Diagnósticos diferenciais

comuns

Fratura craniana (exceto da base do crânio)

História

história de impacto direto de alta velocidade no crânio, queda de altura ou lesão relacionada a acidente com veículo automotor

Exame físico

evidências de hematoma no couro cabeludo, crepitação, laceração ou deformidade óssea; a Escala de coma de Glasgow e as deficiências focais variam, dependendo da lesão intracraniana subjacente

Primeira investigação
  • tomografia computadorizada (TC) de crânio (sem contraste):

    detectará a maioria das fraturas cranianas por meio das janelas ósseas e a maioria das lesões subjacentes por meio das janelas cerebrais; em comparação com uma sutura, a fratura tende a ser mais larga no centro e mais estreita nas extremidades, ter mais de 3 mm de largura e percorrer linhas retas com ângulos; uma fratura pode ser linear ou cominutiva e pode apresentar afundamento através da tábua interna

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Outras investigações
  • radiografia do crânio:

    fratura craniana

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Fratura da base do crânio

História

história de impacto de alta velocidade à parte traseira do crânio; pode ocorrer drenagem de fluido claro ou de sangue do nariz ou orelhas; pode ocorrer dormência facial, vertigem ou deficiências auditivas

Exame físico

equimoses pós-auriculares ou periorbitais, rinorreia ou otorreia liquórica, hemotímpano, deficit dos nervos cranianos VII e VIII

Primeira investigação
  • tomografia computadorizada (TC) de crânio (sem contraste):

    detectará a maioria das fraturas cranianas por meio das janelas ósseas e a maioria das lesões subjacentes por meio das janelas cerebrais

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Outras investigações
  • teste para ocorrência de extravasamento do líquido cefalorraquidiano na secreção sanguinolenta, medição da beta-transferrina:

    beta-transferrina positiva

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  • teste para ocorrência de extravasamento do LCR na secreção nasal, medição da glicose:

    glicose positiva

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Contusão cerebral

História

história de impacto direto ou de aceleração/desaceleração, tipicamente decorrente de queda ou de lesão relacionada a acidente com veículo automotor; pode ter história de perda da consciência

Exame físico

pode ocorrer trauma do couro cabeludo; dependendo da gravidade; o escore na escala de coma de Glasgow pode ser normal ou diminuída; se for grave, podem ocorrer deficits focais, convulsões ou sinais de pressão intracraniana elevada

Primeira investigação
  • tomografia computadorizada (TC) de crânio (sem contraste):

    lesões parenquimais simples ou múltiplas; contusões comumente encontradas nos polos frontal e temporal; aproximadamente a metade é hemorrágica: foco de hiperdensidade, cercado por uma área hipodensa representativa de edema; as lesões não hemorrágicas podem ser de difícil visualização na TC inicial

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Outras investigações
  • ressonância nuclear magnética (RNM) do crânio:

    contusões hemorrágicas são hiperdensas nas imagens ponderadas em T1 e hipodensas nas imagens ponderadas em T2; lesões não hemorrágicas são hipodensas nas imagens ponderadas em T1 e hiperdensas nas imagens ponderadas em T2

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Hemorragia intracerebral

História

história de impacto direto ou de rápida aceleração/desaceleração, tipicamente decorrente de queda ou de lesão relacionada a acidente com veículo automotor; as testemunhas podem relatar período de lucidez, seguido por estado mental alterado progressivo

Exame físico

evidências de trauma no couro cabeludo são comuns; podem ocorrer convulsões ou deficits neurológicos focais relacionados à área da hemorragia; evidências de pressão intracraniana elevada e hérnia: estado mental alterado, irregularidade pupilar, extensão à dor, irregularidade respiratória, papiledema, hemorragia no fundo do olho

Primeira investigação
  • tomografia computadorizada (TC) de crânio (sem contraste):

