Complicações
A infecção de qualquer um dos quatro seios paranasais pode se disseminar para a órbita por extensão direta. As complicações orbitais são uma emergência e requerem consulta com um otorrinolaringologista e, geralmente, um oftalmologista.
De início, os pacientes apresentam edema orbital e dor, que podem progredir até alterações visuais (diplopia ou cegueira) e neuropatias cranianas.[61]
Entre as complicações orbitais (classificação de Chandler, de acordo com a gravidade) estão a celulite pré-septal, abscesso subperiósteo, celulite orbitária, abscesso orbital e, por fim, trombose do corpo cavernoso.[61]
Realiza-se a tomografia computadorizada das órbitas com contraste e iniciam-se imediatamente antibióticos por via intravenosa. A celulite pré-septal pode ser tratada com antibióticos por via intravenosa. Os abscessos necessitarão de drenagem cirúrgica. A drenagem endonasal endoscópica é geralmente adequada, mas pode necessitar de assistência oftalmológica. A suspeita de trombose do seio cavernoso requer avaliação neurocirúrgica.
A infecção pode se disseminar para a cavidade intracraniana, causando meningite, abscesso epidural, abscesso subdural e abscesso cerebral. Estes pacientes terão alterações do estado mental, possivelmente com neuropatias cranianas. Será necessário solicitar parecer otolaringológico e neurocirúrgico. Deve-se realizar uma tomografia computadorizada (TC) dos seios paranasais, além de TC do cérebro com contraste.
A meningite pode ser tratada com antibióticos por via intravenosa; contudo, as outras complicações intracranianas geralmente requerem intervenção cirúrgica com drenagem do abscesso. É também recomendada a drenagem cirúrgica dos seios paranasais envolvidos com o intuito de acelerar a resolução e prevenir a recorrência, lidando de forma adequada com a origem da infecção. Pode ser necessário realizar uma craniotomia para se remover a infecção intracraniana. Esses pacientes necessitam de cuidados em uma unidade de terapia intensiva.
Ela resulta de um bloqueio da saída do muco, que permanece por um longo tempo. As lesões benignas e expansíveis crescem lentamente, causando deslocamento do osso e das estruturas adjacentes (como o cérebro e a órbita). Elas ocorrem mais frequentemente nos seios nasais frontais seguidos dos seios esfenoides. A drenagem cirúrgica é necessária.
Os pacientes relatam baixos escores de qualidade de vida na linha basal, até mesmo piores que aqueles de outras doenças crônicas.[4] É importante levar isso em consideração ao se manejar a rinossinusite crônica e tratá-la de forma agressiva.
Frequentemente ocorrem exacerbações agudas recorrentes da rinossinusite crônica. Os sintomas são semelhantes às queixas nasais de longa duração, mas pioram intensamente e podem se parecer com os sintomas mais pronunciados de uma rinossinusite bacteriana aguda (frequentemente com febre e toxicidade). O tratamento é feito com antibióticos. Se houver exacerbações agudas recorrentes, deve-se considerar a terapia guiada por culturas, baseada em amostras obtidas do meato médio por via endoscópica.
Ela pode ser considerada uma complicação aguda ou de longo prazo. Pacientes com sinusite de longa duração ou rinossinusite bacteriana com recorrência frequente são mais suscetíveis ao desenvolvimento de infecção no tecido ósseo adjacente. A osteomielite deve ser tratada com antibióticos em longo prazo.
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