Considerações de urgência

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Artrite séptica

A artrite infecciosa deve ser considerada frente a qualquer envolvimento agudo de articulações monoarticulares, principalmente na presença de febre. Os fatores de risco incluem idade >80 anos, diabetes mellitus, artrite reumatoide, cirurgia de articulação, prótese de quadril ou joelho, infecção cutânea e infecção por vírus da imunodeficiência humana.[15][16][17][18] Uma história recente de cirurgia de articulação ou celulite que recobre um quadril ou joelho protético são os únicos achados clínicos que demonstraram afetar significativamente a probabilidade do diagnóstico de artrite séptica não gonocócica.[16]O Staphylococcus aureus e os estreptococos são os organismos mais comuns na artrite bacteriana não gonocócica. As bactérias gram-negativas ou as anaeróbias devem ser consideradas em usuários de substâncias por via intravenosa ou em pacientes imunocomprometidos.[15] Se o diagnóstico for equivocado e a terapia adequada não for instituída desde o início, a destruição rápida da cartilagem articular poderá levar a danos irreversíveis das articulações. Um diagnóstico definitivo requer uma artrocentese e uma análise do líquido sinovial (incluindo celularidade, coloração de Gram e cultura). Uma contagem leucocitária extrema no líquido sinovial (>50 x 10^9/L) aumenta a probabilidade da artrite séptica.[16] A aspiração da articulação deve ser realizada antes de iniciar a antibioticoterapia.

Vasculites sistêmicas

A vasculite de pequenos a médios vasos pode se apresentar com artralgia, sintomas constitucionais, púrpura, mononeurite múltipla ou glomerulonefrite e pode sugerir uma investigação mais rápida, com atenção particular à função de vários órgãos. Os sintomas de isquemia mesentérica e evidências de descompensação cardíaca ou hipertensão são sugestivos de poliarterite nodosa.[14] As apresentações agudas com mononeurite múltipla, isquemia visceral ou dos membros e/ou comprometimento renal precisam ser avaliadas e tratadas com urgência. A terapia de apoio em associação com corticosteroides em altas doses e antibióticos de amplo espectro podem ser considerados na fase inicial do manejo.

Endocardite bacteriana

Os pacientes geralmente apresentam êmbolos periféricos ou centrais, ou evidências de insuficiência cardíaca congestiva descompensada. Portanto, qualquer paciente que apresente febre juntamente com cefaleia, sinais meníngeos, sintomas de acidente vascular cerebral (AVC), dispneia ao esforço, ortopneia ou dispneia paroxística noturna precisa ser avaliado com urgência. O manejo da endocardite infecciosa é orientado pela identificação do organismo causador e, ao definir se a valva infectada é nativa ou protética.

Carcinomatose neoplásica

Os pacientes apresentam sintomas constitucionais, dor extrema e envolvimento monoarticular ou poliarticular concomitante com linfoma não Hodgkin ou leucemia aguda e crônica. A artrite não responde à terapia convencional.[34][35] A terapia paliativa (quimioterapia e a radioterapia) geralmente é a única opção de tratamento.

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