    área hiperdensa de hemorragia, cercada por uma área hipodensa de edema

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Outras investigações
  • ressonância nuclear magnética (RNM) do crânio:

    a hemorragia aguda é hiperdensa em imagens ponderadas em T1 e hipodensa em imagens ponderadas em T2

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Hematoma subdural

História

história de impacto direto ou de rápida aceleração/desaceleração decorrente de queda ou lesão relacionada a acidente com veículo automotor; risco aumentado nos pacientes com diátese hemorrágica, medicamentos anticoagulantes, abuso de álcool; uma história de queda é mais comum nos pacientes com atrofia cerebral significativa

Exame físico

pode ocorrer trauma do couro cabeludo; podem se desenvolver deficiências focais, estado mental alterado, dependendo do tamanho da lesão; pode haver sinais de pressão intracraniana elevada à medida que o tamanho do hematoma aumenta

Primeira investigação
  • tomografia computadorizada (TC) de crânio (sem contraste):

    caracteristicamente em formato de lua crescente; o sangue não cruza a linha média; na ocorrência de sangramento agudo, áreas de hematoma hipodensas e hiperdensas produzem uma aparência de redemoinho

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Outras investigações
  • ressonância nuclear magnética (RNM) do crânio:

    na RNM ponderada em T1, aparecerá como hipointenso ou isointenso agudamente; a imagem ponderada em T2 mostrará o HSD como hiperintenso nas primeiras horas, evoluindo para uma hipointensidade durante a semana seguinte

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Hematoma epidural

História

história de impacto direto, o paciente pode ter apresentado um intervalo de lucidez e, em seguida, a deterioração progressiva na escala de coma de Glasgow

Exame físico

comumente, trauma no couro cabeludo sobre o osso temporal; deficiências neurológicas focais e estado mental alterado progressivo

Primeira investigação
  • tomografia computadorizada (TC) de crânio (sem contraste):

    lesão extra-axial hiperdensa com margens lisas à TC; aparência lentiforme, com formato biconvexo à medida que o sangue exerce pressão sobre a superfície do cérebro; o sangue não cruza as linhas das suturas; áreas com aparência de redemoinho de densidade variável indicam sangramento ativo

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Outras investigações
  • ressonância nuclear magnética (RNM) de crânio:

    pode ajudar na visualização de pequena HED; intensidade de sinal similar à observada com hematoma subdural

Hemorragia intraventricular

História

história de impacto direto ou de rápida aceleração/desaceleração decorrente de queda ou de lesão relacionada a acidente com veículo automotor; dependendo do grau de hidrocefalia, o paciente pode apresentar cefaleia, vômitos e ataxia ou evoluir para estado mental alterado

Exame físico

os sinais são decorrentes de hidrocefalia obstrutiva secundária e pressão intracraniana elevada: papiledema, hemorragia no fundo do olho, diminuição da consciência; os sinais de herniação incluem dilatação pupilar, ptose bilateral, comprometimento da supraversão do olhar, extensão à dor e irregularidade respiratória

Primeira investigação
  • tomografia computadorizada (TC) de crânio (sem contraste):

    o sangue nos ventrículos aparecerá hiperdenso, comumente observado nos ventrículos laterais; frequentemente, outra patologia associada; pode ser observada hidrocefalia

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Outras investigações

    Hemorragia subaracnoide traumática

    História

    história de impacto direto ou de rápida aceleração/desaceleração, podendo ocorrer em virtude de uma queda, mas deve ser descartada HSA aneurismática; a HSA aneurismática é mais provável em caso de história de início súbito de cefaleia, sintomas meníngeos, náuseas; e pode ser leve, com sintomas mínimos, ou grave, com sintomas de pressão intracraniana elevada: estado mental alterado, diminuição da consciência

    Exame físico

    pode ser leve com sinais mínimos ou grave, com sinais de PIC elevada: papiledema, hemorragia no fundo do olho, estado mental alterado, diminuição da consciência; sinais de hérnia: dilatação pupilar, ptose bilateral, comprometimento da supraversão do olhar, extensão à dor e irregularidade respiratória

    Primeira investigação
    • tomografia computadorizada (TC) de crânio (sem contraste):

      a HSA pode ser sutil na TC; as cisternas basilares (cisternas suprasselar e quadrigêmea) devem ser cuidadosamente examinadas quanto à presença de HSA, que aparece hiperdensa em comparação com o líquido cefalorraquidiano

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    Outras investigações
    • angiotomografia (ATG):

      pode ser realizada se a etiologia da HSA como traumática for obscura; visualiza anormalidades vasculares potenciais ou locais de sangramento ativo

    • ressonância nuclear magnética (RNM) do crânio:

      HSA presente

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    • eletrocardiograma (ECG):

      inespecífico; alterações isquêmicas do ECG na HSA incluem supradesnivelamento ou infradesnivelamento de ST, morfologia anormal da onda T, prolongamento do intervalo QTc e das ondas U.[142]

    Lesões penetrantes

    História

    história de lesões por impacto de alta velocidade ou por projéteis; os sintomas dependem da natureza da lesão e das regiões do cérebro afetadas

    Exame físico

    visualização e palpação para defeitos e crepitação no couro cabeludo, óbvia deformidade craniana ou corpo estranho protuberante; podem ocorrer deficiências neurológicas localizadas ou convulsões

    Primeira investigação
    • tomografia computadorizada (TC) de crânio (sem contraste):

      é o teste de escolha inicial e pode demonstrar a natureza da patologia intracraniana e a presença ou ausência de fraturas e corpos estranhos

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    Outras investigações
    • Angiotomografia:

      pode ser necessária para avaliar lesões vasculares adicionais

    • RNM:

      contraindicada se houver qualquer suspeita de que um objeto metálico penetrou o crânio

    Lesão axonal difusa

    História

    história de impacto direto ou de rápida aceleração/desaceleração do crânio; dependendo da gravidade, pode ocorrer queixa de cefaleia ou vômitos ou rápida deterioração progressiva na escala de coma de Glasgow e coma

    Exame físico

    pacientes com lesão axonal difusa (LAD) grave apresentam estado mental alterado ou coma; classicamente, os achados dos exames físicos são desproporcionais aos achados da tomografia computadorizada (TC)

    Primeira investigação
    • tomografia computadorizada (TC) de crânio (sem contraste):

      inicialmente, normal em mais da metade dos pacientes com LAD; deve-se procurar por edema e petéquias na junção das substâncias cinzenta/branca, no interior do corpo caloso e no tronco encefálico

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    Outras investigações
    • RNM:

      indicada quando a TC não explica os sintomas do paciente; mais sensível para micro-hemorragias e edema

    Lesão cerebral traumática leve

    História

    história de trauma contuso ou forças de aceleração/desaceleração; pode resultar em confusão, desorientação ou comprometimento da consciência, disfunção da memória no momento da lesão, perda da consciência com duração de 30 minutos ou menos, amnésia pós-traumática por menos de 24 horas; pode causar sinais observados de disfunção neurológica ou neuropsicológica, como convulsões agudas após a lesão;​​ os sintomas incluem cefaleia, tontura, fadiga, irritabilidade e baixa concentração (normalmente referidos como "sintomas pós-concussivos")

    Exame físico

    Escore na escala de coma de Glasgow de no máximo 13 depois de 30 minutos decorridos da lesão ou posteriormente, na apresentação para atendimento médico; podem estar presentes outras anormalidades neurológicas transitórias, como sinais focais, convulsões e lesão intracraniana que não exige cirurgia

    Primeira investigação
    • tomografia computadorizada (TC) de crânio (sem contraste):

      geralmente normais

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    Outras investigações
    • ressonância nuclear magnética (RNM) do crânio:

      geralmente normais

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