Considerações de urgência

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Doenças com risco de vida associadas à urticária que exigem intervenção imediata, internação ou prescrição de medicação de resgate incluem anafilaxia e obstrução das vias aéreas.

Anafilaxia

A anafilaxia é uma reação alérgica com potencial risco de vida - procure os problemas que causem risco de vida:[21][22][23][24]

  • Problemas nas vias aéreas e/ou respiração e/ou circulação de início súbito

  • Alterações na pele costumam ser a primeira característica das reações alérgicas e estão presentes em >80% dos pacientes com anafilaxia.

    • Uma erupção de aparência maculopapular pode ocorrer inicialmente, antes do desenvolvimento da urticária clinicamente típica.

    • As alterações na pele sem problemas nas vias aéreas/respiração/circulação que representem risco à vida não são consideradas anafilaxia. A maioria dos pacientes que apresentam erupção maculopapular de início agudo em resposta a um medicamento, alimento ou picada ou ferroada de inseto não evolui para anafilaxia.

Em caso de presença de anafilaxia:[21][22][24]

Pedir ajuda

Remover o fator desencadeante, se possível (por exemplo, interromper a infusão)

Colocar o paciente deitado

Administrar adrenalina intramuscular

Estabelecer vias aéreas

Administrar oxigênio em sistema de alto fluxo

Realizar monitoramento: oximetria de pulso, ECG, pressão arterial

Repetir a adrenalina intramuscular após 5 min.

Administrar fluidoterapia intravenosa em bolus

O tratamento abrangente do choque anafilático está fora do escopo deste tópico, e as diretrizes devem ser consultadas para se obter mais detalhes.[21][22][23]​​[25]

Angioedema com comprometimento das vias aéreas

Os episódios de urticária com angioedema que afetam a cabeça e o pescoço, o que pode comprometer as vias aéreas, devem ser prontamente tratados com adrenalina. Estridor, odinofagia, disfagia ou sofrimento respiratório podem ser sinais de edema laríngeo, o qual pode causar parada respiratória. O estado das vias aéreas deve ser avaliado e rigorosamente monitorado em todos os pacientes com angioedema, e todos os passos devem ser tomados para se garantir que as vias aéreas estejam sempre seguras. Nos casos graves, pode ser necessário consultar um especialista em manejo das vias aéreas, por exemplo, um anestesista ou otorrinolaringologista. O comprometimento das vias aéreas com angioedema hereditário está fora do escopo deste tópico, e as diretrizes devem ser consultadas para obter mais detalhes.[26]

Angioedema na ausência de urticária

O angioedema que ocorre na ausência de urticária, especialmente quando compromete as vias aéreas, exige a consideração de doenças graves, como:

  • Angioedema hereditário (AEH, devido à inibição do metabolismo do complemento/cinina):

    • Geralmente dura poucos dias

    • Frequentemente descrito como doloroso.[27]

  • Angioedema adquirido (com consumo do inibidor C1 de causas secundárias, como malignidade/doença autoimune):

    • Os pacientes podem demonstrar sinais e sintomas de malignidade/patologias de doença autoimune.

  • Angioedema com inibidor C1 normal:

    • Pode ser induzido por medicamentos, por exemplo, devido a inibidores da enzima conversora de angiotensina. Muitas vezes começa semanas após o início do medicamento, mas um número significativo de pacientes é assintomático por anos antes do início dos edemas.

O reconhecimento é fundamental, uma vez que estes pacientes têm pouca probabilidade de responder à adrenalina e requerem reposição do inibidor de C1 ou agentes bloqueadores da bradicinina.[3]​​[4][27]​​ Pacientes com AEH devem, no mínimo, ter acesso a medicação de resgate emergencial (dependendo da disponibilidade local) no caso de ataques. Geralmente, esses pacientes devem ser tratados por médicos experientes no manejo do AEH. O comprometimento das vias aéreas com angioedema hereditário está fora do escopo deste tópico, e as diretrizes devem ser consultadas para obter mais detalhes.[26]

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