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Dispositivos nas vias aéreas supraglóticas - Vídeo de demonstração

Como dimensionar e inserir a máscara laríngea de via aérea.

Equipamento necessário

  • Equipamento de proteção individual, inclusive luvas

  • Máscara laríngea para via aérea: um adulto de porte médio requer o tamanho 4, mas os tamanhos necessários variam de 3 a 6 com base, grosso modo, no peso

  • Seringa para inflar e desinflar o cuff (50 mL; antes da inserção, certifique-se de que o cuff infla e desinfla)

  • Lubrificação

  • Aparato com válvula e máscara, incluindo máscara de pré-oxigenação

  • Sucção

  • Oxigênio

  • Monitor de CO2 ao final da expiração (se disponível)

  • Fita de algodão para prender o tubo.

Contraindicações

  • Impossibilidade de se abrir a boca

  • Obstrução total das vias aéreas superiores(por exemplo, laringoespasmo, corpo estranho).

Indicações

  • Insuficiência respiratória

  • Parada cardíaca

  • Anestesia.

Dispositivos nas vias aéreas supraglóticas incluem máscara laríngea de via aérea e dispositivos nas vias aéreas supraglóticas de segunda geração. Dispositivos nas vias aéreas supraglóticas de segunda geração têm características de design adicionais para reduzir o risco de aspiração gástrica. Podem ter um manguito em gel em vez de um manguito inflável.

Quando é necessária uma via aérea avançada, pode ser usado um dispositivo nas vias aéreas supraglóticas ou a intubação traqueal.[104]​ A escolha do dispositivo depende da experiência e da competência do usuário. A intubação deve ser restrita aos médicos capazes de alcançar uma taxa de sucesso de aproximadamente 95% com duas tentativas de intubação. Um ensaio clínico randomizado e controlado comparou a inserção inicial de um dispositivo nas vias aéreas supraglóticas de segunda geração com a intubação inicial em pacientes que tiveram parada cardíaca fora do hospital no Reino Unido. Não houve diferença significativa na sobrevida funcional entre os dois grupos.[104]

Os dispositivos nas vias aéreas supraglóticas são tolerados quando o nível de consciência se encontra entre o exigido para uma via aérea orofaríngea e o nível inferior, necessário para a inserção de um tubo traqueal.

Ao contrário da intubação traqueal, geralmente, um dispositivo nas vias aéreas supraglóticas pode ser inserido sem interromper as compressões torácicas.

A selagem laríngea alcançada com um dispositivo nas vias aéreas supraglóticas pode permitir vazamento de gás quando a inspiração coincide com as compressões torácicas. Um vazamento de gás moderado é aceitável (a menos que haja risco significativo de infecção), mas se resultar em ventilação inadequada, as compressões devem ser interrompidas para ventilação, em uma razão compressão/ventilação de 30:2.[104]

Um dispositivo nas vias aéreas supraglóticas não protege a traqueia de modo confiável quando comparada com um tubo traqueal. No entanto, a aspiração de materiais para o pulmão é incomum quando se usa um dispositivo nas vias aéreas supraglóticas durante uma parada cardíaca. Se ocorrer aspiração ou se a ventilação for inadequada, poderá ser necessário inserir um tubo traqueal.

Complicações

  • Aspiração de conteúdo gástrico

  • Irritação local

  • Trauma das vias aéreas superiores: lesão induzida por pressão, paralisia de nervos

  • Resposta simpática leve

  • Complicações associadas à colocação imprópria: obstrução, laringoespasmo.

Pós-tratamento

Continue a ressuscitar o paciente de acordo com as diretrizes de suporte de vida, usando os princípios ABCDE.