lesão redonda, bem definida e de baixa atenuação; a parede costuma intensificar-se com o contraste; derrame pleural
ressonância nuclear magnética (RNM) cranioencefálica
Exame
Necessária se houver sintomas neurológicos.
Resultado
lesão (ou lesões) com efeito de massa
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal